Jorge Lopes dos Santos Filho, o Jorge Trombada, marcante zagueiro da Portuguesa Santista e do Santos nos anos 50 e 60, morreu no dia 14 de setembro de 2016, em Vicente de Carvalho, no Guarujá (litoral de São Paulo), onde estava aposentado e, por problemas de locomoção (decorrência do Alzheimer), passava a maior parte do tempo em sua casa.
Casado em segundas núpcias, pai de três filhos e avô de cinco netos, Jorge foi revelado pela Portuguesa Santista e foi titular da Briosa nas célebres excursões à Europa, em 1958 e 59, quando o time de Ulrico Mursa fez 73 jogos invictos pelo velho mundo.
Foi quando a Lusa praiana recebeu o título da "Fita Azul" e quando Jorge, o capitão, recebeu o troféu alusivo ao feito, em cerimônia no gramado de um estádio na África Portuguesa.
Nascido lá mesmo no Guarujá no dia 12 de março de 1935, Jorge marcou época como zagueiro da Portuguesa Santista nos anos 60 embora tenha começado no Jabaquara e passado também, entre outros clubes, Londrina e Botafogo de Ribeirão Preto (SP).
Em 1961, 62 e 63, Jorge era um reserva de luxo do grande Santos FC. Com a camisa do Peixe ele foi tricampeão paulista, bicampeão da Taça Brasil e bicampeão da Libertadores e do mundo (em 1962 e 63). Após parar com a bola, tentou sem sucesso a sorte como treinador. Trabalhou também como corretor de seguros e gerente de estacionamento até aposentar-se.
Desde pequeno, Jorge sonhava com o futebol. Batia bola com os amigos de Vicente de Carvalho nas horas vagas, já que realizava serviços de carpintaria e marcenaria para ajudar no orçamento doméstico. Guarda com carinho o pouco tempo em que permaneceu no Santos, que coincidiu com a separação de sua primeira esposa. Recorda-se também da oportunidade que teve de conhecer a Europa em excursões realizadas com a Portuguesa Santista.
