por Marcelo Rozenberg
Ubaldo Miranda foi um dos maiores atacantes da história do Atlético Mineiro, onde jogou entre 1950 e 1955 e depois entre 1958 e 1961.
Nasceu em Divinópolis em 19 de julho de 1931 e se consagrou no Galo ao faturar seis títulos regionais, nos anos de 1950, 52, 53, 54, 55 e 58.
Passou também pelo Bangu. Atualmente reside em Belo Horizonte, onde está aposentado. Separado, mora sozinho no bairro Carlos Prates.
O ex-jogador foi um símbolo do Atlético, pelo qual marcou 135 gols em sete anos. A torcida o adorava por sua origem humilde, como a maior parte dela.
Mas a raça que demonstrava em campo também ajudou a conquistar muitos corações mais endinheirados. Para se ter uma idéia da reverência, após marcar um gol em 1958 dias após retornar do Bangu, Ubaldo foi carregado, de calção e chuteira, do estádio Independência até a praça 7, no centro de Belo Horizonte, nos ombros da torcida.
Antes, em 1955, outra demonstração de carinho já havia sido dada. A massa usou uma famosa marcha de Carnaval para homenageá-lo. A marcha "Tem nego bebo aí?, de Mirabeau e Ayrton Amorim, virou "tem nego Ubaldo aí, tem nego Ubaldo aí? sempre que ele pegava na bola.
Conquistou seis títulos mineiros pelo Atlético ( 1950,1952, 1953, 1954, 1955 e 1958), sendo artilheiro em 1953 e 1958.
Informações de Ubaldo, segundo o cadastro de jogadores do Clube Atlético Mineiro -Diretoria de Relações Públicas:
O amigo de Ubaldo, Airton Guimarães, descreve assim seu início na equipe do Atlético: "O "Estado de Minas" comentava a atuação na equipe contra o Corinthians: "Sabe-se que o centro de ataque apresentará aquele que já merece o posto. O jovem jogador de Divinópolis terá um excelente ocasião para exibir os seus recursos. O público já percebeu que Ubaldo, uma das mais recentes conquistas do Atlético, é uma esperança para o futuro. Sua característica principal é a maneira veloz de fugir aos adversários, o que constitui ponto básico dos lances empolgadantes de que constantemente participa." E Ubaldo não decepcionou. Apesar de não ter marcado gol na partida, deu o passe para o primeiro gol de Lucas e fez a jogada para o terceiro gol assinalado por Resende. O segundo gol também foi de Lucas, na vitória de três a zero. O Atlético jogou com Mão de Onça - Juca e Osvaldo - Afonso, Monte e Carango - Lucas, Lauro, Ubaldo, Alvinho e Nívio. Uma formação formosa, que o atleticano sabe de cor e de que se lembra com orgulho. Quando Ubaldo começou a jogar na equipe titular do Atlético, no início dos anos de 1950, o time ressentia-se da ausência de um grande atacante. Depois que o Atlético perdeu Guará, no célebre acidente com Caieira, iniciou-se uma série de experiências â procura de um substituto à altura do grande ídolo. Aí surgiu Ubaldo, um jogador sem uma técnica mais apurada, e olhado com desconfiança pela Imprensa, que o tachava de "estranho e esquisito". Sua maneira de jogar era diferente: velocidade e entusiasmo como características básicas, aliadas a uma determinação de perseguir a jogada até o fim, sem nunca desistir. Tentar o gol nas condições mais adversas, e, sobretudo, acreditar nas bolas impossíveis. Essa última característica faria dele depois um ídolo da torcida, quando marcava gols decisivos, chamadas de "espíritas" - não se sabia como, mas mesmo em jogadas complicadas e difíceis, a bola tocada por ele acabava no fundo das redes adversárias. Os atleticanos, acostumados por exemplo ao toque refinado de um Carlyle, estavam sendo apresentados a um novo estilo de centroavante. Seria Ubaldo o ideal para os atleticanos?
Ausência na Europa:
Para que o Atlético pudesse excursionar à Europa os seus jogos foram adiados e a tabela do campeonato reformada. O único problema resumia-se em Ubaldo. Foi pedida a licença no 10°RI onde o craque servia mas o comandante advertiu que somente o Ministério da Guerra poderia resolver. Aproximava-se a data do embarque e, sem uma definição, o presidente do Atlético tomou uma decisão de ir a Juiz de Fora avistar com o comandante da IV Região Militar a quem estava afeta a liberação. Mas de nada adiantaram seu apelos. Ricardo Diez lamentou a ausência do jogador na delegação: "Será extremamente lamentável para o Atlético e para o futebol brasileiro a falta de Ubaldo na delegação pois nessa excursão não estará em jogo apenas o nome do Atlético mas sobretudo o do Brasil."
Cazares treina no Galo pela 1ª vez, mas só jogará final "se estiver 100%"
Foto: DANIEL TEOBALDO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO/Via UOLPelo Atlético Mineiro:
Atuou em 274 jogos, sendo 151 vitórias, 59 empates e 64 derrotas. Marcou 124 gols.
Fonte: Clube Atlético Mineiro - Diretoria de Relações Públicas - Cadastro de jogadores
Égua Mãe – Gestação e Parto
A lista completa de todos os times que já foram rebaixados para a Série B
Pelé e Sandra: Rei paga R$ 7 mil há anos para netos, mais faculdade; ex-genro acha pouco
Renato Gaúcho é o mais bem pago do Brasil, mas está muito abaixo de Tite
Por que os cavalos usam ferraduras?
10 filmes para quem ama cavalos
Kalunga doa material escolar para filhos do ex-jogador Amaral
Os cavalos sentem frio?
Italo Ferreira toca o sino de Bells Beach e Silvana Lima para na semifinal
Escritora holandesa diz o que é o Brasil
BRASILEIRÃO 2019