Aparecido Eleotério da Silva, o "Peixinho", ex-goleiro que atuou no Palmeiras e diversas equipes do interior paulista, morreu em 10 de maio de 2022, aos 88 anos. Ele era casado com Dona Valdete, com quem teve quatro filhos, que lhe deram sete netos. Peixinho residia em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
O ex-goleiro nasceu no dia 21 de março de 1934, em Miguelópolis-SP, e iniciou sua carreira em 1954, aos 20 anos de idade, no Botafogo-SP. Jogou dois anos no futebol paulista antes de se mudar para o Rio de Janeiro, quando, em 1956, teve a oportunidade de defender o Bangu.
Em 1957, voltou a São Paulo, para integrar o bom time da Portuguesa Santista. Suas atuações no time de Santos começaram a chamar a atenção de outros clubes e, em 1959, se transferiu para o Palmeiras. Após um ano, deixou o Alviverde e acertou com a Ferroviária de Araraquara.
Permaneceu no futebol do interior por seis anos, até 1966, quando encerrou sua carreira como jogador.
E no ano em que pendurou as chuteiras, Peixinho se tornou treinador de futebol. Deu início ao seu novo trabalho, agora como técnico, na Associação Esportiva Santacruzense, time da cidade de Rio Pardo, interior de São Paulo.
Não fez feio como treinador e no mesmo ano, se mudou para Campinas, onde assumiu o Guarani. Ficou no comando do Bugre até 1968, quando saiu do time campineiro e foi treinar o Londrina-PR. Em 1969, dirigiu o que seria seu último clube como treinador, o Bandeirantes-PR.
Longe dos gramados e da vida agitada de um técnico de futebol, Peixinho ingressou no magistério como professor de Educação Física e foi dar aulas, em 1970.
Em 1975, montou uma academia, a "Academia de Educação Física Peixinho", situada em Ribeirão Preto-SP.
Peixinho estava aposentado desde 2006.
O jornalista Dirceu Cabral escreveu um texto sobre Aparecido em 1º de junho de 2020, que publicamos abaixo, na íntegra:
Timburi-SP....faz pouco tempo escrevi aqui sobre o Aparecido, ex-jogador e técnico de futebol e sobre o karmanguia branco que ele tinha. Aparecido ou Peixinho como é chamado é um ex-goleiro e treinador famoso de futebol mas que por algum tempo distribuiu a mais pura simplicidade na pequena Timburi onde morou na década de 60.
Na época ele já havia parado de jogar e era treinador no Bandeirantes, de Cornélio Procópio, e ainda trabalhou como tecnico no Londrina, Guarani e Santacruzense, de Santa Cruz do Rio Pardo . Como goleiro Aparecido Peixinho jogou no Botafogo-RP com Tiri. Depois no Bangu numa época que só jogavam feras no time carioca como Zózimo, campeão mundial pela seleção brasileira e Zizinho, que marcou época também no São Paulo.
Deixa o Rio para atuar na Portuguesa Santista nos anos de 57 e 58. No gol da Briosa Aparecido atuou várias vezes contra o Santos de Pelé. O melhor time do mundo de todos os tempos com um ataque arrasador com Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. No ano seguinte , em 59, foi contratado pelo Palmeiras.
O outro time dele foi a Ferroviaria, de Araraquara, onde Aparecido jogou ao ladode Dudu, Bazani e Bazaninho. Mais legal de tudo é que o Marcos Ambiel, nosso colega de Timburi, trabalha como bom pesquisador nos últimos dias e localiza o Aparecido pra todos nós. E não foi tão dificil. Marcão puxou na escola de Timburi os nomes das professoras que passaram pela cidade entre 64 e 1969.
Como a esposa do Aparecido , dona Euvaldete foi uma delas, Marcos consegue então chegar ao paradeiro do ex-técnico e goleiro famoso. Dona Euvaldete lecionou na fazenda Domiciana. Ia todos os dias de Timburi até a escola numa charrete, transporte comum à epoca. O casal forma uma linda familia com quatro filhos Tania Novaretti, José Aparecido, Ana Paula e Luiz Antonio. E já são sete netos e duas bisnetas.
Em 2016, Aparecido representa Ribeirão Preto e desfila com a tocha olímpica. Momento marcante pra ele e familia. O esporte é sempre sua paixão. Como a idade chega o exgoleiro, treinador e professor de educação fisica agora só acompanha o futebol pela tv. Ele mora hoje em Ribeirão Preto. Lembra de Timburi e nas vezes que dirigiu o time da cidade... nas suas folgas. Timburi adora vocês Aparecido e dona Euvaldete. (Dirceu Cabral).
