Nascido em Recife no dia 2 de dezembro de 1956, Luiz de Barros Correia da Silva, o Luizinho, foi um jogador diferenciado. Se não dentro de campo, certamente fora dele. O hábito da leitura que o ex-lateral-esquerdo desenvolveu desde criança era comum nas concentrações. Enquanto seus companheiros matavam o tempo no baralho, Luizinho devorava coleções de romances e ficções. Em 1982, quando defendia o América de Recife, iniciou a faculdade de Letras em Olinda, que foi obrigado a interromper devido aos compromissos da bola. "Queria ser professor de inglês e português?, diz. Atualmente, separado e pai de um filho, mora em Fortaleza e trabalha em projetos sociais da Secretaria de Esportes do governo do Ceará dando aulas de futebol para crianças que residem em bairros carentes. "Sou técnico de futebol formado. Mas quero me especializar ainda mais fazendo um curso de Educação Física".
A carreira começou nas categorias de base do Sport, clube que defendeu entre 1971 e 1974. Faz questão de citar que foi promovido para o time profissional pelo técnico Duque. Em seguida, rodou o mundo vestindo as camisas de CSA, América de Rio Preto, Clube do Remo, América de Recife, Ferroviário de Fortaleza, Fortaleza, Náutico, Aves (Portugal), Oliveirense (Portugal), Atlético de Macedo de Cavaleiros (Portugal) e Anadia (Portugal), onde pendurou as chuteiras.
"Houve uma mudança na lei portuguesa que estabeleceu que até mesmo os brasileiros passariam a ser considerados estrangeiros no país. A partir daí, tive dificuldades para encontrar um clube e perdi a motivação".
Mesmo assim, jamais se afastou do futebol. Dedica-se agora a escrever um livro contando histórias dos amigos que fez durante a carreira. Um de seus personagens preferidos é Pitico, que jogou no Santos nos anos 70. "Muitas vezes o Pitico era chamado para se concentrar porque o Pelé gostava muito dele".
Luizinho cita um caso envolvendo os dois ocorrido antes de um clássico entre Santos e Cruzeiro no Mineirão lotado. "Pelé foi até a boca do túnel e se surpreendeu com a massa cruzeirense. Em seguida, chamou o Pitico e disse que estava muito nervoso. Pitico rebateu de imediato dizendo a Pelé que se ele estava assim, seu grau de tensão era imensamente maior.?
Por Marcelo Rozenberg
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