Lino Tavares
Existe um dito popular que se identifica pela expressão "desgraça pouca é bobagem".
Quando caímos em desgraça na copa de 2014, levando o indigesto e inesquecível 7 a 1 da Alemanha, tudo o que nos restou foi alimentar uma pontinha de esperança de que a enorme surra servisse de lição para uma renovação capaz de mudar o padrão do futebol brasileiro, que vinha em queda livre desde o mundial de 2010;
Mas que nada, o que se viu foi uma tremenda recaída com a volta do pusilânime Dunga ao comando técnico da seleção, por conta do que quase afundamos nos jogos eliminatórios da Copa de 2018.
Salvamo-nos daquele quase desastre com a troca de Dunga por Tite, mas isso não foi suficiente para a reconquista da hegemonia que nos pertenceu em memoráveis jornadas passadas.
Sob a batuta de Tite, fomos eliminados prematuramente do Mundial de 2018, mas parece que isso não passou de um detalhe irrelevante, pois voltamos com o mesmo técnico perdedor para a Copa de 2022 e repetimos o fracasso do certame anterior.
Já se sabia que depois do segundo fracasso em copas do mundo a seleção haveria de mudar novamente de técnico.
O que não se imaginava era que passaria pelas cabeças de bagre que comandam a CBF a ideia de um técnico interino no comando da seleção até que o italiano Carlo Ancelotti estivesse disponível para treinar o escrete canarinho.
Cometeu-se então a besnteira de confiar essa interinidade ao treinador Fernando Diz, que tem lá o seu valor, mas está longe de merecer a confiança que lhe foi depositada.
Quando o "barco brasileiro" começou a afundar de novo comandado por esse técnico não mais do que mediano, eis que a CBF vê na pessoa de Dorival Júnior o treinador capaz de colocar no prumo essa seleção claudicante que veste e não honra a camisa amarela tantas vezes consagrada no panorama mundial.
Sem querer dar uma de pitonisa, anunciando desgraças futuras para o nosso futebol, creio que Dorival Júnior também não será o homem certo no lugar certo, capaz de nos conduzir à Copa de 2026 sem sobressaltos.
Os resultados pífios até aqui alcançados com esse treinador apontam nessa direção. A recente derrota para o médio Paraguai, logo após o magro 1 a 0 diante do Equador, sugere a colocação urgente de uma placa na fachada da CBF com o anúncio "Precisa-se de um Treinador competente".
Quem é esse técnico capaz de evitar o vexame da repescagem ou a eliminação primeira do Brasil nos Jogos Eliminatórios, como diz naquela música portuguesa, "não sei...não sabe ninguém", mas que algo precisa ser feito no sentido de evitar o pior, disso não há dúvida.
Encerro com uma indagação. Por que o goleiro Alisson continua vestindo a camisa titular da seleção, depois de fracassar em duas Copas, tal como Tite fracassou ?
Será que é por que ele foi convocado na Era Dunga, mesmo sendo lembrado entre os gaúchos mais pelos 5 gols que sofreu naquele Gre-Nal do que por alguma atuação soberba que ninguém viu ?
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