Nilton Rodarte, centroavante do Palmeiras entre 1957 e 1959, é hoje corretor de imóveis em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Rodarte começou sua carreira no infantil do Palestra Itália em 1952, onde também jogou futebol de salão antes de ser promovido ao time principal. Após dois anos de destaque, o centroavante foi convocado para Seleção Brasileira Pré-Olímpica, em 1960.
Na equipe profissional do Palmeiras, Rodarte atuou apenas em uma partida, em 1959. Não marcou nenhum gol no Verdão (fonte: Almanaque do Palmeiras - Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti).
Com o sucesso, Rodarte acabou sendo vendido ao Huracán, clube de Buenos Aires. Ficou pouco mais de um ano na Argentina e acabou voltando ao Brasil para defender o Olaria.
No Huracán, jogou ao lado do volante Nestor Rossi e do centroavante Menendéz, apontados por Rodarte como grandes craques.
No Rio de Janeiro viveu grande momento e quase integrou a seleção carioca. Jogou em 62 no Vasco por apenas oito meses, período no qual foi sondado por grandes equipes européias, como o Nápoli, a Sampdoria e a Roma.
Como as negociações não evoluíram, Rodarte retornou ao futebol de São Paulo para defender o Juventus. Foi companheiro de equipe de Jair Rosa Pinto e Luizinho. Após dois anos no clube da rua Javari, jogou pelo São Paulo em 1965 ao lado de Bauer, Pagão, Delvecchio, Roberto Dias e Faustino.
Pelo Tricolor, foram apenas quatro partidas (2 vitórias, 1 empate, 1 derrota) e três gols marcados (fonte: Almanaque do São Paulo - Alexandre da Costa).
Depois , ainda teve passagens rápidas pelo XV de Piracicaba e Francana. Em 66 integrou a equipe do Comercial de Ribeirão Preto que quase conquistou o Campeonato Paulista daquele ano.
Em 1965 jogou na inauguração do estádio Barão de Serra Negra em Piracicaba-SP. No primeiro jogo do novo campo, no dia 4 de setembro de 1965, XV de Piracicaba e Palmeiras empataram em 0 a 0.
A segunda partida, contra o São Paulo, também foi um 0 a 0. Gols, apenas no terceiro jogo. Uma derrota do XV para o Corinthians por 3 a 1. Flávio e Marcos marcaram para o alvinegro do Parque São Jorge. O zagueiro Pescuma descontou para o XV.
Em 1968, transferiu-se para o futebol de El Salvador para defender o Alianza. Jogou dois anos pela equipe e depois fez curso de técnico. Trabalhou até 73 como treinador em El Salvador, retornando em seguida para o Brasil.
Vinte anos após a aventura no país da América Central, Rodarte voltou à El Salvador novamente para ser técnico. Ainda treinou interinamente o Comercial, mas acabou mesmo se dedicando ao ofício de corretor de imóveis, em Ribeirão Preto.
Confira declarações de Rodarte
"O futebol do interior está falido. Grandes clubes como a Ferroviária, Comercial e XV de Piracicaba não têm mais dinheiro e estão quebrados. Sem ajuda da Federação e de empresas, esses times históricos vão sumir,? analisa Rodarte.
Quando questionado sobre o atual momento do futebol, o ex-centroavante é enfático:
"Hoje em dia tudo é muito complicado no futebol, por isso perdi o interesse em trabalhar com o esporte."
Rodarte relembra que em 1958, formou um dos melhores ataques que já viu, durante treino da Seleção Brasileira.
"Em 58, o Mazzola se machucou e acabei treinando em seu lugar. Atuei durante 45 minutos ao lado de Pelé, Pepe, Canhoteiro e Garrincha, na equipe que iria conquistar o título mundial na Suécia.?
Na Rua Javari lotada, Quarentinha, à esquerda, disputa a bola com o goleiro da Prudentina. À direita, Rubens Caetano acompanha a jogada. Ao fundo, o juventino Rodarte. O gramado, convenhamos, não era nenhuma maravilha...
Em pé, da esquerda para a direita: Orfeu, Sebastião Lapola, Silvio, jogador não identificado, Gil e Rubinho. Agachados: Norival, Ari, Nilton Rodarte, Hélio Burini e Waldir. Foto enviada por Orfeu Cozzolino
A foto é do livro "Vai dar Zebra", de José Rezende Raymundo Quadros
Em pé, da esquerda para a direita: Murilo, Ernani, Navarro, Nelson, Haroldo e Casemiro. Agachados, da esquerda para a direita: Valter, Borges, Rodarte, Valdemar e Romeu. A foto é do livro "Vai dar Zebra", de José Rezende Raymundo Quadros
Em pé: Claudinei, Hidalgo, Dario, Milton Buzzeto, Clóvis Nori e Nenê. Agachados: Lucindo, Rodarte, Lelo, Abib e Valdir
Vejam o time de veteranos do União de Mogi das Cruzes que se reunia para bater uma bola em 1972. Por sinal, muitos jogadores ainda estavam na ativa naquele tempo, mas nas horas de folga corriam para se divertir. Em pé estão Tote, Servilio, Chicão (ex-São Bento e Palmeiras), Hilário, Virgílio (ex-São Paulo, Juventus e XV de Piracicaba), Neves (ex-XV de Piracicaba e Palmeiras), Nilson e Savério (ex-São Paulo); agachados vemos Gildo, Bolacha, Cezar Maluco, Rodarte, Ademar Pantera, Bececê, Pepe e Geraldo José (ex-Palmeiras e Corinthians
Em pé: Pescuma, Proti, Virgílio, Chiquinho, o goleiro Badê e Dorival. Agachados: Nondas, Warner, Rodarte, Emílio e Sabino
Da esquerda para a direita: Nestor (ex-São Bento), Vermelho (ex-Bangu) e Rodarte (ex-São Paulo)
Em pé: Milton Buzzeto, Dario, Claudinei, Hidalgo, Clóvis, Diógenes e o massagista Elias Pássaro. Agachados: Waldir, Rodarte, Quarentinha, Rafael Chiarella e Gelson
Banco de reservas do São Paulo no Pacaembu em 1965: Rodarte, Tenente, De Sordi, Nenê, Efraim e Raul Plassmann
Uma relíquia: Rodarte no Olaria. Ele é o que está sentado na bola. Em pé: Aluízio, Ernani, Navarro, Nélson, Grapete e Casemiro. Agachados: Romeu, Cané, Rodarte, Waldemar e Jair
Rodarte é corretor de imóveis em Ribeirão Preto
Época em que o Moleque aprontava travessuras
Alex briga pela bola com Rodarte. Hidalgo observa
Dois momentos de Nilton Rodarte
Em março de 2017. Foto: arquivo pessoal de Rodarte
Em 1965, jogadores do XV de Piracicaba prestam homenagem à saudosa Elisa, torcedora símbolo do Corinthians. Assinalados na foto, Elisa e Nilton Rodarte. Imagem: arquivo pessoal de Nilton Rodarte
Nilton Rodarte, pelo São Paulo, em confronto diante do América de Rio Preto no Pacaembu. O jogo terminou 2 a 2. Imagem: arquivo pessoal de Nilton Rodarte
Aspirantes do Palmeiras (1957 ou 1958). Em pé, da esquerda para a direita: Walter, Joel, Fiori, Ivan, Gil e Mário. Agachados: Ari, Antoninho, Nilton Rodarte, Júlio e Hélio. Foto: arquivo pessoal de Nilton Rodarte
O Olaria enfrentando o Botafogo no Maracanã nos anos 60. Nilton Rodarte tenta se desvencilhar do botafoguense para dominar a bola. Foto: arquivo pessoal de Nilton Rodarte
Em 14 de fevereiro de 1971, no amistoso entre Allianza (El Salvador) contra o Santos. O Peixe ganhou por 2 a 1, gols de Edu e Orlando. Tanese descontou para a equipe anfitriã, no jogo disputado no Estádio Flor Blanca, em El Salvador. Na foto, da esquerda para a direita: Franco, Nilton Rodarte, Pelé, Virgilio, Tanese e Albert. Foto: arquivo pessoal de Nilton Rodarte
Seleção Olímpica nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960. Nilton Rodarte é o segundo sentado, da esquerda para a direita. Foto: arquivo pessoal de Nilton Rodarte
Vestiário do XV de Piracicaba na década de 1960. Da esquerda para a direita: Nilton Rodarte, Pescuma e Chiquinho. Foto: arquivo pessoal de Nilton Rodarte
No vestiário do XV de Piracicaba, Sabino e Nilton Rodarte conversam enquanto se preparam para o jogo. Rodarte atuou pelo XV de Piracicaba entre 1965 e 1968. Foto: arquivo pessoal de Nilton Rodarte
Em 1971, ao lado do Rei Pelé, em El Salvador.
O ex-jogador Nilton Rodarte esteve em visita ao amigo Milton Buzetto na cidade de Piracicaba-SP, em razão do aniversário do estádio Barão de Serra Negra. em 2015. Foto enviada por Milton Buzzeto Filho