No Campeonato Paulista, a sala do VAR já contava com os fones destinado a gamers. Foto: William Lima/FPF/Via UOL

No Campeonato Paulista, a sala do VAR já contava com os fones destinado a gamers. Foto: William Lima/FPF/Via UOL

No Campeonato Brasileiro deste ano, o VAR (árbitro assistente de vídeo) passou a ser utilizado. A ferramenta ainda não é uma unanimidade entre todos os torcedores do país, mas chegou para tentar acabar com gols irregulares e lances polêmicos.

A sala do VAR é composta por quatro pessoas: o árbitro de vídeo, dois assistentes e o observador de VAR. Desde sua implementação, era necessário fones para comunicação entre a cabine e os árbitros de campo.

Durante os campeonatos estaduais eram utilizados acessórios comuns, sem nenhuma refinação no produto utilizado para a comunicação. A exceção foi o Campeonato Paulista, que passou a utilizar fones para gamers para o contato com os árbitros de campo.

A tendência foi levada para o Campeonato Brasileiro e, em todas as partidas, é possível verificar na sala do VAR que os profissionais atuantes também utilizam fones destinados aos ciberatletas de alto rendimento, o Hyper X Cloud 2, com custo de R$ 659,90.

Em contato com o UOL Esporte, a assessoria da CBF, responsável pelo VAR afirmou que a escolha que foi "estritamente" técnica, devido à qualidade e praticidade que o produto oferece. Além disso, foi citado que o preço dos fones não foi levado em consideração.

A reportagem entrou em contato com os desenvolvedores dos fones utilizados pelos árbitros de vídeo, no caso a Hyper X, para saber se o custo-benefício existe.

De acordo com Iuri Santos, especialista em tecnologia da HyperX, os fones podem ajudar em alguns aspectos: a concentração do árbitro para revisar o lance, a ausência de ruídos na comunicação e a acústica que não permite sons externos.

"O nosso fone foi criado para ciberatletas de alto rendimento, eles precisam estar focados no jogo, assim como o árbitro de vídeo precisa estar na revisão de algum lance. O nosso microfone também possibilita uma comunicação mais limpa entre quem está em campo com a cabine do VAR", disse Iuri.

"A acústica também ajuda bastante na hora da concentração, já que o nosso fone não permite muito ruídos externos e deixa a pessoa mais focada naquilo que está fazendo", concluiu.

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