A virada do Fluminense sobre o Grêmio foi a cereja do bolo em uma relação marcada por respaldo e admiração, artigos de luxo no futebol brasileiro. Respeitado por dirigentes e reverenciado por seus jogadores, Fernando Diniz virou assunto preferido em debates Brasil afora e divide opiniões, mas tem status de intocável nas Laranjeiras.
Ao passo que alguns contestam o estilo "diferente" e são rebatidos por defensores apaixonados de seu modelo, o treinador tricolor tem sido capaz até de juntar do mesmo lado aqueles que já manifestaram o interesse em presidir o Flu, que passa por eleição no próximo dia 8.
Até o momento a corrida à presidência tem quatro postulantes que manifestaram interesse em dirigir o clube: Ayrton Xerez, Marcelo Souto, Mario Bittencourt e Ricardo Tenório. Se divergem em outras ideias, a tendência dos candidatos é pela manutenção do trabalho à beira do campo. Exceção feita a Xerez, que não foi localizado pela reportagem do UOL Esporte, o trio indicou que o trabalho será mantido, ainda que com ressalvas de que a avaliação é permanente.
"Fernando Diniz contará com nosso apoio. Não sou adepto a trocas de treinadores durante o ano. Um treinador precisa de estabilidade e tempo para colocar em prática suas ideias. Ele tem muito a contribuir não só com o futebol no Fluminense, como também a nível nacional. Portanto, no que depender de mim, ele será sim meu treinador", analisou Souto.
Ex-vice de futebol do clube, Bittencourt destacou ainda a qualidade do entorno do treinador do Tricolor:
"Eu e Celso (Barros, candidato a vice) gostamos do trabalho do Diniz e de todo o departamento. O Flu é muito bem servido com os profissionais que tem, não só no comando técnico, mas também com relação ao estafe e retaguarda. Caso sejamos eleitos temos a intenção de manter o que está funcionando bem e dando resultados. E dar um suporte ainda mais profissional.
Outro que já ocupou o posto máximo do futebol do clube, Tenório seguiu em linha semelhante ao fazer elogios ao profissional, mas afirmou que o prosseguimento de trabalho é avaliado não apenas por um fato isolado, mas pela consistência do trabalho que vem sendo executado.
"Gosto do trabalho do Fernando Diniz. Ontem ele deu demonstração que está no caminho correto. Pelo jogo de ontem, sim eu manteria o Diniz, mas futebol não se mede por um resultado favorável ou não, e sim pela sequência do trabalho, pelo resultado do projeto", disse ele.
Distante da temperatura eleitoral que começa a aumentar nos corredores do clube, o time do Fluminense ganhou uma folga hoje. A equipe retoma amanhã os trabalhos para iniciar a preparação para o clássico de sábado diante do Botafogo, 16h, no Maracanã.
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