Brasil de Ancelotti fica no 0 a 0 com o Equador. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Brasil de Ancelotti fica no 0 a 0 com o Equador. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

O futebol mostrado hoje à noite pela Seleção Brasileira diante do Equador, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo que vem aí, não passou de mais uma apresentação medíocre, como a dos outros jogos da Canarinho dirigida tecnicamente por treinadores brasileiros como Tite, Dorival Júnior, etc.

É claro que ninguém esperava um giro de 180 graus no rendimento de nossa seleção, a partir da estreia de Ancelotti, mas pelo menos algum aceno de melhoria em nosso futebol tosco a gente aguardava. Só que ele não veio.

A culpa na verdade não é do novo treinador e sim da inexistência de craques brasileiros, pois nossa exportação de atletas tem sido de jogadores comuns que, na era de ouro do futebol brasielrio, talvez não figurassem nem no banco dos selecionados da época.

A era de ouro a que me refiro foi a que perdurou até a conquista do tri, no México, quando despontaram nomes como Pelé, Garrincha, Nilton Santos,Tostão, Rivelino, Gerson e outros inesquecíveis artífices da bola que jamais foram sucedidos no século atual.

As seleções brasileiras do tetra e do pentacampeonato não foram nem sombra das que chegaram ao tri.
Não se pode esquecer, afinal, que o nosso tetra foi conquistado nos pênaltis, graças ao erro de Roberto Baggio naquela cobrança horrorosa de penalidade .

O pentacampeonato do Brasil, conquistado sob a batuta de Felipão, também não foi alcançado com nenhuma seleção maravilhosa recheada de craques,

Vale lembrar que tivemos nessa conquista um ajudinha do juiz, que validou um pênalti inexistente sobre Luizão, e no "gol espírita" de Ronaldinho Gaúcho, que mandou a bola para as redes numa tentativa de cruzamento para a área.

Estou dizendo essas coisas objetivando mostrar aos torcedores da atualidade que essa história de que "quem um dia foi rei sempre será majestade" é apenas uma expressão de retórica.

Na verdade, a presença de Ancelotti à testa da seleção brasileira pouco tem a acrescentar, pois não adianta tentar tirar leite de pedra com luva de veludo.

Claro que, como sempre aconteceu, o Brasil vai passar nas Eliminatórias e participar da próxima copa.
Mas dificilmente irá chegar ao hexa, pois a contratação de Ancelotti, por melhor técnico que ele seja, foi como colocar um jóquei famoso no lombo de uma cavalo pelo duro, acreditando que,por conta disso, conseguirá vencer o Prêmio Brasil de Turfe.

Fale com nosso comentarista esportivo, colunista, repórter e entrevistador Lino Tavares: jornalino@gmail.com, celular/whatsApp (55)991763232).

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