O piloto brasileiro, que depois foi 12 vezes campeão da Stock, quase marcou um ponto em Interlagos. Foto: Divulgação

O piloto brasileiro, que depois foi 12 vezes campeão da Stock, quase marcou um ponto em Interlagos. Foto: Divulgação

Há exatos 47 anos, em 23 de janeiro de 1977, Ingo Hoffmann disputou seu último GP na Fórmula 1, em Interlagos, que foi palco da segunda etapa do campeonato daquele ano. A prova teve um final dramático para o brasileiro.

Era a terceira participação de Ingo em uma corrida de F1. Em 1976 ele participou do GP da Argentina (foi o 11º colocado) mas não conseguiu se classificar para outras três provas: Estados Unidos-Oeste, Espanha e França. Todas as suas participações na F1 foram pela equipe Copersucar-Fittipaldi, ao lado de Emerson Fittipaldi.

Em 1977 ele abandonou na Argentina e terminou em sétimo no Brasil, e não mais competiu na categoria, retornando à F2 pela equipe de Ron Dennis, tendo como companheiro de equipe o norte-americano Eddie Cheever.
 
Depois, de volta ao Brasil, teve uma carreira brilhante na Stock Car, onde tornou-se 12 vezes campeão (1980, 1985, consecutivamente de 1989 a 1994, consecutivamente de 1996 a 1998 e 2002), totalizando 76 vitórias e 60 poles.
 
QUASE MARCOU UM PONTO...
 
Foi por pouco que Ingo Hoffmann não marcou um ponto no GP Brasil de 1977. Na época, apenas os seis primeiros pontuavam, e Ingo estava justamente em sexto, restando duas voltas para o final quando seu pneu traseiro esquerdo furou. Ele precisou parar nos boxes, perdendo a posição para o italiano Renzo Zorzi (Shadow).
 
Ingo Hoffmann em Interlagos durante o GP do Brasil de 1977, a bordo do FD-04, carro da equipe Copersucar Fittipaldi. Foto: Divulgação
 
Emerson Fittipaldi também teve problema de pneu no final da prova, provavelmente tendo furado por conta dos detritos deixados na Curva 3, onde vários carros haviam se acidentado. Ainda assim, Emerson conseguiu terminar a prova em quarto lugar. 
 
A vitória foi do argentino Carlos Reutemann (Ferrari), que largou em segundo lugar. Outro brasileiro que disputou a prova, José Carlos Pace, fez uma excelente largada, utrapassou James Hunt (McLaren) e assumiu a ponta na Reta Oposta. 
 
Pace, porém, não completou a prova. Depois de perder a liderança para Reutemann após um erro que lhe custou o bico da Brabham e ter de fazer o reparo nos boxes, ele foi um daqueles que bateu na Curva 3, abandonando no giro 33. Foi a última participação de Pace no GP do Brasil. Ele ainda disputou o GP da África do Sul de 1977 e morreu em 18 de março daquele ano, em um acidente aéreo na Serra da Cantareira, em São Paulo.
 
Além de Ingo Horrmann, Emerson Fittipaldi e José Carlos Pace, Alex Dias Ribeiro também disputou o GP do Brasil de 1977 em Interlagos. Com um March, Alex largou em 21º e abandonou na 16ª volta, com problema no motor Cosworth.
 
No pódio, ao lado de Reutemann, James Hunt (McLaren) e Niki Lauda (Ferrari).

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Abaixo, entrevista de Ingo Hoffmann a Marcos Júnior Micheletti no Bella Macchina, canal de automobilismo do Portal Terceiro Tempo, em 3 de abril de 2014, ocasião de lançamento de sua biografia, escrita pelo jornalista Tiago Mendonça.


Ingo Hoffmann e Milton Neves trocando biografias na sala de reuniões do Portal Terceiro Tempo, em 3 de abril de 2014. Foto: Marcos Júnior Micheletti/Portal Terceiro Tempo

Milton Neves, Ingo Hoffmann e Marcos Júnior Micheletti na sala de reuniões do Portal Terceiro Tempo em 3 de abril de 2014. Foto: Meg Cotrim

     

 

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