Nascido em 25 de dezembro de 1943, Wilson Fittipaldi Júnior, o Wilsinho, morreu em 23 de fevereio de 2024, em decorrência de uma parada cardíaca, aos 80 anos. Ele começou sua carreira automobilística nos anos 60. Wilsinho morava na Grande São Paulo, em Santana de Parnaíba, no Residencial Tamboré 3. Deixou a esposa Rita, a filha Roberta e o filho Christian Fittipaldi, além da neta Manuela, filha de Christian.
Em 25 de dezembro de 2023 ele sofreu uma parada cardíaca durante as comemorações de seu aniversário de 80 anos, após engasgar com um pedaço de carne. Ele ficou por bastante tempo incomsciente, sem oxigenação, e foi encaminhado ao Hopistal Prevent Senior do Itaim Bibi, na Zona Sul da capital paulista, entubado, na UTI. A informação, entretanto, somente veio a conheciento público em 3 de janeiro de 2024.
OUTRO PROBLEMA DE SAÚDE
Em março de 2020, após uma queda sofrida em sua residência, começou a sentir problemas de locomoção e foi submetido a uma cirurgia cerebral, por conta de uma hemorragia. Recebeu alta hospitalar em 23 de março de 2020 após se recuperar bem do procedimento ao qual foi submetido.
Irmão mais velho de Emerson Fittipaldi e filho do "Barão" Wilson Fittipaldi, disputou 38 GPs de Fórmula 1, pelas equipes Brabham e Fittipaldi, entre 1972 e 1975, tendo conquistado três pontos em 35 largadas na categoria máxima do automobilismo mundial.
Na década de 1970 entrou de cabeça no projeto de construir um carro brasileiro na F1. Criou a equipe Fittipaldi, patrocinada inicialmente pela Copersucar, que apesar das críticas, chegou a terminar duas temporadas à frente de grandes equipes.
Em 1978, Emerson Fittipaldi conduziu o carro da equipe Fittipaldi ao segundo lugar no Grande Prêmio de Jacarepaguá, vencido pelo argentino Carlos Reutemann, da Ferrari. Foi a melhor colocação do time brasileiro em uma prova na F1.
Em 1978 a equipe ficou na sétima colocação entre os construtores. A McLaren foi a oitava, a Williams a nona e a Renault a 12ª.
Em 1980, a Fittipaldi foi a 12ª do Mundial de Construtores, um ponto à frente da Ferrari. A equipe encerrou suas atividades ao término da temporada de 1982.
PRODUÇÃO DE LARANJA
A situação só começou a mudar em meados da década de 1980, quando uma geada atingiu inúmeras plantações de laranja nos Estados Unidos.
Oportunidade para os irmãos conseguirem se recuperar financeiramente, graças à produção de laranja em grande escala na cidade de Araraquara. Em 2005, Wilsinho, que é pai do também ex-piloto Christian Fittipaldi, abriu o estaleiro Fittipaldi Yachts.
Em 2004, a Dana (empresa do setor de peças automotivas), restaurou os modelos FD 01 e FD 04 da equipe Fittipaldi, sob comando do próprio Wilsinho que chegou a guiar o primeiro, em Interlagos, após sete meses de trabalho.
Além de Wilsinho, seu filho Christian Fittipaldi e Ingo Hoffman, que guiou pela equipe entre 1976 e 1977, também andaram com o carro restaurado.
Em 2008 formou dupla com seu irmão Emerson na GT3 brasileira, pilotando um Porsche e em julho de 2010 formou uma equipe no Trofeo Linea, tendo como pilotos o seu filho Christian Fittipaldi e Rodrigo Navarro.
Em 17 de março de 2014 foi um dos homenageados da 5ª edição do Velocult, evento realizado no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, por iniciativa do artista plástico Paulo Soláriz, com o objetivo de preservar a memória do automobilismo brasileiro.
PRIMEIROS TESTES DO COPERSUCAR-FITTIPALDI
No vídeo abaixo, o saudoso repórter João Leite Neto pergunta ao piloto Wilsinho Fittipaldi sobre o problema mecânico que abreviu o teste do F1 brasileiro em Interlagos. No vídeo, também aparecem Ricardo Divila (projetista), que conversa com Wilsinho falando de ajustes no carro (mais grip na traseira), o mecnico Darci Medeiros e, no final, de óculos, o mexicano Jo Ramirez, então chefe da equipe.
ABAIXO, WILSINHO FITTIPALDI COMO CONVIDADO DO PROGRAMA TRIBUNA DO ESPORTE, DA TV ASSEMBLÉIA, APRESENTADO POR MILTON NEVES EM 2002. À ÉPOCA, WILSINHO ERA DIRETOR ESPORTIVO DA MITSUBISHI