Vítima de leucemia, aos 62 anos, morreu às 4h da manhã do dia 17 de maio de 2008, o radialista Antônio Carvalho, no Hospital Alvorada, em Moema, na capital paulista. Estava internado desde o início de abril.
Antônio Carvalho, mineiro de Lavras, nasceu em 21 de março de 1946.
Trabalhava na Rádio Bandeirantes desde 1969.
Seu velório e o sepultamento foram realizados no Cemitério e Crematório Horto e Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
Carvalho começou no rádio aos 13 anos, na Rádio Cultura de Lavras. Em 1968, de mala e cuia, veio para a capital paulista trazendo com ele dois objetivos: formar-se em Direito e trabalhar na Rádio Bandeirantes.
Trabalhou na Rádio Jovem Pan até setembro de 1969, indo depois para a Rádio Bandeirantes integrar a equipe dos "Titulares da Notícia". Na mesma Bandeirantes apresentou " Freqüência Balançada", também o vespertino "Acontece" e "Ciranda da Cidade".
Por mais de três décadas, apresentou o "Arquivo Musical", nas manhãs de domingo, programa que teve início na década de 70. A partir de 2001, Antônio Carvalho passou a apresentar na madrugada o programa "Grande Sampa", antecedendo ao famoso "O Pulo do Gato", que é apresentado por José Paulo de Andrade.
Nos últimos anos de sua vida lutou, e muito, contra a leucemia, que o afastou por diversas vezes do trabalho. A sua última apresentação no rádio foi no dia 8 de abril no "Grande Sampa", na época debilitado pelo tratamento da doença e voltou a ser internado. Carvalho era seguidor da Eubiose (filosofia de vida em harmonia com a natureza).
Uma voz bonita que se cala. Uma figura humana inesquecível, um conselheiro do rádio, um estímulo aos pensamentos positivos e ao entendimento da vida. Ele saiu do combinado, como se diz no Interior, mas deixou uma frase especial que vamos nos lembrar a cada dia:
"Que o dia de hoje seja melhor que o de ontem e pior que o de amanhã, porque a vida é um eterno para frente e para o alto, não tem para trás..."
Cinco anos sem Antonio Carvalho . Por Alceu Costa
O Portal Terceiro Tempo recebeu no dia 16 de maio de 2013 do Poeta Alceu Costa (alceucosta@uol.com.br) o e-mail abaixo:
"AOS PREZADOS AMIGOS DA RÁDIO BANDEIRANTES E OUVINTES 17 DE MAIO DE 2013:
CINCO ANOS SEM ANTONIO CARVALHO - MISSÃO DO POETA (texto simbólico de homenagens do poeta Alceu Sebastião Costa)
Adentro respeitosamente a Morada Celeste e logo sou recebido por dois acólitos especiais do Eterno.
Respectivamente Anjo Fiori, mestre em cenários e Anjo Muíbo, mestre em harmonia.
Cerimoniosamente, ladeado por ambos, sou conduzido ao sagrado Cantinho de Saudade.
Ali nos aguarda o Anjo Carvalho, mestre em criatividade, que logo irá receber dos seus pares angelicais inusitada homenagem pelos cinco anos de sua chegada ao Paraíso.
Emocionado e trêmulo, faço-lhe minha reverência e passo-lhe a mensagem poética, que ousado tomei a liberdade de escrever.
Ato contínuo, o Anjo Fiori dá ordem para que se abram todas as cortinas acetinadas e sob a batuta do Anjo Muíbo soam as trombetas e a comunidade angelical irrompe, em "bocca chiusa?, primoroso fundo musical, enquanto o Anjo Carvalho declama o nosso poema Vínculos e Vibrações.
Findo o maravilhoso cerimonial, deixo o recinto em prece de gratidão.
Antes de retornar a este Plano, troco à distância um alegre aceno de mãos com o AnJoelmir, recolhido numa arejada sala de estudos avançados, preparando sua tese de doutorado sob a orientação dos Mestres Escolásticos Aquino e Agostinho.
Tudo trancado a sete chaves e cercado de muita expectativa, dado o esmero do neófito no plano terreno.
AOS CAROS FAMILIARES DOS MEUS SAUDOSOS ÍDOLOS CITADOS, RESPEITOSAS SAUDAÇÕES.
Alceu Sebastião Costa
Cambuci ? Capital ? SP"
Vínculos e Vibrações
Do outro lado, no espaço etéreo,
O foco de luz, o novo e o velho,
O leito do rio, limpo e sereno,
A carícia do vento, o sopro ameno,
Os anjos de guarda, milícia celeste,
Mãos desarmadas, postas em prece,
Músicas e cantos, efeitos delirantes,
Cenário de paz, energias vibrantes,
Almas seletas, campo sacro de oração,
Reduto da Caridade, do Amor e do Perdão.
A fé nos faz enxergar esta paisagem,
Não nos parece uma simples miragem.
Estamos certos de que esta cadeira vazia
Não reflete solidão, apenas sintonia;
Vemos você feliz naquela moradia,
Apesar da saudade, juntos na sua alegria.
Poeta Alceu Sebastião Costa