por Gustavo Grohmann
Mário Pedro, o Marinho, ex-atacante do Fluminense, do Noroeste e do Gênova da Itália, morreu no dia 28 de junho de 2005, em Bauru-SP, aos 79 anos e foi sepultado no Cemitério da Saudade, na mesma Bauru.
Nascido no dia 23 de abril de 1926, Marinho, que deixou um filho, era aposentado e residente da rua Quintino Bocaiúva, no centro de Bauru, no interior de São Paulo.
O primeiro time de Marinho, que gostava de futebol desde pequeno, foi o Usina Barbacena FC, da cidade de Pontal-SP, onde ficou de 1945 a 1946 e conseguiu o título regional de 1946.
Em 1947, o atacante estreou em seu primeiro clube profissional: o Barretos FC. De 1949 a 1950, anos em que passou pelo São Bento, da cidade de Marília-SP, a fama de artilheiro começou a ficar maior. Nas duas temporadas que atuou pelo São Bento, anotou 53 gols e conseguiu dois vice-campeonatos regionais da Segunda Divisão Profissional.
Em 1951, Marinho teve uma passagem pelo Bauru Atlético Clube, o famoso BAC que revelou para o Santos FC o Rei Pelé. Lá, Marinho formou o chamado "Esquadrão da Primavera? e jogou ao lado de Dondinho, pai de Pelé. Em 23 de dezembro de 1951, o Bauru foi responsável pela maior goleada que um time do interior impôs em um time estrangeiro: 8 a 2 contra o Atlanta FC da Argentina. Nessa temporada, jogando pelo BAC, Marinho anotou 25 gols.
O atacante então, em fevereiro de 1952, transferiu-se para o Fluminense do Rio de Janeiro onde, ao lado de Telê Santana, Didi e companhia, se firmaria como um autêntico camisa 9 artilheiro. Na II Copa Rio (um mini campeonato mundial - a primeira, em 1951, foi vencida pelo Palmeiras), vencida pelo Fluminense, Marinho, ao lado de Orlando, foi o artilheiro do campeonato com cinco gols, recebendo como prêmio um par de chuteiras em bronze (veja foto).
Um ano depois o atacante sofreu sua primeira contusão séria. Ao disputar a bola com o goleiro paraguaio Sínforiano Garcia, do Flamengo, Marinho sofreu ruptura dos ligamentos e ficou inapto para jogar por um ano, justamente no período que foi disputada a Copa da Suíça, em 1954. Em março de 1955, transferiu-se para o Santa Cruz-PE.
Após a contusão o atacante caiu de rendimento. No Santa Cruz, recuperou seu bom futebol, jogou o primeiro turno do campeonato pernambucano e foi negociado com o Gênova da Itália. Disputou apenas uma temporada na Itália, mas não conseguiu levar seu time ao título. O campeão da temporada 1955/56 foi a Fiorentina, comandada por um outro brasileiro: Julinho Botelho.
Voltou para o Brasil, e a partir daí, entrou na fase final de sua carreira. Em 1956 jogou pelo Noroeste de Bauru. Em 1957, voltou para o Santa Cruz, mas encontrou a resistência do técnico argentino Alfredo Gonzalez. Sem o sucesso de antes no time do nordeste, voltou para o Noroeste em 1958, onde ficou até 1960.
Passou ainda pelo Tupã FC (1961/62), pelo Lençoense (1961/62) e pelo Bauru AC (1963/65) onde encerrou a carreira.
Marinho, que foi chamado de "profissional-amador? em sua passagem pelo Rio, de "artilheiro antológico? em sua passagem pelo nordeste, de "Di Pietro? em sua passagem pela Itália e de "grande craque? pelos jornais do interior de São Paulo, principalmente de Bauru, foi um grande amigo do Mestre Telê Santana. Dizem que sempre que Telê passava por algum clube de São Paulo como técnico seu primeiro pedido era o seguinte: "Procurem o Marinho. Quero dar um abraço nele".
Quem nos mandou as informações foi o excelente Carlos Vianna. Obrigado, Carlos!
Ainda sobre Marinho, no dia 17 de novembro de 2008, o site Terceiro Tempo recebeu do internauta José Antonio Malheiro (jamalheiro@terra.com.br), o seguinte e-mail:
"Prezado Milton:
Conforme sua solicitação aí vai a foto em referência do Mario Pedro ( Marinho) como Padrinho de meu casamento em Bauru 12/04 1969, quando ele já havia encerrado a carreira no Noroeste.
Ele foi casado com minha prima Lucia em Bauru.Um grande pessoa e sortudo pois estou casado até hoje!!!
Um abraço
José Antonio Malheiro
Obs: Temos amigos em comum o Samuel Ferro e o Hawilla".
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