Principais certames regionais chegam à reta final com pouca chance para a zebra

Principais certames regionais chegam à reta final com pouca chance para a zebra

Lino Tavares

Embora se trate de fato teórico calcado em dados históricos, não representa nenhum despropósito dizer que as quatro primeiras forças do futebol brasileiro são Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

São nesses estados que existem os maiores somatórios de títulos nacionais e internacionais e também é neles que se realizam os maiores clássicos do nosso futebol.

Com base nessa realidade, restrinjo este comentário à análise prévia do que se tem pela frente nas decisões dos certames regionais de 2025 desses centros futebolísticos.

Pelo que foi visto até aqui, o único clube desses grandes centros que está com a mão na taça é o Atlético Mineiro, uma vez que joga a decisão da taça com o América, tecnicamente inferior, que torpedeou o rival Cruzeiro na semifinal, algo de certo modo surpreendente.

No Rio de Janeiro, estamos na sefinal e embora haja algum favoritismo por parte do Flamengo, campeão da Taça Guanabara, não se pode classificá-lo além de leve favorito, pois o Fluminense e o Vasco, que também estão no páreo, constituem com ele clássicos, portanto parada dura paro o Rubro Negro carioca.

Sem querer menosprezar o time do Volta Redonda, que também é semifinalista, é imperioso admitir que ele pode até se tornar campeão, mas se isso acontecer não há como não passar pela cabeça da gente a figura da velha e um tanto esquecida zebrinha surgida no século passado.

O Paulistão surge como o campeonato que torna mais difícil apontar algum favorito, ainda que leve, com vistas à conquista do título. Afinal, os quatro maiores times da paulicéia estão envolvidos na disputa das quartas de final e nenhum deles pode se considerar superior aos outros três.

O outro quarteto de contendoras das quartas de final, Bragantino, Mirassol, Novorizontino e São Bernardo correm por fora e, caso algum deles invente de aprontar e ficar com o caneco, despertará a figura da zebra aludida a uma eventual surpresa no campeonato carioca.

Finalmente, reporto-me ao Gauchão, que, depois de três anos sendo decidido entre o Grêmio e um time pequeno, parece que fará as pazes com o clássico Gre-Nal na sua grande final.

Observo contudo que essa possibilidade, por parte do Grêmio, não é líquida e certa. Embora o tricolor tenha a vantagem do empate, por ter vencido o Juventude no jogo de ida da semifinal, vai a Caxias do Sul sem poder perder, para evitar decisão por pênaltis ou eliminação, onde enfrentará um adversário difícil que o derrotou com folga, em casa, nos dois últimos jogos.

Tudo o que até aqui foi dito sobre o certame sulino suscita uma inevitável pergunta: quem leva a taça de campeão gaúcho de 2025, Grêmio ou Internacional, se ambos chegarem à final, embora o Inter já esteja praticamente lá ?

A resposta encontra respaldo num trecho daquele fado que diz "não sei... não sabe ninguém". A dúvida é porque tanto o Inter quanto o Grêmio têm prós e contras diante dessa eventual decisão.

O Inter está voltando a uma final, embalado pelos bons resultados alcançados a partir de Roger Machado na direção técnica, mas não ganha o Gaúchão há oito anos e perdeu para o Grêmio os últimos jogos decisivos desta competição.

O Grêmio cresceu bastante, tecnicamente, a partir da troca de Renato por Quinteros no comando técnico e das novas contratações de jogadores, mas ainda está em fase de formação e pode se assustar diante do rival que possui uma base sólida desde o final do Brasileirão.

.Fale com nosso comentarista esportivo, colunista, repórter e entrevistador Lino Tavares: jornalino@gmail.com, celular/whatsApp (55)991763232).

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