Por Airton Gontow

Acabaram com o futebol!

Ficamos nas mãos de imbecis que não entendem que um braço abre na hora da corrida, que não compreendem que eventualmente um pé é erguido um pouco a mais quando se busca chegar à bola em uma disputa!

Agora, quando se está sem ângulo no ataque, basta chutar à meia força e à meia altura para tentar que a bola bata no braço ou mão de um adversário. O juiz marcará pênalti!

A partir de agora, basta jogar alguma parte do corpo no braço ou perna aberta do adversário para que seja marcada a penalidade máxima!

Cavani chutou a sola do adversário e foi premiado com um pênalti!

Um absurdo!

Tão cretino quanto a penalidade marcada a favor da Argentina ontem, no jogo contra o Paraguai.

Atenção, juízes sem juízo, do campo e do VAR: depois de bater na coxa, a bola pode sim bater em um braço!

Não é uma intenção, mas uma probabilidade!

E mais: entrar correndo para evitar o gol não é assumir o risco de cometer a falta porcaria nenhuma! O que um zagueiro deveria fazer para evitar o perigo da infração? Tem que sair da frente da bola?

Estamos vendo no Mundial Feminino e na Copa América o que ninguém previa: há mais erros com o VAR do que acontecia quando havia apenas o juiz e os bandeirinhas.

Sim, existe a tecnologia, mas também há muita gente para errar e, convenhamos, aumentou o perigo das manipulações.

Não sou - ou ao menos não era - contra o VAR.

Mas virou regra aquilo que era para ser exceção.

Não dá nem mais para gritar com emoção e alegria na hora do gol!

Tem que conter o grito e esperar pela definição fora do campo de jogo.

O gol nem é mais o “orgasmo do futebol”.

(Ainda que muitas vezes tenha virado ejaculação precoce.)

Mais que isso, o futebol virou brochante!

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Airton Gontow é jornalista, cronista e diretor do site de relacionamento Coroa Metade.