por Túlio Nassif/contribuiu João Fernando de Jesus Pereira
“O moço de Botucatu que brilhou no futebol de Barra Bonita”, diria o saudoso Fiori Gigliotti e “todos falam de mim, mas o maior craque da AABB, foi Airton”, contava o amigo Renatinho. A verdade é que Airton de Mello Dias, o Airton, foi o maior meia-esquerda do futebol de Barra Bonita. Jogava com a elegância de um “gentleman”. Pouco falava, mas muito produzia. No dia 15 de novembro de 2009, aos 74 anos, ele partiu. Cumpriu com louvor sua missão e história do futebol de Barra Bonita. Um craque.
Airton era canhoto. Fazia tudo com uma perna: driblava, passava, chutava. Era um “camisa 10” de grande talento e habilidade. Era amigo da bola e um apaixonado por tudo: pelos pais, irmãos, esposa, filhos, netos, pelo seu trabalho na Usina da Barra e pela AA Barra Bonita e seus colegas.
E nos últimos dias de vida do inseparável companheiro de bola Renatinho, Airton chegava a visitá-lo no Hospital São José até duas vezes no mesmo dia. Para ele, com certeza, o jogo continuava e era embalado e vivificado pelas lembranças.
Foi campeão amador em 1953 e 1957 pela veterana. Teve sua foto estampada na galeria de troféus na sede social da Rua 1º de Março, a casa da AABB. O tempo e o presente sem laços com a história destruíram os painéis. Mas as fotos de cada craque campeão permanecem vivas na mente daqueles torcedores que ainda tem memória.
Airton era a humildade viva. Sua vida foi ceifada em momento que varria a calçada de sua residência na Prudente de Moraes. Uma cena que traduzia todo o seu talento: a simplicidade no viver e no jogar futebol. Com a vassoura tinha a sensação de estar bailando com sua esposa Enide Sancassani ou, em campo, vestindo a camisa abebeana.
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