Por Lino Tavares
Dos quatro principais centros futebolísticos do Brasil, apenas São Paulo ainda não conhece o campeão regional de 2025, embora o Corinthians esteja com uma mão na taça, depois de bater o Palmeiras no primeiro jogo da decisão por 1 a 0.
O placar não é folgado, mas garante uma boa vantagem ao alvinegro paulista já que aconteceu no Allianz Parque , obrigando o alviverde a fazer dois gols de diferença ou vencer com a mesma diferença de gols e na decisão por pênaltis, para reverter a expectativa e se tornar campeão, o que não é fácil conseguir na casa do adversário, sob o calor de sua enorme torcida.
No Rio de Janeiro, o Flamengo segurou o rival Fluminense, empatando com o tricolor carioca e garantido o título regional de 2025, já que entrou em campo em vantagem e soube administrar o confronto de modo a não permitir uma reação por parte do adversário, que fez o que pôde, mas não o suficiente para desfazer a desvantagem na disputa.
Em Minas, como já era esperado, o Atlético conquistou o título regional, apesar de ter desperdiçado a possibilidade de se sagrar campeão invicto, já que perdeu o jogo de volta da Final para o América pelo escore mínimo. Como podia se dar ao luxo de perder até com três gols de diferença, chegou ao hexacampeonato e 50º título da história com relativa facilidade.
No campeonato gaúcho, conforme era possível prever desde o Gre-Nal de ida da Final, em que o Inter bateu o Grêmio na Arena por 2 a 0, o Colorado de Roger Machado confirmou a conquista do título ao empatar em 1 a 1 no clássico de volta no Beira-Rio.
Sem dúvida, venceu o melhor. Contudo, mas não é correto dizer que o Internacional foi o melhor time durante todo o campeonato, pois até a quarta rodada da fase classificatória o Grêmio se mostrou superior aos demais clubes, vencendo de goleada clubes tradicionais como o Caxias e o São Luiz, de Ijuí.
É preciso estabelecer um divisor de águas entre os dois Grêmios deste campeonato. O primeiro, representado por aquela equipe voluntariosa de que falei no parágrafo anterior. O segundo, plasmado neste time frouxo, pobre em criatividade, que chegou à Final do campeonato mais como um sobrevivente do que por mérito.
Claro que essa colocação remete a uma pergunta inevitável. Por que o Grêmio caiu tanto de produção a partir da 5ª rodada? A resposta é óbvia, embora exista quem não se dê conta disso. se chama disputa paralela da Copa do Brasil.
Em razão da longa viagem que faria para estrear na Copa do Brasil, diante do São Raimundo, de Boa Vista, o Grêmio enfrentou o Juventude, na 5ª rodada, em Caxias do Sul, com um time reserva, e perdeu o jogo por 2 a 0.
Essa derrota não marcaria uma queda de produção tão acentuada no time gremista, se o confronto em função do qual poupou seus titulares no Gauchão não tivesse se tornado um "osso duríssimo de roer", a ponto de exigir o milagre ocorrido nos descontos, para que o tricolor pudesse decidir nos pênaltis sua classificação para a fase seguinte do torneio brasileiro.
A iminência da eventual eliminação naquele confronto, que se tivesse acontecido, igualaria o Grêmio ao fiasco do rival colorado, quando foi eliminado no primeiro jogo da Copa do Brasil pelo modesto Globo, abalou o time gremista psicologicamente, a ponto de praticamente desmantelá-lo para disputar o restante do Gauchão.
O Internacional que ganhou esse título merecidamente - repito - não deve encarar essa conquista como uma afirmação plena, haja vista que boa parte dela deveu-se à queda brutal de produção do Grêmio, que ultimamente vinha praticando um futebol paupérrimo, inferior inclusive ao do Juventude.
A conquista colorada valeu mais pelo fato histórico de ter evitado que o Grêmio se igualasse ao rival, conquistando o Octacampeonato, do que por aquilo que possa representar como crescimento da equipe colorada a nível nacional.
Afinal, é bom não esquecer que tanto o Inter quanto o Grêmio nunca alcançaram suas grandes conquistas, no panorama nacional e internacional, levando na bagagem a condição de campeão do Rio Grande do Sul.
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