Galês foi um dos mais promissores pilotos de sua geração. Foto: Reprodução

Galês foi um dos mais promissores pilotos de sua geração. Foto: Reprodução

Um dos mais promissores pilotos de Fórmula 1 de sua geração, o galês Tom Pryce, que completaria 73 anos neste sábado (11), teve sua trágica morte anunciada no Brasil por Milton Neves, durante a tranmissão do GP da África do Sul, em 5 de março 1977, em Kyalami.

À época na Rádio Jovem Pan, Milton Neves, então aos 25 anos, comandava o Plantão Esportivo da emissora, de São Paulo. Wilson Fittipaldi (o Barão) narrava o GP e o português Domingos Piedade fazia os comentários quando um telex chegou às mãos de Milton Neves, trazido pelo rádio-escuta José Laforé Salício, com a notícia da morte de Tom Pryce.

Milton chamou Wilson Fittipaldi ao vivo e informou sobre o acidente fatal de Pryce. Domingos Piedade, a princípio, duvidou da notícia, que acabou confirmada minutos depois.

Tom Pryce, que estava com 27 anos, morreu em consequência do impacto de um extintor de incêndio que era carregado por um fiscal de pista.

O piloto avançava com sua Shadow número 16 pela reta principal do traçado sul-africano na 13ª colocação, atrás da March do alemão Hans Stuck e da Ligier do francês Jacques Laffite.

À esquerda da pista, parado, estava seu companheiro de equipe, o italiano Renzo Zorzi, desvencilhando-se do cinto de segurança enquanto seu carro tinha um princípio de incêndio.
 
Zorzi saiu sem problemas de sua Shadow, ajudado por um fiscal, que debelou as chamas com um extintor de incêndio.
 
Mas o outro fiscal, Jansen Van Vuuren, de 19 anos, também com o extintor de incêndio nas mãos, acabou atropelado pelo carro de Tom Pryce, a cerca de 280 km/h, morrendo instantaneamente, e seu extintor atingiu em cheio a cabeça do piloto.
 
O impacto, tão forte, removeu o capacete de Pryce, que teve seu crânio esmagado, provocando sua morte no mesmo instante. Desgovernada, a Shadow ainda atingiu a Ligier do francês Jacques Laffite, que deixou a prova, mas sem ferimentos.
 
Ouça, abaixo, entrevista de Milton Neves a Marcos Júnior Micheletti relatando como informou a notícia da morte de Tom Pryce a Wilson Fittipaldi e Domingos Piedade, que estavam em Kyalami naquele trágico 5 de março de 1977.

 

Tom Pryce e sua esposa Nella, com quem havia se casado em 1975, dois anos antes de morrer. Reprodução


Este é o Memorial Tom Pryce, concluído em 11 de junho de 2009, em Ruthin, no País de Gales. Foto: Divulgação


Lembrado até hoje pelos fãs, o túmulo de Tom Pryce fica na área externa da Igreja de São Bartolomeu, próxima a Londres. Nesta igreja, dois anos antes, Pryce se casou com Nella Pryce. Foto: Divulgação


Apontado como um dos melhores pilotos de sua geração, Tom Pryce disputou apenas 42 GPs e subiu duas vezes ao pódio, mesmo sem contar com um carro entre os mais competitivos. Foto: Divulgação


A Shadow branca de Pryce com manchas de sangue na lateral do cockpit. À esquerda, a Ligier do francês Jacques Laffite. Foto: Divulgação


Kyalami, África do Sul, 5 de março de 1977. O carro 16 é a Shadow de Tom Pryce, já sem vida no cockpit após o choque a 280 km/h contra um extintor de incêndio, que estava sendo carregado por um fiscal. O carro azul 26 é a Ligier do francês Jacques Laffite, que foi atingida pelo carro de Pryce. Laffite saiu ileso. Foto: Divulgação


Protegendo-se do sol em 1977, em sua Shadow DN8. Foto: Divulgação


As cinco listras pretas verticais que identificavam o capacete do galês Tom Pryce. A imagem é de 1977, ano de sua morte, a bordo da Shadow DN8-Cosworth. Foto: Divulgação


No GP da Holanda de 1976, em Zandvoort, ocasião em que terminou em quarto lugar, com a Shadow DN5B. Foto: Divulgação


Controlando com habilidade seu Shadow DN3B durante o GP do Brasil de 1975. Foto: Divulgação


Com o carro da modesta equipe Token, no GP da Bélgica de F1, disputado em Nivelles. Foto: Divulgação


Saindo do chão com seu Shadow DN5 durante o GP da Alemanha de 1975, em Nurburgring. Foto: Divulgação


Ajustes em seu Shadow DN9 durante treino para o GP dos Estados Unidos de 1975, em Watkins Glen. Foto: Divulgação


Em 1977, ano de sua morte. Foto: Reprodução

 

 

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