por Milton Neves
José Ernanes da Rosa, o maravilhoso Tupãzinho, grande atacante da Sociedade Esportiva Palmeiras na época da Academia de Filpo Nuñes, morreu no dia 16 de fevereiro de 1986, aos 46 anos.
Assim como o ex-zagueiro Raul Donazar Calvet, do Santos, Tupãzinho nasceu em Bagé (RS) no dia 26 de outubro de 1939.
Tupãzinho integrou o maior Palmeiras de todos os tempos, aquele de 1965: Valdir Joaquim de Moraes; Djalma Santos, Djalma Dias, Waldemar Carabina e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Julinho, Servílio, Tupãzinho e Rinaldo. Esse time vestindo o manto sagrado da CBD derrotou o Uruguai por 3 a 0, no Mineirão, no dia 5 de setembro de 1965.
Mas Tupãzinho fez muito mais: foi o melhor jogador do Palmeiras na Libertadores da América de 1968, da qual o Verdão foi apenas vice-campeão. Só que Tupã jogou tanto, que Carlos Billardo, ex-armador do campeão Estudiantes de La Plata e hoje técnico, disse que os maiores jogadores brasileiros que ele viu na vida foram: "O negro (Pelé), o loiro (Ademir da Guia) e Tupãzinho, aquele que tinha a perna torta igual a do Garrincha", disse-me Billardo nos corredores do Centro de Imprensa de Paris durante a Copa de 1998.
Só que o final de carreira de Tupãzinho no Palmeiras foi melancólico. Ele foi trocado pelo lateral Zeca junto ao Grêmio de Porto Alegre. No Sul, terra do atacante, pouco jogou. E ao encerrar a carreira voltou a São Paulo, onde vivem suas filhas, e morreu quando trabalhava em salões de carteado.
Na foto, você confere o atacante nos gloriosos tempos de Palmeiras. Veja, de corpo inteiro, como era Tupãzinho, o genial Tupãzinho, ao lado de dois mascotes e do então veloz Gildo Bala, em 1965. Observe como eram tortas as pernas do gaúcho Tupãzinho. Tortas para dentro, lembrando Garrincha, certo? E esses mascotes, que aparecem em várias fotos com jogadores do Palmeiras desse ano e não consegui identificá-los. Alguém me ajuda?