Mauro Pastor

Ex-zagueiro do Internacional
Matéria do jornalista Wagner Belini, editor de esportes do Jornal Tribuna Imprensa, de Araraquara.
 
O começo foi jogando no ESAU, um time amador da várzea de Pradópolis, onde Mauro Pastor começou a carreira. "Era um time de funcionários de uma empreiteira de obras. Ali ganhei a chance de jogar e iniciar a carreira, que mais tarde acabou sendo bem sucedida".
 
Em 1974, a diretoria da Ferroviária foi buscar no Juventus, de Guariba, na região de Ribeirão Preto, Mauro Rodrigues dos Santos, ou simplesmente Mauro Pastor, zagueiro que, na época, já era visto por "olheiros" como uma promessa do futebol. "O Juventus disputava a terceira divisão do Paulista e os árbitros que apitavam eram de Araraquara.
 
Alguns deles sempre comentavam sobre meu futebol e diziam que gostariam de me ver jogando na Ferroviária, até que um dia aconteceu", conta Pastor, citando o ex-árbitro Theobaldo Roberto Alves dos Santos, o Tutu, como responsável pela sua vinda para o clube da Fonte. "Em uma ocasião, após uma partida em Guariba, ele me chamou de lado e disse que havia recomendado à diretoria (da Ferroviária) minha contratação.
 
Alguns dias depois recebi recado que era para me apresentar na Fonte, para testes, e acabei ficando". Dono de uma classe impressionante, Mauro Pastor atuou com a camisa grená durante quatro temporadas (1974/1978) até ser transferido para o Internacional de Porto Alegre, em 1979. A ida para o clube gaúcho começou a ser arquitetada a partir de um amistoso entre as seleções brasileira e paulista, em 1977.
 
"Eu tive a felicidade, mesmo sendo um jogador do Interior, de ser convocado para aquela seleção paulista que enfrentou o Brasil em dois amistosos no Morumbi. A convocação para jogar na seleção (paulista) devo ao Dudu (Olegário Toloi de Oliveira), que na época estava começando a carreira de treinador no Palmeiras. No estádio havia uma quantidade enorme de dirigentes e, no meio deles, estavam também diretores do Internacional.
 
Após a partida fui procurado por eles e acabaram me ofereceram um contrato com o clube". No primeiro amistoso, a seleção brasileira, que se preparava para disputar o Mundial de 78, venceu os paulistas por 1 a 0. Já no segundo, houve empata de 1 a 1. Mauro Pastor credita ao ex-presidente da Ferroviária, Antônio Eugênio Nogueira da Gama (já falecido), sua contratação pelo Internacional.
 
Ele atuou ainda na seleção brasileira, em 1980/81, convocado na época pelo técnico Telê Santana. "A seleção se preparava para o Mundial de 82 (na Espanha) e eu estava cotado para ser o titular da zaga brasileira, mesmo disputando a posição com o Oscar. Mas três meses, antes de disputarmos o Mundialito do Uruguai, machuquei o tornozelo e por trinta dias fiquei parado.
Infelizmente, perdi ali a grande chance de disputar o Mundialito e ir para a Espanha". Por que Pastor? O apelido Mauro Pastor surgiu nas brincadeiras com os companheiros do clube da Fonte. "Talvez por eu ser evangélico é que eles começaram a me chamar assim". Tricampeão, tchê! Mauro Pastor foi tricampeão brasileiro com o Internacional, em 1979.
 
Fez sucesso jogando ao lado de jogadores também famosos, como Mauro Galvão (seu companheiro de zaga), Batista, Chico Spina, Mário Sérgio e o goleiro Benitez. Na lembrança Recordar é viver e Mauro Pastor lembra a formação da seleção brasileira, onde esteve, nos anos 80/81: Raul; Nelinho, Mauro Pastor, Edinho e Júnior; Batista, Falcão, Zico e Paulo Isidoro; Serginho Chulapa e Eder. Grande time Com a camisa numero três da Ferroviária, o melhor momento em 1984, ano em que retornou ao clube: Washington; Balu,
 
Mauro Pastor, Marco Antônio e Nonóca; Paulo Martins, Sidnei e Wilson Carrasco; Serginho Dourado, Marcão e Nenê. Inter imbatível.
Com eles em campo, não tinha para ninguém: Benítez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Valdir Lima, Jair, Batista e Chico Spina; Bira e Mário Sérgio.
 
Atualmente Mauro Pastor vive em Araraquara, interior de São Paulo, ao lado de seus familiares.
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