Tupi

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por Marcelo Rozenberg

Walter Tupinanbá, o ex-zagueiro Tupi, nasceu em Resende, no Rio de Janeiro, em 30 de maio de 1938. Defendeu os times infantil e juvenil da Associação Atlética Caçapavense e, com 16 anos, foi levado pelo técnico Alfredo Gonzales para o juvenil do Palmeiras, onde teve a chance de conhecer e ficar amigo de Mazola, jogador que anos depois transferiu-se para a Itália. Defendeu também a Esportiva de Guaratinguetá e a Associação Atlética Caçapavense no final da carreira. Atualente reside em Guaratinguetá, onde está aposentado como administrador de empresas. Casado, tem dois filhos e um neto.

Tupi participou da campanha histórica da Esportiva campeã paulista da então Divisão Especial em 1960. Na decisão contra o XV de Jaú, vencida pelo time do Vale do Paraíba por 5 a 0, marcou o primeiro gol da partida. Em 2001, editou um livro contando a história do Guaratinguetá chamado Tempo de Glória.

Disse o ex-jogador após publicar a obra. "Nos tempos em que jogava, apesar de todo sofrimento, esquecíamos de tudo quando entravamos em campo. Lutavamos bravamente, com dedicação, raça e amor pela agremiação. Cheguei a entrar em campo, contra o Botafogo de Ribeirão Preto, com hepatite grave. Mas, com 10 minutos de jogo, fui retirado de campo e levado para o hospital (fiquei 15 dias internado em um apartamento de isolamento)". Guardei muitas imagens positivas do futebol como as quatro vezes em que marquei Pelé. Venci duas e perdi duas".

O ex-jogador relata também que abandonou a carreira com apenas 26 anos no momento em que iria renovar seu contrato com a Esportiva. "Naquela época, o clube contratava jogadores para ganhar o dobro em relação a mim e os mesmos ficavam no banco de reservas. Quando fui renovar o meu vínculo, me ofereceram um reajuste irrisório. Fiquei muito aborrecido e decidi parar".