Lourenço Diaféria

Saudoso jornalista
O jornalista e escritor Lourenço Diaféria morreu no dia 17 de setembro de 2008, aos 75 anos. Um cronista por excelência, com estilo objetivo e poético, trabalhou nos principais orgãos de imprensa do Brasil. Ele sofria de câncer. Diaféria era paulista, nascido no dia 28 de agosto de 1933. Ele deixou a viúva Geiza Diaféria, cinco filhos e três netos.
Diaféria Começou escrevendo crônicas no jornal Folha da Manhã, passando também por Jornal da Tarde, Diário Popular, Diário do Grande ABC e para as rádios Excelsior, Gazeta, Record, Bandeirantes e para a TV Globo. Nos últimos anos, apesar de muito doente, ainda colaborava com diversas publicações mensais e semanais da imprensa.
O jornalista fazia questão de defender o cronista. "A crônica é uma atividade sistemática", acreditava. E por causa de uma delas, publicada na Folha de São Paulo, na época da ditadura militar, ficou preso durante vários meses no DOI-COD, órgão ligado à violenta repressão daquela época. Numa atitude corajosa criticou o patrono do Exército, Duque de Caxias, ao ver um soldado PM de Brasília ser devorado por ariranhas em um zoológico, quando tentava salvar uma criança.
O jornalista, indignado, escreveu que enquanto vários mendigos faziam xixi e pássaros cocô na estátua de Duque de Caxias, os verdadeiros heróis da pátria morriam defendendo o povo, aliás, dever de todo militar que tivesse o senso do dever de um soldado. Diaféria ficou em uma cela e, dedicou-se à leitura do livro de Santo Agostinho, "A Cidade de Deus", e orava ao ler salmos da "Bíblia Sagrada", ele um católico fervoroso. Também escreveu um belíssimo livro sobre a história do Corinthians, clube que amava de coração.
Por Marcelo Rozenberg, Breno Menezes e Raphael Cavaco
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