Para alguns, Hércules Brito Ruas, o Brito, destoava no time de estrelas da seleção brasileira vencedor na Copa do Mundo de 70, no México. Mas Brito era um zagueiro que não brincava em serviço, jogava sempre sério e compensava a limitação técnica com muita garra.
"Muita gente falava do Brito, da zaga improvisava, do Félix no gol. Mas ninguém se lembra das partidas da Copa de 70. O pessoal lá trás era importante para o Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho e Gérson desequilibrarem na frente", comenta o ex-goleiro Félix.
Nascido no dia 9 de agosto de 1939, no Rio de Janeiro (RJ), Brito, que está aposentado, mora na Ilha do Governador, de onde nunca saiu. Além de ter formado a zaga campeã de 70, ao lado do cruzeirense Piazza (que era volante), na seleção brasileira, Brito atuou nos seguintes times: Internacional de Porto Alegre (1958), Vasco da Gama (de 1959 a 1969), Flamengo (de 1969 a 1970), Cruzeiro (1970, emprestado pelo Flamengo), Botafogo (de 1971 a 1973), Corinthians (1974).
Irmão do ex-lateral-esquerdo Décio Brito Ruas, do Santos e do Madureira (falecido nos Estados Unidos em 25 de novembro de 2006), teve em Fontana o seu "irmão de zaga".
Defendeu o Corinthians em 29 jogos (12 vitórias, 7 empates, 10 derrotas), não marcou nenhum gol a favor e ainda fez um gol contra.
Com a camisa do Vasco, clube que defendeu por mais tempo, Brito foi campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1966. Pelo Corinthians, em 74, o zagueiro por pouco não entra para a lista de heróis do clube, à época na fila desde 1954. Brito fez parte da equipe vice-campeã paulista. O vencedor naquele ano foi o Palmeiras, que com gol do atacante Ronaldo derrotou o time do Parque São Jorge por 1 a 0, no Morumbi.
Pelo Cruzeiro, protagonizou um episódio bastante relatado à época: Jogando pelo Cruzeiro, em 1970, contra o Flamengo, de onde saíra por ter se desentendido com o técnico Yustrich, quando deixou o gramado do Mineirão, Brito passou pelo túnel rubro-negro, tirou sua camisa e jogou na cara de Yustrich.
O querido Brito também defendeu o Atlético Paranaense em 1975, é pai de um filho e três netos e trabalha com outros ex-jogadores (Pinheiro e Roberto Miranda) no funcionalismo público estadual do Rio de Janeiro, em um projeto que visa a comercialização de remédios a preços mais baratos para população de baixa renda.
Em 22 de abril de 2018 foi homenageado na estreia do "Show do Esporte" da Band, com apresentação de Milton Neves.
No dia 10 de dezembro de 2017, Brito foi o entrevistado de Milton Neves no Domingo Esportivo, da Rádio Bandeirantes. Confira abaixo:
No dia 02 de maio de 2021, Hércules Brito Ruas (ex-zagueiro do Botafogo, Vasco e Flamengo), participou no "Domingo Esportivo" da Rádio Bandeirantes:
Atuou em 29 jogos, sendo 12 vitórias, 7 empates e 10 derrotas. Não marcou gols a favor e fez um gol contra. Fonte: Almanaque do Corinthians, de Celso Unzelte
Pelo Flamengo (1969-1970):
Atuou em 11 jogos, sendo quatro vitórias, quatro empates e três derrotas. Fonte: Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins.
Outros clubes em que atuou:
Brito atuou nos seguintes times: Internacional de Porto Alegre (1958), Vasco da Gama (de 1959 a 1969), Botafogo (de 1971 a 1973), e Cruzeiro (1975 a 1976).