Baltazar, o Cabecinha de Ouro

Ex-centroavante do Corinthians
por Milton Neves e Rogério Micheletti

Um dos melhores cabeceadores da história do futebol brasileiro, Osvaldo Silva, o Baltazar, também conhecido como o "Cabecinha de Ouro", morreu no dia 25 de março de 1997, quando estava internado no Hospital Santa Isabel da Cantareira, zona norte de São Paulo.

Lá, o célebre atacante corintiano morreu como consequência de seus múltiplos problemas físicos. Marcus Vinicius C. Ribeiro, corintiano e internauta do site www.miltonneves.com.br, é funcionário do referido hospital, assistiu como profissional ao paciente terminal Baltazar e nos passou a informação acima.

A mulher de Baltazar não quis a divulgação dos detalhes de sua morte pois estava magoada com o Corinthians que não teria dado nenhuma assistência ao seu antigo e fantástico atacante.

Baltazar passou seus últimos anos de vida morando na Praia Grande (SP), litoral sul de São Paulo onde seu corpo foi enterrado. O jazigo fica ao lado da sepultura de Barbosinha, ex-goleiro do Santos e do Jabaquara.

Nascido na cidade de Santos no dia 14 de janeiro de 1926, Baltazar foi um dos grandes artilheiros do Sport Club Corinthians Paulista, vindo do Jabaquara, de Santos.

Ao lado de Cláudio, Luizinho, Carbone, Rafael, Mário e outras feras, o Cabecinha de Ouro foi figura importantíssima para as conquistas dos Paulistas de 1951, 1952 e 1954.

Ele também conquistou pelo alvinegro do Parque São Jorge dois torneios Rio-São Paulo: 1950 e 1953.

Filho também foi jogador

Um dos filhos de Baltazar é Batata, o Carlos Alberto Batata. Ele ainda bate a sua bola em times de veteranos como o Clube Esportivo da Penha, na zona leste de São Paulo (SP). Batata foi campeão do Torneio de Cannes, da França, pela Seleção Brasileira, em 73 e 74, e jogou também no São Bento de Sorocaba, Botafogo, Inter de Limeira, Uberlância - campeão da primeira Taça CBF, em 84 -, Colorado de Curitiba (PR), Figueirense, Rio Branco de Americana e Caxias, de Caxias do Sul (RS). Aos 35 anos, Batata encerrou a sua carreira em 1990 jogando pelo Bandeirante de Birigui (SP).

No dia 17 de setembro de 2006 o site Terceiro Tempo recebeu do internauta Mário Lopomo o seguinte e-mail:

No terceiro tópico do Baltazar, esta escrito que a esposa do jogador, reclamava de que o Corinthians, não deu assistência a ele quando mais precisava. A vida de jogador de futebol é assim quando ele estava no auge, passeava com seu carrão ultimo tipo pela via Dutra. Por um motivo qualquer o carro, incendiou. O Corinthians deu um outro zero quilometro a ele.
Depois que deixou os gramados, Baltazar foi técnico de futebol, inclusive do próprio Corinthians. Quando abandonou de vez o futebol ele trabalhou na penitenciaria do Estado como carcereiro. Uma coisa que eu não sabia e fiquei sabendo é que ele tinha retornado ao Jabaquara antes de encerrar a carreira. E por falar no Jabaquara esse era um time que os jogadores tinham vergonha na cara, num dos campeonatos em que o Jabuca foi para a segunda divisão todos os jogadores choraram a cântaros, como diziam os locutores esportivos da época.
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Pelo Corinthians:

Foram 401 jogos pelo Timão: 247 vitórias, 70 empates, 84 derrotas, 266 gols marcados a favor e um contra (números do "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte).

Pela Seleção Brasileira:

Pela Seleção Brasileira, além de disputar as copas do mundo de 1950 e 1954, foi campeão panamericana de 1952. No time principal da seleção, Baltazar fez 31 jogos (21 vitórias, seis empates e quatro derrotas) e marcou 17 gols, segundo informações do livro "Seleção Brasileira 90 anos", de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.

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