Arboleda, zagueiro do São Paulo, e Bruno Henrique, volante do Palmeiras

Arboleda, zagueiro do São Paulo, e Bruno Henrique, volante do Palmeiras

Bruno Grossi
Do UOL, em São Paulo

Robert Arboleda e Bruno Henrique serão adversários hoje, a partir das 19h, no Morumbi, quando São Paulo e Palmeiras se enfrentam no Morumbi pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. Mas os dois poderiam ter sido companheiros no Tricolor Paulista. Há dois anos, um conturbado processo de compra do zagueiro equatoriano acabou deixando os são-paulinos para trás na briga para contratar o hoje volante palmeirense.

O São Paulo tentava se reformular no meio de 2017, após vender jogadores importantes no mês de junho. O técnico Rogério Ceni sonhava com Bruno Henrique desde o início daquela temporada e estava esperançoso em ter sucesso na nova investida. Paralelamente, havia aprovado o nome de Arboleda, um zagueiro promissor da modesta Universidad Católica de Quito.

Só que a forma como o Tricolor buscou o equatoriano acabou afetando diretamente nas conversas por Bruno. Arboleda tinha seu empresário próprio no Equador, chamado Diego Herrera, mas no futebol brasileiro a OTB Lab tinha procuração para representá-lo. Esse era um braço da OTB, um dos principais grupos de empresários do Brasil, responsável por captar jovens talentos e anônimos na América do Sul.

A OTB também gerencia a carreira de Bruno Henrique e não gostou de ter sido ignorada pelo São Paulo, que tentou fechar com Arboleda com ajuda de outro intermediário e acabou perdendo a corrida para o rival Palmeiras. O zagueiro equatoriano, por sua vez, precisou buscar outro agente no Brasil logo que chegou ao Tricolor.

Sem Bruno Henrique, o São Paulo foi atrás de Petros, que estava no Bétis, da Espanha. A comissão técnica precisava repor a saída de Thiago Mendes e via Bruno com características mais próximas, por ter uma chegada melhor no ataque e participar da criação de jogadas. Petros foi contratado, mas oferecia outro tipo de jogo - e que foi bastante eficiente para ajudar o time a fugir do rebaixamento em 2017.

Mas essa lacuna deixada por Thiago custou a ser preenchida, algo que aconteceu só com a chegada de Tchê Tchê em abril neste ano. Em dois anos e meio no São Paulo, Thiago Mendes, sozinho, havia marcado 12 gols e dado dez assistências. Desde janeiro de 2017, os demais volantes do São Paulo marcaram, juntos, 12 gols e deram 15 assistências. Bruno Henrique, em duas temporadas de Palmeiras, soma 20 gols e nove assistências.

Foto: Montagem sobre fotos AGIF (via UOL)

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