por Gustavo Grohmann/colaborou Macaé Carlos Magno Faturini Abreu
Paulo Henrique, famoso lateral-esquerdo do Flamengo durante os anos 60 (era quase sempre Paulo Henrique na esquerda e Murilo Pardal na direita), hoje é técnico de futebol. Em 2007, após passagem pelos Emirados Árabes Unidos, estava trabalhando no Quissamã FC, clube da cidade onde nasceu e que disputava a terceira divisão do Campeonato Carioca.
Nascido Paulo Henrique Souza de Oliveira em 05/01/1943, o ex-jogador defendeu Flamengo, Botafogo, Bahia, Avaí e Bonsucesso. Casado, é pai de três filhos.
Parou com a bola em 1974 e logo se tornou treinador. Começou a carreira no Campos Associação, extinto clube da cidade do mesmo nome e que carinhosamente era chamado de Roxinho por seus torcedores. Neste clube, por sinal, chegou até a dirigir seu amigo de Flamengo Murilo, que por lá passou em final de carreira. Também comandou Goytacaz, Americano e Remo.
Como jogador, foi campeão estadual do Rio de Janeiro em 1963, 1965 e 1972 pelo Mengão, e catarinense de 1973 pelo Avaí.
Paulo Henrique faz parte de uma geração de jogadores que eternamente morarão no coração da imensa torcida do Mengão. Nomes como os de Silva, Murilo, Carlinhos, Liminha, Paulo Henrique, Almir (apesar do papelão na final do Campeonato Carioca de 1966) e Nelsinho Rosa jamais serão esquecidos.
O ex-lateral-esquerdo esteve no plantel do Flamengo entre 1963 e 1972. Lá, atuou em 437 partidas (213 vitórias, 119 empates, 105 derrotas)e anotou 14 gols (fonte: Almanaque do Flamengo - Clóvis Martins e Roberto Assaf).
Disputou apenas uma copa do mundo, a de 1966, na Inglaterra. Ele foi um dos 47 jogadores convocados, pelo técnico Vicente Feola para o período de treinamento.
Em 2011, o técnico campeão da Copa São Paulo pelo Flamengo Paulo Henrique, é filho do famoso ex-lateral rubro-negro nos anos 60, Paulo Henrique.
Os 47 jogadores convocados, devido a forte pressão dos dirigentes dos clubes, para o período de treinamento em Serra Negra-SP e Caxambu-MG como preparação para a Copa de 66, na Inglaterra, foram: Fábio - São Paulo, Gylmar - Santos, Manga - Botafogo, Ubirajara Mota - Bangu e Valdir - Palmeiras (goleiros); Carlos Alberto Torres - Santos, Djalma Santos - Palmeiras, Fidélis - Bangu, Murilo - Flamengo, Édson Cegonha - Corinthians, Paulo Henrique - Flamengo e Rildo - Botafogo (laterais); Altair - Fluminense, Bellini - São Paulo, Brito - Vasco, Ditão - Flamengo, Djalma Dias - Palmeiras, Fontana - Vasco, Leônidas - América/RJ, Orlando Peçanha - Santos e Roberto Dias - São Paulo (zagueiros); Denílson - Fluminense, Dino Sani - Corinthians, Dudu - Palmeiras, Edu - Santos, Fefeu - São Paulo, Gérson - Botafogo, Lima - Santos, Oldair - Vasco e Zito - Santos (apoiadores); Alcindo - Grêmio, Amarildo - Milan, Célio - Vasco, Flávio - Corinthians, Garrincha - Corinthians, Ivair - Portuguesa de Desportos, Jair da Costa - Inter de Milão, Jairzinho - Botafogo, Nado-Náutico, Parada - Botafogo, Paraná - São Paulo, Paulo Borges - Bangu, Pelé - Santos, Servílio - Palmeiras, Rinaldo - Palmeiras, Silva - Flamengo e Tostão - Cruzeiro (atacantes).
Desse total de atletas convocados por Vicente Feola, viajaram para a Copa os seguintes: Gylmar e Manga (goleiros); Djalma Santos, Fidélis, Paulo Henrique e Rildo (laterais); Bellini, Altair, Brito e Orlando Peçanha (zagueiros); Denílson, Lima, Gérson e Zito (apoiadores); Garrincha, Edu, Alcindo, Pelé, Jairzinho, Silva, Tostão e Paraná (atacantes).
Pela Seleção Brasileira Paulo Henrique atuou em 13 partidas (9 vitórias, 3 empates, uma derrota) e não marcou nenhum gol (fonte: Seleção Brasileira 90 anos - Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf). Sua estréia aconteceu no dia 15 de maio de 1966, em um amistoso contra o Chile no Morumbi, para um público de 25 mil pessoas. O jogo terminou empatado em 1 a 1. Rinaldo, à época no Palmeiras, abriu o placar para o Brasil aos 32 minutos do primeiro tempo. Guillermo Yavar marcou para o Chile aos 14 minutos da segunda etapa, dando números finais à partida.
Atuou em 437 partidas, sendo 213 vitórias, 119 empates, 105 derrotas. Marcou 14 gols Fonte: Almanaque do Flamengo, de Clóvis Martins e Roberto Assaf.
Pela Seleção Brasileira:
Atuou em 13 jogos, sendo 9 vitórias, 3 empates e uma derrota. Não marcou gols. Fonte: Seleção Brasileira 90 anos, de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf