Fernando Diniz no tempo em que comandou o Santos, em 2021. Foto: Ivan Storti/Santos FC

Fernando Diniz no tempo em que comandou o Santos, em 2021. Foto: Ivan Storti/Santos FC

A vitória do Fluminense sobre o Santos, nesta quarta-feira, 29/11, foi uma vingança tripla de Fernando Diniz. O técnico do Flu, e treinador interino (?) da Seleção Brasileira saiu do Santos inconformado, revoltado.

Os três a zero significaram um gol para cada personagem que, na avaliação de Diniz, colaborou para a sua saída do clube.

Andrés Rueda, presidente, Marcelo Fernandes e o Arzur, treinador de goleiros.

Quando foi contratado, Fernando Diniz recebeu do presidente Andrés Rueda a promessa, feita em tom de que fazia supor que continha muita sinceridade, de que seria mantido no cargo, mesmo que o time sofresse algumas derrotas.

Não foi o que aconteceu.

Fernando Diniz foi mandado, sem dó nem piedade.

Ou seja, Rueda não suportou a pressão de seu conselho gestor e de parte da torcida.

Demitiu Diniz, sem dar muitas explicações.

Minha fonte na comissão técnica de Diniz me garantiu antes do jogo desta quarta-feira na Vila Belmiro que o Flu iria entrar em campo com o seu time titular.

E que faria tudo para deixar a Vila com uma vitória que não deixasse nenhuma dúvida a respeito da superioridade da equipe carioca.

E foi o que ocorreu em campo. Na entrevista coletiva, o técnico santista Marcelo Fernandes falou em “totó”.

O Fluminense deu um “totó” no Santos no primeiro tempo.

Foi vergonhoso.

Parecia que o Flu era o dono do “Alçapão da Vila”.

E que o Santos era o visitante.

E por falar em Marcelo Fernandes, outra fonte que tenho no clube, e que tem livre acesso aos jogadores, me enviou a seguinte mensagem: “O mundo do esporte gira. O Diniz estava “mordido” porque quem derrubou ele no Santos foi a dupla Marcelo Fernandes e Arzul. Ontem teve a volta. Não se “brinca” com a vida das pessoas”, acusou, pedindo para não ter o seu nome divulgado.

Arzur é o preparador de goleiros do Santos, com grande influência na direção do clube. No CT Rei Pelé, garantem que Arzur é muito ligado ao vice-presidente do Santos, José Carlos de Oliveira.

Fernando Diniz foi demitido do Santos em novembro de 2021, após uma sequência de seis jogos sem vencer. Ele foi mandado embora depois de uma derrota para o Cuiabá, na Arena Pantanal.

Diniz saiu após 27 jogos, com dez vitórias, sete empates e dez derrotas.

Um aproveitamento de 45,6% dos pontos.

Fernando Diniz fez um contrato com o Santos pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

O acordo não previa o pagamento de multa rescisória em caso de demissão.

Na época, o diretor executivo do Santos era André Mazzuco, que atualmente ocupa o mesmo cargo no Botafogo.

Na vitória do Flu na Vila Belmiro, Fernando Diniz foi discreto e não comemorou os três gols marcados pelo seus comandados.

Tentou passar a imagem de naturalidade.

Mas, pelo que me garante um de seus auxiliares, intimamente e, no vestiário, Fernando Diniz vibrou muito com a vitória incontestável.

E, principalmente, por ter se vingado do presidente que não cumpriu a palavra com ele e de Marcelo Fernandes e Arzur, que teriam colaborado para a sua demissão.

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