Bobô

Ex-meia do Bahia e São Paulo
por Rogério Micheletti
 
"Quem não amou a elegância sutil de Bobô..."

O refrão da música de autoria de Caetano Veloso e cantada por Maria Bethânia traduz muito bem o carisma que teve o meia-direita do Bahia nos anos 80.

Eleito um dos maiores ídolos do Tricolor Baiano em todos os tempos e também deputado estadual pelo Estado da Bahia em 2014, Raimundo Nonato Tavares da Silva, o Bobô, foi peça essencial na equipe comandada por Evaristo de Macedo que conquistou o Campeonato Brasileiro de 1988.

Ao lado do centroavante Charles, do meia Zé Carlos, do ponta Marquinhos, do volante Paulo Rodrigues, entre outros, fez do Bahia, o "azarão" do campeonato nacional de 1988, uma equipe muita temida.

Bobô, que nasceu em Senhor do Bonfim (BA) no dia 26 de novembro de 1962, começou a carreira na Catuense (BA) e foi contratado em 1984 pelo Bahia, clube no qual defendeu até 1989 quando teve seu passe negociado, por um valor bastante elevado, para o São Paulo.

Para ter Bobô, o Tricolor do Morumbi desembolsou mais de US$ 1 milhão, valor fora dos padrões dos clubes brasileiros na época, e ainda liberou para o Bahia os passes do centroavante Marcelo e do zagueiro Wágner Basílio.

No entanto, para infelicidade dos cartolas são-paulinos, Bobô não rendeu tudo o que podia no Tricolor Paulista, mas mesmo assim conquistou o título paulista de 1989.

No ano seguinte, em baixa no time paulista, Bobô foi defender por empréstimo o Flamengo e mais uma vez não vingou. Em 91, o São Paulo envolveu ele na troca com o Fluminense pelo ponta-esquerda Rinaldo, o mesmo que foi crucificado por não ter passado a bola para Pelé no jogo comemorativo do 50º aniversário do Rei.

No Tricolor das Laranjeiras, Bobô viveu um bom momento, fazendo dupla com o centroavante Ézio, que tinha sido contratado à Portuguesa.

Em 1993, o baiano deixou o Flu para jogar no Corinthians, clube que ele disse ter sido marcante na sua carreira apesar do pouco tempo que ficou no Parque São Jorge.

Depois do Timão, Bobô atuou pelo Internacional e depois ainda retornou para o Bahia, antes de encerrar a carreira e tornar-se comentarista esportivo. Em 2004, ao lado de Charles, Ronaldo (goleiro), Zé Augusto e Sandro (ponta-esquerda), Bobô voltou ao Bahia. Enquanto os primeiros cuidaram das categorias de base do Tricolor, Bobô foi treinador do profissional. Em 2007, assumiu o cargo de diretor geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb). Voltou ao noticiário depois que sete pessoas morreram no estádio da Fonte Nova por conta do desabamento de parte da arquibancada superior na partida em que o Bahia empatou com o Vila Nova sem gols e garantiu o retorno à Série B do Campeonato Brasileiro.
 
Em 2014 integrou a equipe da Band no programa "Band na Copa", ao lado de Milton Neves,  Larissa Erthal e Éder Aleixo, entre outros.

Veja o vídeo da música "Reconvexo", de Caetano Veloso, com a interpretação de Maria Bethânia. O jogador é mencionado em um dos versos. "Qum não amou a elegância sutil de Bobô", diz a canção:

ver mais notícias

Selecione a letra para o filtro

ÚLTIMOS CRAQUES