Cláudio de Mello Macedo, o Cláudio, ex-zagueiro do Palmeiras, Araxá e Goiás, morreu no ano de 2019. Ele vivia com a esposa e as duas filhas em Araxá (MG). Lá, era aposentado e foi técnico do time da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração).
Abaixo, leia o texto que o próprio Cláudio de Mello Macedo escreveu, em terceira pessoa, sobre sua carreira:
Nascido em São Paulo, no dia 21 de janeiro de 1947, Cláudio de Mello Macedo iniciou a carreira em 1965, no Palmeiras como quarto zagueiro. No mesmo ano, foi ser profissional no São Bento de Marília, emprestado pelo Palmeiras. Acha que essa foi a pior coisa que fez em sua carreira, pois tinha muita moral com o treinador Mario Travaglini e com o diretor que o indicou, Sr. Oscar Paulilo.
Em 1966 ele foi novamente emprestado para o Ferroviária de Assis e em 1968 saiu com o passe na mão, indo jogar em Minas Gerais, no Araxá Esporte Clube. Disputou dois grandes campeonatos em Minas, sendo assim, cogitado por vários clubes, mas infelizmente, em um jogo em Uberaba, teve uma lesão fortíssima no joelho. Foi operado em Ribeirão Preto.
Em 1970, o Goiás o levou para fazer tratamento no joelho, que estava com atrofia de 11 centímetros, ficando o mês de dezembro todo em tratamento. Não teve sorte, pois teve que dar o seu passe em troca. Em 1971, começou a jogar como titular na lateral-direita e, graças a Deus, achou que foi um ano excelente, pois conseguiram o título goiano (ganhando o bi em 1972). Teve um ano guiado por Deus, tantas alegrias, e para completar foi escolhido o melhor jogador da temporada, o que acarretou uma chuteira de ouro, que ganhou como melhor lateral direito no primeiro turno e como o melhor lateral esquerdo no segundo turno.
Jogou pelo Goiás até 1976, sendo ainda tricampeão da Taça Governador do Estado.
Em 1977, defendeu o Atlético Goiano e em 78, defendeu o Goiânia Esporte Clube.
Cláudio disputou quatro campeonatos brasileiros pelo Goiás e um pelo Goiânia.
Em 1974, no campeonato brasileiro, no jogo Santos 4X4 Goiás, foi muito feliz, pois estava 4X1 pro Santos e conseguiram empatar. O Goiás tinha como técnico Dino Sani. O terceiro gol do Goiás neste jogo teve a participação de Cláudio. Ele driblou Carlos Alberto no meio da área e chutou forte, de direita. A bola bateu no travessão e sobrou para Paghetti estufar a rede.
Em 1978 e 1979, voltou a vestir a camisa do Araxá Esporte Clube, onde encerrou a carreira, aos 32 anos, com muitos problemas de joelho (no total, foram cinco operações no mesmo joelho, e por fim uma prótese).
Em toda a sua careira, Cláudio nunca foi expulso e somente recebeu um único cartão amarelo.
Alguns detalhes de sua gloriosa carreira:
- Em um jogo amistoso contra o Juventus, na rua Javari, pela categoria de Aspirante, ainda no vestiário quando enrolava as faixas e calçava as chuteiras 41,5 emprestada pelo colega Djalma Dias (profissional) foi comunicado pelo treinador que por ordem da presidência (Delfino Facchina) do clube quem iria jogar de quarto zagueiro seria outro jogador , conhecido como Alfredo e que nunca tinha treinado com os outros atletas, naquela época não havia reservas.
Saiu da rua Javari arrasado, pegou o bonde até o Ibirapuera e voltou para casa no Bairro de Indianópolis, a pé, depois disso pediu para então treinador Mario Travagline para ser emprestado para o São Bento de Marília.
O jogador que entrou em seu lugar mais tarde tornou-se conhecido como Alfredo Mostarda, amigo próximo do inesquecível Julinho Botelho.
- No Goiás foi o jogador que marcou o primeiro Gol na inauguração do estádio de Itumbiara e lá tem seu nome gravado.
- No ano de 1972 foi considerado o melhor jogador do estado de Goiás e recebeu a chuteira de ouro como o melhor lateral esquerdo, no mesmo ano foi cotado como o melhor lateral direito também.
- Recentemente (2004) foi um dos jogadores mais votado pela crônica goiana como o melhor lateral de todos os tempos do estado, e esta na seleção de todos os tempos do estado de Goiás, considerado muito superior ao jogador Roberto Carlos, pentacampeão mundial pela Seleção Brasileira.
Cláudio de Mello Macedo
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