Em seu 10º Encontro Nacional de Jornalistas e Formadores de Opinião, o Sicredi reuniu 57 profissionais de todo o Brasil entre os últimos dias 7 e 9 de outubro para uma verdadeira imersão na história, desafios e perspectivas do cooperativismo, iniciado em 1902 em um dos municípios sede do evento, Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha.
ANTES, EM PORTO ALEGRE
O pontapé inicial para o 10º Encontro Nacional de Jornalistas e Formadores de Opinião foi dado em Porto Alegre, no bairro São Geraldo, (Zona Norte da capital gaúcha), no CAS (Centro Administrativo Sicredi), um moderno complexo de edificações encravadas em 28.000 metros quadrados que pulsa na velocidade de trabalhos de 4.200 funcionários e tem diferenciais significativos.
O prédio principal (Torre C, finalizada em 2004), onde entre outros está localizado o Data Center do Sicredi, com redundância localizada a 21 quilômetros de distância, justamente visando a segurança de dados, e a Torre D (em operação desde 2007), receberam uma certificação inédita no Brasil: a LEED Existing Buildings: Operation & Maintenance, nível platinum (LEED EB O&M Platinum).
A Torre C é o edifício mais sustentável da América Latina. Para se ter uma ideia, todo o esgoto passa por tratamento para reuso, com água não potável para uso geral, como jardinagem, descarga de água nos banheiros, captação de água da chuva e um enorme complexo de energia solar. Este foi construído nas coberturas da garagem aberta (ainda há uma garagem subterrânea). As placas solares são responsáveis por boa parte do fornecimento de energia para o CAS.
O amplo local ainda abriga espaços de convivência, como quadra, campo de futebol society, áreas de convivência e atendimento odontológico, entre outros.
HISTÓRIA
Lá mesmo no CAS, os jornalistas ouviram inicialmente uma palestra ao ar livre sobre o inicio do cooperativismo. Lá, inclusive, estão os bustos em bronze, com destaque para o pároco suíço Theodor Amstad, fundador da primeira cooperativa de crédito do Brasil (em Nova Petrópolis-RS), e outras figuras, como as mulheres do cooperativismo.
Ainda no piso térreo do CAS, há um espaço de interatividade voltado às crianças, da Turma da Mônica, criado em parceria com a Maurício de Sousa Produções, onde o foco é a a educação financeira.
Escolas públicas e privadas são recebidas de forma gratuita para a experiência em que as crianças podem entender a forma como ganhar dinheiro, por meio das profissões, a utilização racional do dinheiro, a responsabilidade em pagar as contas em dia, etc.
Ao término da experiência, as crianças recebem uma coleção de revista (seis exemplares) da Turma da Mônica justamente com este foco, a Educação Financeira.
Para Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais da OCB, Organização das Cooperativas Brasileiras, a educação financeira na infância é um elemento importantíssimo.
"Temos uma inadimplência no Brasil que poderia ser bastante reduzida com ações de educação financeira", disse Clara Maffia durante sua palestra no 13º andar da Torre C do CAS, imediatamente após a explanação de César Bochi, diretor-presidente do Banco Cooperativo Sicredi.
Ela ainda enfatizou a questão da competitividade de mercado, facilitada por ações cooperativas.
"Pequenos e médios produtores de frangos, graças ao fato de formarem uma cooperativa, conseguem produzir carne e exportar para a China, por exemplo, competindo com grandes produtores, já estabelecidos há muito tempo", sintetizou Clara Maffia.
Em que pese a digitalização que o associado do Sicredi tem acesso, inclusive batendo recentemente o recorde diário de transferências via Pix, estar presente é fundamental para a cooperativa.
"Não vejo o cooperativismo sem a presença física. Receber o associado, ouví-lo, tomar um café, oferecer uma instalação agradável, é fundamental em todo o processo", ponderou César Bochi, que ainda apresentou números e ações que exemplificam a força do cooperativismo do Sicredi, entre eles:
R$ 435 bilhões em ativos; mais de 21 milhões de associados, e um dado que chama muito a atenção, que é o de o Sicredi ser a única instituição financeira em 460 municípios brasileiros, ou seja, há uma enorme preocupação da instituição no atendimento daqueles munícipes que não tem a presença de bancos, digamos, tradicionais.
"O Sicredi é o maior parceiro do BNDS para a pequena empresa e tem ações conjuntas com o Sebrae, entre outros, para viabilizar projetos dos associados como de mulheres empreendedoras, energia solar, direcionando o crédito para atividades que sejam boas para o associado e a comunidade", arrematou César Bochi.
FUNDAÇÃO SICREDI
No segundo período deste primeiro dia de atividades, terça-feira (7), quem palestrou foi Cristiane Amaral, gerente de Educação Financeira e Liderança Cooperativista, que apresentou as diversas ações da Fundação Sicredi.
O trabalho da Fundação Sicredi é voltado a manter viva a essência do cooperativismo através de estratégias de sustentabilidade sistêmica, passando por iniciativas educacionais, como a citada educação financeira, mas também sociais, culturais, ambientais e de governança, que provocam impactos concretos nas comunidades.
A Fundação de Desenvolvimento Educacional e Cultural Sicredi - Fundação Sicredi - tem o propósito de manter viva a essência do cooperativismo por meio do desenvolvimento da estratégia de sustentabilidade sistêmica, e dos programas e iniciativas educacionais, sociais, culturais, ambientais e de governança para a ampliação do impacto positivo nas comunidades.
Coube a Cristiane Amaral, ainda, comandar a visita ao espaço educacional da Turma da Mônica no CAS, que ainda contou com a presença das monitoras que interagiram com os jornalistas.
Finalizando a jornada ao CAS, a jornalista Renata Cerolini, da comunicação e marketing do Sicredi, apresentou o 1º Prêmio Sicredi Comunicação em Rede,
BERÇO DO COOPERATIVISMO
O município de Nova Petrópolis, encravado na Serra Gaúcha, próximo a Gramado, foi o centro das atenções do segundo dia 10º Encontro Nacional de Jornalistas e Formadores de Opinião do Sicredi.
Na chamada Linha Imperial, um distrito de Nova Petrópolis, foi onde o cooperativismo se iniciou de fato, contando com o incansável trabalho do padre jesuíta Theodor Amstad, oriundo de uma rica família suíça, que conhecida muito de matemática, entre outras habilidades, promoveu uma verdadeira revolução nos meios de produção da localidade, tornado-a próspera. Ali nasceu a Sicredi Pioneira, onde hoje existe, além de uma agência de atendimento, um Memorial da Casa Cooperativa.
A presença da imagem do padre Amstad está em toda a área da Linha Imperial, com a Igreja, escola e uma praça feita em sua homenagem.
Ainda em Nova Petrópolis, o grupo de jornalistas visitou um associado do Sicredi que mudou sua trajetória profissional das quadras de vôlei )defendeu até dois anos atrás o Sada-Cruzeiro) para o cultivo regenerativo de cogumelos, a Du Organics, capitaneada por Lucas Kehl.
Em uma área de preservação ambiental, propriedade familiar, cujo avô é um artesão moveleiro (Germânia Móveis e Decorações), Lucas abastece com quantidade e qualidade a forte gastronomia local, incluindo a de Gramado, com uma ampla variedade de cogumelos, utilizando recursos naturais da propriedade, de uma madeira que foi trazida ao Brasil por imigrantes japoneses (apelidada de Uva Japonesa), que se tornou uma ameaça à fauna local, por provocar sombra em razão de suas altas copas, mas que é aproveitada tanto em seus troncos como em sua serragem para a produção dos cogumelos.
O Sicredi, segundo Lucas Kehl, segue parceiro, e foi fundamental na construção das estufas, que permitem uma produção perene ao longo do do ano.
SICREDI PIONEIRA E ESPAÇO SICREDI NOVA PETRÓPOLIS
O último dia do evento promovido pelo Sicredi aos jornalistas, ainda em Nova Petrópolis, quinta-feira (9), contou com a apresentação de Tiago Schmidt, presidente da Sicredi Pioneira, que relatou histórias comoventes a partir de experiências em diversos eventos com associados e crianças que participaram de cursos de educação financeira.
Um deles, de um seu xará, Tiago, de dez anos, a partir de um curso de educação financeira, praticamente salvou o restaurante de sua família, quando perguntou para a mãe, "como estava o fluxo de caixa do estabelecimento".
Quase atônita, a mãe ficou sem reação, mas o garoto deu um primeiro conselho fundamental: o de anotar todas as entradas e saídas do restaurante. A partir daí, negociar prazos de pagamentos e, gradativamente, as contas ficaram no azul.
Por fim, foi apresentado o Espaço Sicredi Nova Petrópolis, que até conta com caixas eletrônicos tradicionais, mas vai muito além disso, pois é um amplo e moderno local com quatro espaços de uso voltado à comunidade, de forma gratuita, a partir de agendamento prévio. Um complexo de salas de reuniões, auditório e coworking.
O jornalista Marcos Micheletti, do Portal Terceiro Tempo, viajou para o 10º Evento de Jornalistas e Formadores de Opinião do Sicredi a convite do presidente do Sicredi Vale do Piquiri Abcd PR/SP, Sr. Jaime Basso.
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