Bruno Senna Lalli, o Bruno Senna, conquistou seu principal título internacional do automobilismo em 2017, quando foi campeão da Mundial de Endurance pela classe LMP2, pela equipe suíça Rebellion.
Em 2020, pela classe LMP1, atingiu seu melhor resultado nas 24 Horas de Le Mans, novamente pela Rebellion, terminando a prova em segundo lugar, ao lado do francês Norman Nato e do norte-americano Gustavo Menezes, com o Rebellion R13-Gibson de numeral 1. Bruno Senna ainda fez a melhor volta da prova, em 3min19s264.
Sobrinho do tricampeão Ayrton Senna, o paulista Bruno Senna nasceu em 15 de outubro de 1983, e após todo incentivo recebido do tio na infância, acabou deixando o kart por conta do acidente fatal de Ayrton em 1º de maio de 1994.
A paixão pelo automobilismo, entretanto, permaneceu latente, e Bruno Senna recebeu sinal verde de sua mãe, Viviane Senna, para alguns testes na Fórmula BMW Inglesa em 2004, com uma idade avançada para os padrões do automobilismo, aos 20 anos, contando com orientações do ex-piloto austríaco Gerhard Berger, um dos melhores amigos de Ayrton.
Pela estatura, Bruno tinha muitos problemas no kart, com constantes fraturas nas costelas, problema que até lhe rendeu o apelido de "Costela". Guiar um monoposto, como o da Fórmula BMW Inglesa, acabou sendo um caminho mais adequado.
Berger gostou do potencial de Bruno, que em 2005 fechou o campeoanto da Fórmula 3 Inglesa em décimo lugar, com uma pole e três pódios.
Continuou na F3 Inglesa em 2006, melhorando ainda mais, concluindo a temporada em terceiro lugar, com cinco vitórias e três poles.
O passo seguinte de Bruno Senna foi dado para a GP2, em 2007, pela equipe Arden, vencendo logo na terceira corrida do campeonato, que acabou concluindo na oitava colocação. Aqui vale um registro: na ocasião de sua vitória, Bruno tornou-se o piloto com menor experiência a vencer na GP2.
Em sua segunda temporada pela GP2, em 2008, então por uma outra equipe, a iSport International, terminou a temporada como vice-campeão, nove pontos atrás do campeão, o italiano Giorgio Pantano (Racing Engeneering). Bruno venceu duas corridas e largou três vezes na pole-position. Uma das vitórias foi no GP de Mônaco, após largar em segundo e superando o pole Pastor Maldonado logo na primeira curva.
Ainda em 2008, Bruno Senna teve seu primeiro treino com um carro de Fórmula 1, pela equipe Honda, que havia disputado a temporada daquele ano com o inglês Jenson Button e o brasileiro Rubens Barrichello.
A equipe japonesa vivia um momento de indefinição, e promoveu uma espécie de "vestibular" no circuito de Barcelona. Bruno Senna e Lucas di Grassi testaram o RA808E e ficou a apenas dois décimos de Button, que também participou do treino.
As chances de Bruno eram reais, mas a Honda acabou desistindo da Fórmula 1 e a equipe passou às mãos de Ross Brawn, que havia sido o chefe da Honda em 2008.
Ross, então, acabou optando por manter dois pilotos experientes na única e vitoriosa temporada de sua equipe. O inglês fechou acordo com a Mercedes como fornecedora de motores, no caso o V8 de 2.4 litros.
Dotado de um difusor triplo, o BGP 001 mostrou-se um carro vitorioso desde os primeiros testes (Rubens Barrichello bateu o recorde do circuito da Catalunha. A equipe foi campeã de construtores e de pilotos com Button. Barrichello foi o terceiro colocado.
Sem vaga na Fórmula 1, Bruno Senna optou por participar da Le Mans Series em 2009. Foi um bom ano para o brasileiro, que subiu ao pódio em duas etapas de longa duração (Catalunha e Algarve). Também disputou as 24 Horas de Le Mans.
O sonho de guiar na Fórmula 1 foi concretizado no final de 2009, quando foi anunciado pela estreante equipe espanhola Campos, depois rebatizada de Hispania.
O deficiente chassi HRT F110 não permitiu que os pilotos Bruno Senna e Karun Chandhok pudessem mostrar muita coisa em termos de performance, ainda assim, o brasileiro permaneceu na categoria principal do automobilismo no ano seguinte, em 2011, mas na condição de reserva da Lotus-Renault, que contava com o polonês Robert Kubica e o russo Vitaly Petrov. Kubica sofreu um gravíssimo acidente em uma competição de rali, em 6 de fevereiro de 2011, período em que as equipes já testavam para a pré-temporada.
Com a impossibilidade de Kubica disputar o Mundial, a Lotus acabou optando por um piloto mais experiente, no caso o alemão Nick Heidfeld, ao invés de apostar em Bruno Senna.
Heidfeld, entretanto, não correspondeu às expectativas do time inglês e Bruno Senna entrou em sua vaga a partir da 12ª etapa, em Spa-Francorchamps, na Bélgica. Nos treinos, um excelente sétimo lugar no grid, mas um acidente abreviou sua participação logo na largada. Na segunda prova, entretanto, marcou seus dois primeiros pontos na F1, no GP da Itália, em Monza, terminando em nono lugar. A vitória foi de Sebastian Vettel (Red Bull).
Em 2012 houve uma inversão em relação ao que aconteceu em 2009, quando Barrichello ficou com a vaga que poderia ser de Bruno Senna. Na Williams, Barricchello não teve seu contrato renovado e o time de Grove acabou contratando Bruno para o seu lugar, que formou dupla com o venezuelano Pastor Maldonado.
Reestabelecia-se assim o vínculo do sobrenome Senna à equipe capitaneada por Frank Williams. Foi pela equipe inglesa que Ayrton Senna fez seu primeiro teste em um carro de Fórmula 1, em 19 de julho de 1983, no circuito inglês de Donington Park. Também pela Williams, Ayrton Senna perdeu sua vida no acidente fatal acontecido na curva Tamburello, durante o GP de Imola, em 1º de maio de 1994.
Bruno Senna fez 31 pontos na temporada de 2012 e terminou na 16ª colocação, uma posição atrás de Maldonado, que somou 45 pontos. O melhor desempenho de Bruno Senna naquele ano foi na segunda etapa, no GP da Malásia, quando recebeu a bandeira quadriculada na sexta posição. A prova foi vencida pelo espanhol Fernando Alonso (Ferrari).
A Williams acabou não renovando contrato com Bruno Senna para a temporada de 2013. No lugar do brasileiro entrou Valtteri Bottas.
Sem outra opção na F1, Bruno Senna deixou temporariamente os monopostos para disputar o Mundial de Endurance na classe GTE Pro com o Aston Martin Vantage V8, carro que dividiu com Darren Turner, Stefan Mucke, Fred Makowiecki e Rob Bell. Na temporada, Bruno Senna venceu três provas e fez cinco poles.
Em 15 de dezembro de 2013 participou, como convidado, da Corrida do Milhão da Stock Car, disputada em Interlagos. Ele terminou a prova em 15º, com um dos carros da equipe Andreas Mattheis. O vencedor foi o paranaense Ricardo Zonta (RZ Motorsport).
Em 2014 acertou contrato com a equipe Mahindra para disputar a primeira temporada da Fórmula E, que acabou vencida pelo compatriota Nelsinho Piquet. Bruno Senna terminou o ano na décima colocação e acabou sendo fundamental na conquista de Nelsinho, segurando o outro postulante ao título, o suíço Sébastien Buemi, nas voltas finais da segunda prova da rodada dupla de Londres.
Em 23 de março de 2014 participou da primeira Corrida de Duplas disputada pela Stock Car, em Interlagos, dividindo o carro da Mico´s Racing com o amazonense Antonio Pizzonia. Eles terminaram a prova na 21ª colocação. A dupla Felipe Fraga/Rodrigo Sperafico (Vogel Motorsport) venceu a corrida.
Em 22 de março de 2015 novamente participou da Corrida de Duplas da Stock Car, desta vez em Goiânia, ao lado de Antonio Pizzonia. A dupla da Prati-Donaduzzi fechou a prova em 25º lugar. A vitória foi da dupla Ricardo Mauricio/Nestor Girolami (Eurofarma RC).
Também em 2015, concomitantemente à F-E, Bruno Senna foi contratado para o Mundial de GT pela equipe oficial da McLaren, integrando o programa de desenvolvimento dos modelos 650S GT3 e 650S Sprint, além de participar de várias provas com o novo 650S GT3.
Em 3 de fevereiro de 2016 foi anunciado pela equipe RGR Sport by Morandy do WEC (Campeonato Mundial de Endurance), para pilotar o Ligier JS P2 Nissan pela classe LMP2. Venceu a prova de abertura do campeonato, as 6 Horas de Silverstone, dividindo a condução do Ligier JS P2 Nissan com o mexicano Ricardo Gonzalez e o português Filipe Albuquerque.
Em 22 de agosto de 2016 foi confirmada sua saída da equipe Mahindra na F-E. O time indiano contratou para o seu lugar o sueco Felix Rosenqvist, campeão da F3 Europeia em 2015.
Em 18 de novembro de 2017, após vencer as 6 Horas do Bahrein, conquistou o título do Campeonato Mundial de Endurance (categoria LMP2), pela equipe suíça Rebellion, ao lado do francês Julien Canal.
Em 17 de agosto de 2018, durante o primeiro treino livre para as 6 Horas de Silverstone, prova válida pelo WEC, na categoria LMP1, sofreu um forte acidente na curva Copse e fraturou o tornozelo direito, a bordo de um dos carros da equipe suíça Rebellion.
EM 21 DE DEZEMBRO DE 2017 ESTEVE NA REDAÇÃO DO PORTAL TERCEIRO TEMPO PARA A GRAVAÇÃO DO BELLA MACCHINA, PROGRAMA APRESENTADO POR MARCOS MICHELETTI. ABAIXO, O VÍDEO
Fotos: Marcos Júnior Micheletti/Portal TT
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