por Marcos Júnior Micheletti
O francês Patrick Tambay, um dos pilotos de sua geração, morreu em 4 de dezembro de 2022, aos 73 anos, após longa luta contra o Mal de Parkinson. Após deixar as pistas ele trabalhou como comentarista de Fórmula 1 em uma emissora francesa e também militou na política, tendo sido vice-prefeito de Le Cannet, na região de Cannes.
Ele deixou uma filha e dois filhos: Esti e Loic de seu primeiro casamento, e Adrien Tambay, que se tornou piloto, fruto de uma segunda união.
Simpático e muito querido no meio automobilístico por sua conduta sempre correta nas pistas, Daniel Patrick Charles Maurice Nasri Tambay, seu nome completo, nasceu em 25 de junho de 1949 em Paris, tendo participado de 114 GPs e conquistado duas vitórias, ambas pela Ferrari, em 1982 no GP da Alemanha, em Hockenheim e em 1983 em San Marino, no traçdo de Imola.
Detentor de cinco poles na Fórmula 1, Tambay iniciou sua trajetória na categoria máxima do automobilismo em 1977, pela equipe Theodore, mas não se classificou no único GP em que se inscreveu pelo time, passando em seguida, ainda em 1977, para a Surtees, onde já pontuou em sua segunda corrida, com um quinto lugar na Alemanha. Ainda pontuou nos GPs da Holanda e do Canada.
Em 1978, um importante salto profissional, para a McLaren, fechando a temporada em oitavo lugar, mas o time britânico foi mal em 1979 e Tambay passou o ano sem marcar pontos, o que o fez ficar sem cockpit para 1980 e pensar em um novo desafio para 1981, quando assinou contrato justamente com a Theodore, a primeira equipe pela qual havia tentado estrear em 1977.
Desta vez, ainda que a Theodore continuasse sendo uma das equipes de menor recurso do circo da Fórmula 1, Tambay começou o ano de 1981 com um bom sexto lugar no GP dos Estados Unidos Oeste, em Long Beach.
Ainda em 1981, acabou mudando de time, substituindo o compatriota Jean-Pierre Jabouille, que havia se acidentado naquele ano e por não se recuperar completamente, acabou deixando as pistas.
Mas sua jornada no time de Guy Ligier foi frustrante, pois o JS-17 impulsionado pelo pesado V12 da Matra pecou pela falta de confiabilidade, e ele não concluiu nenhum dos oito GPs que disputou a bordo do carro da escuderia francesa.
Por conta da tragédia ocorrida com Gilles Villeneuve durante a classificação para o GP da Bélgica de 1982, Patrick Tambay acabou assinando com o time de Maranello a partir do GP da Holanda e em seu segundo GP pela Ferrari subiu ao pódio, em Brands Hatch, no GP da Grã-Bretanha, e venceu em sua quarta corrida com o carro de numeral 27, em Hockenheim, na Alemanha.
Ainda em 1982, viu seu companheiro de equipe, o compatriota Didier Pironi se acidentar gravemente durante os treinos livres para o GP da Alemanha, em Hockenheim. Pironi não voltou mais a guiar na F1 e naquela temporada acabou substituído pelo norte-americano Mario Andretti.
Permanecendo na Ferrari, em 1983, conquistou sua segunda vitória, em Imola, no GP de San Marino, após largar em terceiro lugar. Este triunfo, aliás teve uma peculiaridade, pois o italiano Riccardo Patrese, de Brabham, liderava a prova, mas acabou batendo e abandonando. A torcida italiana vibrou, pois foi a Ferrari de Tambay que herdou o primeiro lugar.
A Ferrari manteve René Anoux para 1984 e acabou não renovando com Patrick Tambay, colocando em seu lugar a revelação italiana Michelle Alboreto.
Mas Tambay não ficou a pé, e acabou assinando com a Renault, onde competiu em 1984 e 1985, anos em que foi consecutivamente o 11º colocado, subindo pelas duas últimas vezes no pódio, em 1985, nos GPs de Portugal, em Estoril, e de San Marino, em Imola, pista em que já tinha um ótimo retrospecto.
Seu último ano na Fórmula 1 foi em 1986, pela estreante Haas, e marcou seus últimos pontos com o quinto lugar no GP da Áustria, em Osterreich.
Tambay participou de quatro edições das 24 Horas de Le Mans, em 1976, 1977, 1981 e 1989, sendo esta última aquela em que obteve o melhor resultado, quarto lugar na classificação geral com Jaguar, dividindo a condução com o holandês Jan Lammers e o britânico Andrew Gilbert-Scott.
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Disputou 114 GPs, com duas vitórias, ambas pela Ferrari, em 1983 no GP da Alemanha, em Hockenheim e em 1983, no GP de San Marino, em Imola.
Conqustou cinco poles.
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