por Marcelo Rozenberg
Grande jornalista carioca e torcedor fanático do Botafogo, Sandro Moreira nasceu em 1918 e faleceu em 29 de agosto de 1987. Sua carreira começou em 1946 no jornal Tribuna Popular. Passou depois por Diário da Noite, Jornal do Brasil e revista Placar, onde escreveu uma famosa coluna que deu origem ao livro "Histórias do Sandro Moreira". Por ter acompanhado o Botafogo durante muitos anos, seus contos tinham como personagens principais o goleiro Manga e Garrincha.
Sandro faleceu sem deixar inimigos. Desligado de bens materiais, sempre será lembrado por sua honestidade.A CBF, em justa homenagem póstuma, batizou com seu nome a sala de imprensa da Granja Comary, em Teresópolis.
No dia 10 de novembro de 2015, o portal UOL publicou a seguinte matéia sobre sua filha Sandra:
A jornalista Sandra Moreyra, 61 anos, morreu nesta terça-feira (10) vítima de câncer - o terceiro diagnóstico da doença que a experiente repórter da Globo recebeu nos últimos sete anos. Ela estava internada no Hospital Samaritano, no Rio. O velório será realizado nesta quarta, no Memorial do Carmo, mesmo local da cremação, também no Rio.
Em entrevista ao UOL há menos de um mês, a jornalista falou sobre o novo câncer e contou ainda não sabia como seria o novo tratamento, mas que estava confiante de que conseguiria vencer o câncer pela terceira vez: "Vou fazer e acredito que vou conseguir superar mais essa, com ajuda da família, marido, filhos e dos amigos".
O novo câncer foi diagnosticado no mediastino, região do tórax próxima dos dois anteriores, localizados no esôfago. Sandra enfrentou a doença em 2008 e 2014. Fez duas cirurgias complexas e, no último tratamento, precisou de doações de sangue e ficou com uma das cordas vocais paralisada.
Carreira
Sandra Moreyra nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 1954. Era filha do renomado cronista esportivo Sandro Moreyra e da professora Lea de Barros Pinto, além de neta do escritor Álvaro Moreyra, membro da Academia Brasileira de Letras e diretor de importantes revistas nos anos 1950.
A jornalista começou a carreira em 1975, como estagiária no departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil. Após concluir a faculdade, no ano seguinte, foi contratada. Em 1978, estreou na publicação como repórter.
Depois de uma temporada fora do Brasil ao lado do marido, engenheiro, retornou ao país onde trabalhou em uma agência de publicidade e, em seguida, iniciou sua trajetória na TV. Trabalhou na TV Aratu, na época afiliada da Globo na Bahia, Band e Manchete, até ser contratada pela Globo de Minas Gerais.
A jornalista ganhou destaque na cobertura da eleição e morte de Tancredo Neves (1910-1985). Sandra apareceu no "Jornal Nacional" acompanhando o cortejo fúnebre. Em 1986, a jornalista foi para a Globo do Rio de Janeiro.
Sandra também participou de outras coberturas jornalísticas de importantes momentos do país como o Plano Cruzado, o acidente radioativo com Césio 137, em Goiânia, a tragédia do iate Bateau Mouche, no Réveillon de 1989, a Rio-92, a chacina de Vigário Geral e a ocupação do Complexo do Alemão.
Na Globo desde 1984, Sandra Moreyra voltou a trabalhar na emissora em setembro de 2014, colaborando em roteiros e projetos especiais, mas sem aparecer na TV.
Ultimamente, era produtora e repórter da série "Cariocas Olímpicos", exibida aos sábados no telejornal local "RJTV 1ª Edição", em que entrevistava atletas nascidos no Rio de Janeiro, como um aquecimento para os Jogos Olímpicos de 2016. Sua última reportagem foi ao ar no dia 7 de novembro.
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