Mário Vianna

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Mário Gonçalves Vianna, com dois "enes" conforme exigia, marcante ex-árbitro de futebol e antigo comentarista de arbitragem das rádios Globo e Tupi do Rio (gooool leegaaaal, berrava, lembra?), morreu no dia 16 de outubro de 1989, aos 87 anos.

Nascido no dia 6 de setembro de 1902, Mário Vianna, que media 1.74m e pesava 90 quilos, apitou durante 25 anos e era único em suas decisões: "Não tocou na bola, mas teve a intenção. É pênalti. Não admito discussões", disse uma vez.

Confira curiosidades sobre o ex-árbitro:

Mário Vianna foi de tudo um pouco: baleiro, engraxate, jornaleiro, empacotador de velas, fiscal da guarda civil, da Polícia Especial, árbitro de futebol, técnico de Palmeiras, Portuguesa e São Cristóvão e comentarista de arbitragem.

Durante o jogo entre Itália e Suíça, pela Copa de 1954, Bonipertti, inconformado com uma marcação do brasileiro, partiu para cima dele aos empurrões. Mário Vianna simplesmente aplicou-lhe um direto no queixo e ainda disse ao massagista: "Se ele tiver condições, pode voltar para o segundo tempo."

Num jogo entre Botafogo e Flamengo, em 1947, Mário Vianna apanhou no gramado uma garrafa atirada por um torcedor e ameaçou jogá-la de volta. Quando viu que a torcida começara a correr, gritou: "Por que correr? É porque a garrafa machuca? Então, por que foi jogada?" O público aplaudiu Mário Vianna e o jogo continuou.

A estréia oficial de Mário Vianna como árbitro foi na partida de juvenis entre Girão, de Niterói, e São Cristóvão. Nesse dia, ele já mostrou o estilo que o marcaria: expulsou Mato Grosso, zagueiro do São Cristóvão.

Fonte: Jornal de Sports do Rio de Janeiro

ABAIXO, NARRAÇÃO DE JORGE CURI PARA O GOL DE JAIRZINHO (O QUARTO) NA VITÓRIA BRASILEIRA SOBRE A TCHECOSLOVÁQUIA POR 4 A 1 NA COPA DE 70. MÁRIO VIANNA PARTICIPA NO FINAL DA LOCUÇÃO