por Gabriel Pitor (jornalista de Americana) e Edvaldo Tietz
Fred Allan Smania, o Fred Smania, preparador físico e auxiliar técnico de São Caetano e Palmeiras, nasceu em 15 de março de 1951, em Americana. Atualmente, trabalha como personal trainer em uma academia de sua família e colabora em um projeto de resgate da história do Vasco da Gama de Americana (o Vasquinho), clube que foi extinto.
Filho de Armando Smania, que foi técnico de futebol e goleiro do tradicional Rio Branco de Americana, Fred é considerado uma das maiores figuras do esporte americanense. Ainda criança, aos 6 anos, iniciou a sua ligação com o futebol ao se tornar “mascotinho” do Vasquinho, inclusive representando a agremiação no tradicional desfile cívico local do feriado da Independência do Brasil, em 7 de setembro.
Ainda no cruzmaltino americanense, ele ganhou duas oportunidades como jogador. Na equipe amadora, em 1967, comandada por Antônio Rosalém (ex-zagueiro do Corinthians), fez nove jogos e anotou um gol – este do título da Taça Irmãos Guion, contra o arquirrival Flamengo, atualmente clube recreativo e social.
Em 1968, foi pinçado para compor o elenco profissional, comandado por Lucídio Camargo, no Campeonato Paulista da Segunda Divisão (a 3ª Estadual). Entretanto, ao invés de jogar como atacante, Smania entrou no time principal como goleiro reserva e se sagrou campeão da divisão ao vencer na final o Municipal de Paraguaçu Paulista, em 20 de abril de 1969 (o torneio atravessou o ano), por 2 a 0.
A carreira como jogador, embora vitoriosa, teve curta duração. Na sequência, Smania se formou em Educação Física na PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica) e ganhou a primeira chance como preparador físico em 1976, no Americana Esporte Clube (que era o antigo Vasquinho, mas teve o seu nome alterado).
A partir daí, foram décadas como preparador físico, principalmente no Rio Branco de Americana, onde ficou de 1980 a 1986, de 1988 a 1993, 1997 e 1998, e 2000. Em 1990, integrou a comissão técnica liderada por Afrânio Riul que levou o Tigre da Paulista para a primeira divisão estadual. Também passou por Bragantino, Ponte Preta, Bahia e Caldense antes de trabalhar com Jair Picerni, no União Barbarense, em 1999, onde foi campeão simbólico do interior.
Por muitos anos, Smania foi o braço direito de Picerni nas equipes. Além de preparador físico, por vezes era chamado de “espião”, já que era responsável por indicar talentos e observar adversários. Além do União, a dupla trabalhou no São Caetano (vice-campeão da Copa Libertadores de 2002), Palmeiras (campeão da Série B de 2003), Atlético Mineiro, Guarani, Bahia, Fortaleza e Brasiliense.
Smania também chegou a ser treinador em algumas oportunidades. A primeira chance foi em 1987, no União Barbarense, com sete jogos, três vitórias, dois empates e duas derrotas.
Por fim, comandou o Rio Branco interinamente por 14 partidas, sendo seis vitórias, cinco empates e três derrotas. No Tigre da Paulista, foi o técnico da primeira vitória do clube na história do Paulistão, por 1 a 0, contra o São José, em 31 de julho de 1991. A equipe ficou na elite estadual de forma ininterrupta até 2007.
Ainda no alvinegro americanense, Smania teve o seu último trabalho no futebol, como gerente de futebol em 2012. Junto ao lendário técnico Cilinho, montou a equipe que conquistou o título do Campeonato Paulista da Série A-3.
Em outubro de 2019, Smania recebeu a medalha de mérito “Ayrton Senna” da Câmara de Americana. A honraria é concedida pelo Legislativo aos destaques esportivos da cidade. A homenagem foi proposta pelo vereador Thiago Brochi (sem partido).
Carreira
Como jogador
1967 a 1º semestre de 1968 - Atacante EC Vasco da Gama (Amadores) / 2º semestre de 1968 a 1969 - Goleiro EC Vasco da Gama (Profissionais)
Como comissão técnica e diretor
1976 a 1978 - Preparador físico do Americana EC / 1980 a 1986 - Preparador físico do Rio Branco / 1987 – Técnico do União Barbarense / 1988 a 1º semestre de 1993 – Preparador físico do Rio Branco / 2º semestre de 1993 - Preparador físico do Bragantino / 1994 a 1º semestre de 1995 - Preparador físico da Ponte Preta / 2º semestre de 1995 – Preparador físico do Bahia / 1996 – Preparador físico da Caldense / 1997 a 1998 – Preparador físico do Rio Branco / 1999 a 1º semestre de 2000 – Preparador físico do União Barbarense / 2º semestre de 2000 – Preparador físico do Rio Branco / 2002 - Preparador físico do São Caetano / 2003 - Preparador físico do Palmeiras / 1º semestre de 2004 - Preparador físico do Palmeiras / 2º semestre 2004 - Preparador físico do Atlético Mineiro / 2º semestre de 2004 - Preparador físico do Guarani / 1º semestre de 2005 - Preparador físico do Guarani / 2º semestre de 2005 - Preparador físico do Bahia / 1º semestre de 2006 - Preparador físico do Fortaleza / 2º semestre de 2006 - Preparador físico do Brasiliense / 2º semestre de 2006 - Auxiliar técnico do Palmeiras / 2007 - Preparador físico do São Caetano / 2012 - Gerente de futebol do Rio Branco
Conquistas e campanhas notórias
1968 - Campeão da Taça Irmãos Guion - Vasco de Americana
1968 - Campeão Paulista da Segunda Divisão (3ª Divisão) - Vasco de Americana
1977 - Campeão do Torneio Seletivo para a 2ª Divisão - Americana EC
1990 - Vice-campeão da Divisão Intermediária (2ª Divisão) e primeiro acesso à elite - Rio Branco de Americana
1996 - Campeão do Interior - Caldense
1999 - Campeão simbólico do Interior - União Agrícola Barbarense
2002 - Vice-campeão da Copa Libertadores da América - São Caetano
2003 - Campeão Brasileiro da Série B - Palmeiras
2006 - Vice-campeão Cearense - Fortaleza
2012 - Campeão Paulista da Série A-3 - Rio Branco de Americana
Estatísticas
Como jogador do Vasco da Gama de Americana: 9 jogos, 5 vitórias, 1 empate e 3 derrotas. Um gol anotado.
Como técnico do União Barbarense em 1987: 7 jogos, 3 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Dispensado após empate com o Velo Clube por 2 a 2 em 24 de maio, pelo Campeonato Paulista da Divisão Especial (2ª Estadual).
Como técnico interino do Rio Branco de Americana: 14 jogos, 6 vitórias, 5 empates e 3 derrotas. Comandou o time na vitória por 1 a 0 sobre o São José, em 31 de julho de 1991, que foi a primeira vitória do Tigre na história do Paulistão. Ele assumiu temporariamente o cargo após a saída de Afrânio Riul e antes da chegada de Rubens Minelli.
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