Depois da recaída diante do Galo, Flamengo pega o Vasco motivado

Depois da recaída diante do Galo, Flamengo pega o Vasco motivado

Como geralmente acontece com os colegas que analisam o desenrolar do Brasileirão, tenho começado meus comentários pelo ´filé mignon´, abordando inicialmente aspectos relacionados com a disputa dos primeiros lugares da tabela de classificação.

Hoje, para variar (literalmente), começo meu "pente fino", relativamente aos jogos da 27ª rodada, reportando-me sobre a turma do Z-4 (não confundir com o oposto G-4).

Essa mudança de atitude tem como "musa inspiradora" um palpite que me diz que o Vasco, aquele pobre moribundo de duas rodadas atrás, que levou 6 a 0 do Internacional no Beira-Rio, já pode até ser considerado um morto em franco processo de ressurreição.

É claro que matematicamente o clube cruz-maltino do polêmico Eurico Miranda ainda precisa percorrer um caminho relativamente longo e penoso para sair da Zona de rebaixamento. Afinal, está 7 pontos abaixo do ´lider´ do Grupo da Morte, que a partir de hoje passou a ser a valente Chapecoense (acho que não merecia).

Mas a minha aposta nessa possibilidade não se relaciona aos números e sim à nova postura assumida pelo time vascaíno nos confrontos recentes, diante de adversários com melhor campanha no certame brasileiro.

A goleada história de 6 a 0 sofrida em Porto Alegre - a última aconteceu em 1917, para o Catete - doeu muito e feriu profundamente o orgulho da nação vascaína.

Mas com certeza se constituiu num belo ´puxão de orelha´ que obrigou o técnico Jorginho e seus comandados a encontrarem a qualquer custo a ´fórmula mágica´ capaz de lhes devolver, pelo menos em parte, a dignidade perdida no buraco negra das sucessivas derrotas.

Eu acredito na recuperação do Vasco, entre outros motivos, principalmente porque ele tem um bom time e um bom treinador com experiências adquiridas como auxiliar técnico da seleção brasileira.

No próximo compromisso do agora vice-lanterna do Brasileirão, a parada é duríssima, pois o adversário é nada menos do que o rival Flamengo, que foi o time que mais cresceu no segundo turno do campeonato, chegando a colocar o pé no cobiçado G-4, depois de uma série de bons resultados.

Sabe-se, porém, que o rubro-negro da Gávea está longe de ser considerado um ´bicho papão´, até porque não possui um plantel suficientemente qualificado que lhe permita uma classificação que vá além do mediano.

Como os demais times médios do Brasileirão, sua ascensão relâmpago na tabela também deve ter prazo de validade limitado.

E isso talvez já tenha até começado a se configurar na goleada de 4 a 1 sofrida pela equipe de Oswaldo de Oliveira, diante do Atlético Mineiro. neste domingo, no estádio Independência.

A derrota flamenguista, embora não seja o fim do mundo para as pretensões rubro-negras de voltar ao G-4, funciona como elemento motivador da equipe vascaína, que pega no "Clássico dos Milhões" um adversário com o moral um tanto abalado, facilitando-lhe a possibilidade de uma nova vitória capaz de confirmar a boa fase e a chance de escapar da degola no final do certame.

Saindo do "subsolo" da tabela de classificação, salto para o andar de cima conhecido como G-4, onde o entrevero volta a se fazer sentir com os resultados das rodadas do meio da semana e deste domingo do equilibradíssimo Brasileirão 2015.

Embora estejamos ainda nas primeiras rodadas do segundo turno, um pouquinho adiante do que se poderia chamar de metade do campeonato, tudo aponta na direção da Arena de Itaquera como provável ´paradeiro domiciliar´ do cobiçado caneco do campeonato brasileiro deste ano.

O Corinthians voltou a vencer e não deixou margem para que seu mais próximo seguidor, o Galo, tentasse colar nos seus calcanhares, ameaçando lhe roubar a cena na ponta da tabela.
É verdade que não se trata de uma margem de pontos que possa ser considerada folgada, separando o líder do vice-líder da competição.

São apenas cinco pontos, algo que pode desaparecer em duas rodadas, por conta de dois tropeços fatais dos corintianos diante de duas vitórias consecutivas do alvinegro mineiro.

Mas acreditar nessa possibilidade seria ignorar que o time de Levir Culpi vive um momento de altos e baixos, como bem o comprovam a derrota de 4 a 0 para o Santos na 26ª rodada e a vitória de 4 a 1 diante do Flamengo na rodada deste domingo.

Enquanto isso, o Coringão, que corre à sua frente rumo à conquista do título, com ´meio pescoço de vantagem´, tem sofrido tropeços que podem ser considerados normais, como o empate com o Grêmio na Arena de Itaquera e a derrota para o Inter, por 1 a 0, no Beira-Rio.

É importante observar que, quando retoma o caminho da vitória, a equipe comandada por Tite o faz com autoridade, sem deixar margem para dúvidas em relação ao grande momento que atravessa, como ficou comprovado nessa vitória de 2 a 0 diante do Santos, na 27ª rodada do Brasileirão.

Aliás, vale lembrar que esse resultado vem ao encontro daquilo que comentei quando o Peixe eliminou o Corinthians da Copa do Brasil, vencendo-o no jogo decisivo, em plena Arena de Itaquera, pelo marcador de 2 a 1.

Observei, na ocasião, tratar-se da vitória de um time que praticamente só tem a Copa do Brasil como caminho para chegar à Libertadores de 2015, diante de outro que lidera o campeonato brasileiros, com reais possibilidades de chegar ao título, estando com vaga praticamente garantida ao próximo certame continental, na pior das hipóteses, se terminar o Brasileirão como quarto colocado.

E até arrisquei dizer, sem medo de desagradar a torcida santista, que, se aquele jogo fosse válido pelo campeonato brasileiro e não pela Copa do Brasil, o resultado mais lógico seria uma vitória do Corinthians, , não só por ser tecnicamente superior, mas também por atuar em seus próprios domínios.

Nesta rodada do campeonato, a superioridade corintiana a que me referi se confirmou, haja vista que venceu o melhor time no clássico de alvinegros do futebol paulista. Jogo válido pelo Brasileirão - não custa lembrar - e não pela Copa do Brasil. .

Se resta alguma dúvida acerca da supremacia técnica corintiana sobre a equipe santista, nessa temporada de 2015, ela pode ser dirimida olhando para os 17 pontos e as 7 posições que separam os comandados de Tite dos pupilos de Dorival Junior, na tabela de classificação.

Por falar em treinadores, deixo aqui um conselho à direção do São Paulo Futebol Clube, mesmo sem me considerar fartamente credenciado para tal ousadia.

Mandem o treinador Osório ´catar coquinho´ na Colômbia, sua terra natal, e contratem um técnico identificado com o futebol brasileiro, para propiciar ao tricolor paulista a possibilidade de, pelo menos, chegar ao final do campeonato dentro do G-4 e com vaga assegurada na disputada da próxima Libertadores.

Desculpem, presidente Carlos Miguel Cástex Aidar e vice de futebol Ataídes Gil Guerreiro, mas perder para o modesto Avaí por 2 a 1, como aconteceu neste domingo, e terminar a 27ª rodada do campeonato na 5ª colocação, com um time milionário como esse do São Paulo, é algo que até eu, que tenho curso de técnico de futebol sem contudo ter exercido a profissão, conseguiria com toda a certeza.

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