Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Pode soar estranho falar isso do atual campeão da Libertadores e da Copa do Brasil, mas o torcedor palmeirense precisou esperar até a metade de agosto para confiar de verdade em seu time nessa temporada.

Como uma ruptura, o Palmeiras de 2021 não passava a mesma confiança de sua versão 2020, embora não tenha sofrido grandes transformações nesse período.

A eliminação precoce na Copa do Brasil para o CRB e a derrota que decretou o fim do jejum do rival São Paulo na decisão do Campeonato Paulista trouxeram um ambiente de desconfiança no reencontro com os tricolores.

Mas foi no Choque-Rei que o time de Abel Ferreira conseguiu trazer à tona a sua melhor versão. Um Palmeiras extremamente competitivo e que cresce nos grandes jogos, como foi no início da saga do português no clube.

Em sua melhor exibição na temporada, o Verdão não teve pudor de abrir mão da posse de bola, mas longe de ser uma atuação defensiva ou reativa.

Alternando bloco médio e linha alta, o Palmeiras não deixou o São Paulo respirar quando teve a bola. Com uma marcação agressiva (não confundir com violenta), frequentemente roubou a bola do rival, especialmente nas saídas de bola, como aconteceu no primeiro gol palestrino.

Se contou com apenas 42% da posse, o Alviverde, por exemplo, sequer teve um chute defendido por Weverton durante todo o confronto.

Com a bola, jogou da maneira que tanto gosta. Vertical, com muita velocidade e atacando os espaços. Abel acertou em cheio ao levar a campo um ataque leve, com Rony no meio e a dupla Dudu e Wesley nas pontas.

O domínio tático palmeirense só deixou de existir no minutos iniciais do segundo tempo, quando Crespo abriu mão do esquema com três zagueiros e passou a jogar com 4-3-3, repetindo o modelo que funcionou muito bem no jogo de ida no Morumbi.

A chance do empate passou pelos pés de Pablo. Provavelmente seria outro jogo caso o gol são-paulino saísse, mas o Palmeiras readequou o encaixe defensivo, Dudu fez um gol que trouxe tranquilidade e foi possível administrar o domínio até o fim do clássico.

Ao reencontrar a sua melhor versão, o Alviverde deixa claro que o sonho do Tri é possível. Alguém duvida?

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