Tricolor gaúcho leva decisão para as penalidades, mas erra muito e dá adeus à Libertadores. Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Tricolor gaúcho leva decisão para as penalidades, mas erra muito e dá adeus à Libertadores. Foto: Lucas Uebel/Grêmio

O Grêmio foi eliminado pela segunda vez no ano, nos pênaltis, e isso autoriza dizer que a culpa em parte é do Renato Portaluppi, cujo ciclo vitorioso no Grêmio já se encerrou, faz tempo.

Eu não sei se é porque a idade um tanto avançada já está chegando, mas o ídolo gremista se mostra hoje um técnico medroso, que começa seus jogos de forma acanhada, fazendo com que seu time se deixe dominar no início do jogo para tentar conseguir alguma coisa no contra ataque, como fazem as equipes pequenas

Aliás, esse negócio de atuar com três zagueiros é um sintoma claro de quem entra em campo com medo do adversário, algo que não se justifica, porque nenhum time brasileiro, atualmente, está acima da média a ponto de meter medo em alguém.

É claro que deu para perceber neste jogo de volta entre Fluminense e Grêmio que, em termos de arbitragem, o fiel da balança pendeu para o lado do tricolor das Laranjeiras, notadamente nos lances capitais.

E não foi só no pênalti pouco claro, sugerido pelo VAR, e na anulação de um gol do Grêmio, sob a alegação de impedimento duvidoso, também sugerida pelo árbitro de vídeo, que a arbitragem deixou transparecer sua boa vontade com o mandante do jogo.

Isso ficou escancarado nos minguados 4 minutos de descontos dados no primeiro tempo, que favoreceram logicamente o time que estava à frente no placar, quando na verdade só o tempo gasto consultando o VAR, sobre o pênalti favorável ao Fluminense, foi superior a 6 minutos.

Isso faz concluir que, se fosse o Grêmio que estivesse em vantagem no placar, a arbitragem daria, no mínimo, 10 minutos de desconto.

Não estou querendo dizer que foram essas ações tendenciosas do juiz que eliminaram o Grêmio da Libertadores, até porque o tricolor gaúcho as superou em parte e conseguiu, aos trancos e barrancos, levar a decisão para a cobrança de penalidades,

Afinal, eu fiz questão de iniciar este comentário, dizendo que Renato tem sua parcela de culpa nessa eliminação, e completo agora afirmando que ela se estende à decisão por pênaltis, pois Renato deveria ter substituído Marchesín no finalzinho do jogo, em razão de que esse goleiro já revelou ser um péssimo defensor de penalidades.

É claro que os que erraram a cobrança também têm sua dose de culpa pelo insucesso, mas não se pode ignorar que eles partem para o chute psicologicamente convencidos de que não existe nenhum chance de terem seus possíveis erros compensados por uma eventual defesa de Marchesín,

Outra besteira cometida pelo técnico Renato, algo que já havia acontecido em outros jogos, foi a retirada de Soteldo do jogo, nos minutos finais da partida, pois livre do insinuante baixinho driblador, o Fluminense pôde se soltar mais ao ataque e por muito pouco não definiu a classificação a seu favor no tempo regulamentar.

Olhando agora para a tabela do Brasileirão, a gente vê claramente que a dupla Gre-Nal só estará na Libertadores de 2025 se acontecer um milagre, pois com esse futebol fraco que Grêmio e Inter vêm praticando dificilmente algum deles conseguirá classificação para o torneio continental do ano que vem.

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