Na teoria, o VAR evitaria as polêmicas. Mas, na prática...

Na teoria, o VAR evitaria as polêmicas. Mas, na prática...

O futebol não tem como, agora, dar um passo para trás. Ou seja, não seria aceitável retroceder e pedir a retirada do árbitro de vídeo do esporte mais popular do planeta. Mas o mau uso da ferramenta no Brasil tem despertado uma até que compreensível campanha anti-VAR.

Não é minimamente aceitável que um lance de gol seja checado durante seis minutos, como o que aconteceu na Vila Belmiro na tarde do último domingo (30), no segundo tento santista anulado diante do Flamengo. O lance é discutível. Pode ser que o movimento de Jobson tenha atrapalhado Diego Alves. Pode ser...

Mas, se a equipe da cabine levou seis minutos para concluir isso, significa que o lance gerou muitas dúvidas. E, na dúvida, o jogo tem que seguir. Não se pode fazer uma “mesa redonda” durante o jogo para discutir cada lance. A partida precisa fluir.

Que tal um limite de um minuto e meio para o VAR analisar o lance? Se nenhuma conclusão for tirada neste tempo, significa que nenhum absurdo aconteceu na jogada e então a partida tem que seguir.

Outro ponto esquisito do protocolo do VAR é este que, quando de um gol, a equipe analisa todo o lance desde a última reposição da bola. Várias jogadas foram criadas e destruídas até que uma das equipes tenha conseguido balançar as redes. Mas uma falta que aconteceu há cinco minutos pode arruinar tudo. 

Um gol que sai de uma falta inexistente não interfere muito mais no jogo do que o exemplo citado acima? Sem dúvidas... Mesmo assim, a tecnologia não pode interferir neste lance. Contraditório, no mínimo. 

Por fim, a comissão de arbitragem precisa entender que o VAR está lá para evitar grandes injustiças, e não para caçar pelo em ovo. Se, a cada gol, o árbitro de vídeo quiser analisar o comportamento dos 22 atletas em campo para buscar algum mínimo motivo para anular o principal objetivo do esporte, o futebol ficará cada dia mais justo, é verdade. Mas também muito menos interessante.

Pensando no esporte bretão como um produto, responda: vale a pena?

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