Adrian Newey

Projetista de Fórmula 1
por Marcos Júnior Micheletti
 
O britânico Adrian Newey, atual projetista da Red Bull na Fórmula 1, é o engenheiro responsável por diversos carros vencedores na categoria máxima do automobilismo desde a década de 90.
 
Newey, que nasceu na cidade inglesa de Stratford-up-Avon, ao sul de Birmingham, no dia 26 de dezembro de 1958, especializou-se em aeronáutica e astronáutica pela Universidade de Sothhampton, e seu conhecimento em aerodinâmica o aproximou da Fórmula 1, onde trabalhou ao lado do já renomado projetista Harvey Postlethwaite e do brasileiro Ricardo Divila na equipe Fittipaldi, em 1980.
 
Newey, recém-formado, levou seu currículo e foi contratado imediatamente por Ricardo Divila, que ficou impressionado com o conhecimento do jovem, após uma rápida conversa.
 
A equipe brasileira, conduzida por Wilsinho e Emerson Fittipaldi, que também era piloto da escuderia, enfrentava dificuldades após a saída de seu principal patrocinador, a Copersucar, e não conseguiu fechar um acordo para correr com um motores turbo, na ocasião mais competitivos que os aspirados, como o Ford-Cosworth DFV utilizados pelo time. A dupla de pilotos era Emerson Fittipaldi e Keke Rosberg, que totalizou 11 pontos (seis de Rosberg e cinco de Emerson), posicionando a equipe em oitavo lugar, à frente da McLaren e da Ferrari.
 
Newey ajudou no desenvolvimento do projeto do F10, principalmente na parte aerodinâmica, nos testes de túnel de vento, uma de suas especialidades.
 
Mas o projeto do F10 não foi desenvolvido, uma vez que a equipe Fittipaldi acabou fechando em 1982
 
Em 1981, paralelamente à atividade junto aos irmãos Fittipaldi, Newey trabalhou na Fórmula 2, pela equipe March, transferindo-se depois para os Estados Unidos, conduzindo os trabalhos da própria March na Fórmula Indy.
 
Projetou o chassi 85C da March, vencedor do campeonato da Indy em 1985, guiado por Al Unser e voltou a ter um ótimo resultado no ano seguinte, também pela March, com a vitória de Bobby Rahal nas 500 Milhas de Indianápolis.
 
Mas Adrian Newey, apesar do sucesso nos Estados Unidos, encontraria um campo maior de trabalho junto aos times da Fórmula 1, principalmente por seu profundo conhecimento em aerodinâmica, muito mais refinada dos que na Indy.
 
De volta à Europa, Newey engatou uma série de sucessos, desde os bons carros da March (depois chamada Leyton House) entre 1988 e 1989.
 
O passo seguinte foi dado rumo à uma das principais equipes do começo dos anos 90, a Williams, tendo sido responsável pelos carros vencedores de Nigel Mansell (1992), Alain Prost (1993), Damon Hill (1996) e Jacques Villeneuve (1997). Nesse período, também foi responsável pelo projeto da Williams com a qual Ayrton Senna morreu durante o GP de San Marino, em Imola, em 1º de maio de 1994.
 
O bicampeonato de Mika Hakkinen pela McLaren (1998/1999) também foi fruto do modelo que Newey projetou.
 
Em novembro de 2005 foi anunciado para comandar os trabalhos de engenharia da Red Bull na Fórmula 1, logo após a aquisição da divisão da Jaguar na Fórmula 1.
 
Desde então, a Red Bull acumula três títulos de pilotos e construtores, todos com Sebastian Vettel, entre 2010 e 2012, o que coloca Newey entre os mais geniais nomes criativos da Fórmula 1, ao lado de Colin Chapman, Gordon Murray e John Barnard, entre outros.
 
Em novembro de 2017, ao lançar o livro "Como Construir um Carro", trouxe o assunto da morte de Ayrton Senna de volta, ao declarar que se sentia responsável, embora não culpado, pela morte do brasileiro, por ter errado no projeto da Williams FW16 com a qual o brasileiro sofreu seu acidente fatal.
 
Trabalhando na Red Bull, projetou os carros vencedores de Sebastian Vettel nas quatro conquistas de título do alemão, consecutivamente entre 2010 e 2013 e nos modelos de Max Verstappen entre 2021 e 2023, que levaram o holandês ao tricampeonato consecutivo.
 
Aliás, o domínio da Red Bull foi impressionante na temporada recém concluída, com 21 vitórias entre os 22 GPs disputados. 
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