Michael Jordan

Maior jogador de basquete de todos os tempos
por Marcus Vinicius Dias Magalhães
Nascido no Brooklyn, em Nova Iorque, no dia 17 de fevereiro de 1963, Michael Jordan é o maior jogador de basquete de todos os tempos. Com 5 MVP(Melhor jogador da Liga), seis títulos da NBA, 6 MVP da Final, duas medalhas de ouro em olimpíadas e cestinha da história do Chicago Bulls, Jordan tem o maior legado da história do esporte no mundo. Desde fevereiro de 2010, Michael é dono do Charlotte Bobcats.
A infância
Ao lado dos pais: James e Delores Jordan, Michael se mudou do Brooklyn para a Carolina do Norte, ainda criança. Já na adolescência, no colégio, ele começou a se interessar por: futebol americano, beisebol e basquete. No último, ele foi dispensado da equipe que representava a sua escola, por ser considerado baixo, já com seus 1,80m. Porém, seu irmão, que era mais alto, ficou na equipe.
O início nas quadras
Sem desistir, Jordan foi selecionado para a equipe da High School, após crescer mais 10cm. Com médias de 20 pontos por partida e um Triplo-Duplo, com 29,2 pontos, 11,6 rebotes e 10,1 assistências, foi logo contratado para atuar no McDonalds All-American Team.
Em 1981, Michael ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade da Carolina do Norte, onde se formou em geografia cultural.
Como atleta da instituição, conquistou o prêmio de melhor calouro da temporada, após médias de 13,4 pontos por partida. Durante Campeonato da NCAA, o principal torneio universitário dos EUA, ele chamou a atenção de todos, ao dar um super salto até a cesta, na vitória de sua equipe sobre o Georgetown, que foi liderada pelo futuro rival NBA Patrick Ewing.
A entrada na NBA
Depois de aumentar suas médias nas três temporadas seguintes, foi escolhido, por consenso, para o NCAA All-American First Team, em 1984, ano que foi o terceiro selecionado do Draft pelo Chicago Bulls, ficando atrás de Hakeem Olajuwon, do Houston Rockets e Sam Bowie, do Portland Trail Blazers.
Apesar de iniciar sua carreira profissional pelo Bulls, Jordan voltou à Carolina do Norte para completar a sua licenciatura, em 1986.
Um fenômeno se destaca na NBA
Logo em sua primeira temporada no Chicago, teve média de 28,2 pontos por partida, sendo um dos principais votados para participar do All-Star Game. Com ciúmes do jovem e talentoso atleta, os veteranos jogadores, liderados por Isiah Thomas, boicotaram Jordan, não passando a bola para ele, durante o jogo.
Já na Liga, o Chicago Bulls foi eliminado na primeira rodada dos playoffs, para o Milwaukee Bucks. Porém, Jordan ganhou o prêmio de Rookie do Ano de 1985 (melhor calouro da temporada).
No ano seguinte, em 1986, uma fratura no pé o deixou fora de 64 partidas do Bulls. Porém, retornou a tempo de participar dos playoffs contra o poderoso Boston Celtics, de Larry Bird. Apesar de ser eliminado da fase decisiva, Jordan bateu o recorde ao marcar 63 pontos em uma mesma partida fora da fase regular. Depois dessa exibição, Bird disse que "Deus se disfarçou de Michael Jordan".
Na temporada de 1986/87, Jordan se recuperou totalmente de sua lesão, fazendo um campeonato divino, tornando-se o único atleta, depois de Wilt Chamberlain, a marcar 3.000 pontos em uma temporada, com média de 37,1 pontos por partida. Além disso, Michael demonstrou sua aptidão defensiva, se sagrando o primeiro jogador na história da NBA a chegar a marca de 200 roubos de bola e 100 bloqueios, em uma temporada. Apesar do sucesso no ano, Magic Johnson levou o prêmio de Jogador Mais Valioso da NBA.
Com 40 vitórias em 60 partidas, o Bulls chegou novamente às eliminatórias. No entanto, eles foram novamente varrido pelo carrasco Celtics.
No campeonato de 1987/88, Michael conquistou seu primeiro MVP, com média de 35 pontos por jogo, além de também ser nomeado o melhor jogador defensivo da Liga. Nessa temporada, o Bulls conseguiu sair da primeira rodada dos playoffs, pela primeira vez na carreira de Jordan, já que derrotou o Cleveland Cavaliers em cinco jogos. Porém, perdeu, também em cinco duelos, para o experiente em decisões Detroit Pistons, que eram liderados por Isiah Thomas.
Em 1988-89, Jordan novamente liderou a Liga em pontos, com média de 32,5,. Ele ainda obteve 8 rebotes e 8 assistências por jogo na temporada. e o Bulls avançou para as finais da Conferência Leste, derrotando o Cleveland Cavaliers e New York Knicks, de Patrick Ewing. No entanto, o Pistons derrotou o Bulls novamente, desta vez em seis jogos.
O primeiro título
No ano seguinte, o Chicago era considerado uma equipe que poderia brigar pelo seu título inédito, após a chegada do treinador Phil Jackson e das promessas Scottie Pippen e Horace Grant. Jordan, mais uma vez, aumentou suas médias em 33,6 pontos por partida, levando a equipe novamente para a decisão da Conferência Leste, eliminando o Bucks e Filadélfia 76ers. Porém, mais uma vez o Detroit Pistons estava lá para eliminar o Bulls, pelo terceiro ano seguido.
Na temporada 1990/1991, Jordan conquistou seu segundo título de melhor jogador da Liga, com médias de 31,5 pontos, 6 rebotes e 5,5 assistências por jogo. Michael ainda levou o Bulls a conquistar 61 vitórias na fase regular, pela primeira vez na história da Franquia. O Chicago eliminou o New York Knicks e o Philadelphia 76ers, na fase dos playoffs.
Sendo assim, eles avançaram novamente para as finais da Conferência Leste, onde seu rival, o Detroit Pistons, os aguardava. No entanto, desta vez, o Bulls venceu o Pistons, quebrando um tabul de três temporadas de derrotas para a equipe.
Em uma cena marcante, o polêmico Isiah Thomas levou seu time para fora da quadra, antes do minuto final, para que os atletas do Detroit não apertassem as mãos dos jogadores do Bulls, como forma tradicional de cumprimentar a equipe vencedora.
Na grande final da NBA, o Bulls venceu o Los Angeles Lakers por 4 a 1, de quebra, Jordan conquistou o título de melhor jogador da final, após médias de 31,2 pontos, 11,4 assistências, 6,6 rebotes e 2,8 roubos de bola.
O bicampeonato
Na temporada 1991/92, o Bulls estabeleceu um recorde de 67 vitórias e apenas 15 derrotas, superando-se em relação ao campeonato anterior. Jordan ganhou seu segundo prêmio de MVP consecutivo, com médias de 30,1 pontos, 6,4 rebotes e 6,1 assistências por jogo.
Depois de vencer a série de sete jogos contra o New York Knicks, na segunda rodada dos playoffs, e bater o Cleveland Cavaliers, nas finais da Conferência, em 6 jogos, o Bulls conheceu Clyde Drexler e os Portland Trail Blazers, na grande final. A mídia, na esperança de recriar uma rivalidade Magic Johson e Larry Bird, destacou as semelhanças entre Jordan e Drexler.
O Bulls conquistou o bi-campeonato da NBA ao derrotar o Blazers, em seis jogos, e Jordan foi nomeado o MVP da Final, pelo segundo ano consecutivo.
O primeiro tricampeonato e o Dream Team
Na temporada 1992/93, Jordan conquistou o tri-campeonato da Liga e se tornou o primeiro jogador na história da NBA a levar três prêmios da Final MVP consecutivos, com médias de 30 pontos em cada jogo da série decisiva. Porém, Michael perdeu o MVP da temporada regular para seu amigo Charles Barkley, que atuava pelo Phoenix Suns.
No mesmo ano, Michael se juntou aos astros Charles Barkley, Magic Johnson, David Robinson, Larry Bird, Karl Malone, Patrick Ewing, entre outros, para conquistar o ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona, sendo titulado como o Dream Team, o time dos sonhos. Jordan já havia conquistado uma olimpíada nos Jogos de 1984, em Los Angeles.
A primeira despedida do basquete
Em 6 de outubro de 1993, Jordan anunciou sua aposentadoria, mencionando a perda de vontade de jogar basquete. Porém, ele declarou mais tarde que o assassinato de seu pai, no início do ano, foi o principal motivo por sua despedida do esporte. James Jordan foi assassinado no dia 23 de julho de 1993, em uma área da auto-estrada em Lumberton, Carolina do Norte, por dois adolescentes: Daniel Demery Martin Green e Larry. Os assaltantes foram localizados, capturado, condenado e sentenciado à prisão perpétua.
Como jogador de beisebol
Em 1994, Jordan surpreendeu o mundo esportivo, após assinar um contrato com o Chicago White Sox, equipe da segunda divisão de beisebol. Ele afirmou que a decisão foi tomada para realizar o sonho de seu falecido pai, que sempre imaginou o filho como um grande jogador do esporte.
O primeiro retorno ao basquete
Em 18 de março de 1995, anunciou seu retorno à NBA, por meio de um comunicado incisivo: "Estou de volta". Ele, então, vestiu a camisa número 45 do Chicago, o mesmo que usava no beisebol, após o número 23 ter sido imortalizado, em sua homenagem.
Impulsionado pelo retorno de Jordan, o Bulls alcançou os playoffs e avançou para as semifinais da Conferência Leste, contra o Orlando Magic. No final do primeiro jogo da série, no entanto, Nick Orlando Anderson acabou com o Bulls de Michael, antes de dizer na imprensa que: "não se parecia com o velho Michael Jordan". Logo depois, por superstição, Michael voltou a usar seu antigo número, 23.
O quarto título da NBA
Motivado pela derrota do campeonato anterior, Jordan treinou de forma agressiva para a temporada de 1995-1996. Reforçada pela chegada do especialista em rebotes Dennis Rodman, o Bulls dominou o campeonato, com 72 vitórias e apenas 10 derrotas. Com médias de 30,4 pontos por partida, Jordan conquistou os títulos de MVP da temporada regular, do All-Star Game e das finais da NBA. 
Na decisão da Liga, o Bulls derrotou o Seattle SuperSonics em 4 séries, conquistando o quarto campeonato da história do Bulls. Jordan foi nomeado, pela quarta vez, o MVP da Final, superando Magic Johnson, que havia conquistado três vezes a premiação. Como este foi a primeira conquista da NBA desde a morte de seu pai, e que foi conquistado justamente no Dia dos Pais, Jordan se emocionou, deixando para todos uma memorável cena dele chorando, no chão do vestiário, com a bola do jogo.
O pentacampeonato
Na temporada 1996/97, a equipe mais uma vez avançou para a final, onde enfrentou Malone, vencedor do MVP, e seu Utah Jazz. A série contra o Jazz contou com dois dos momentos mais memoráveis da carreira de Jordan.
No primeiro deles, Michael ganhou um jogo para o Bulls, com um arremesso certeiro no último segundo. No outro, com a série disputada em 2 a 2, Jordan jogou, apesar de estar com febre e desidratado a partir de um vírus estomacal. A partida que ficou conhecida como o "jogo da gripe", Michael marcou 38 pontos, incluindo o jogo decisivo, em que marcou três pontos, com menos de um minuto restante. O Bulls venceu por um apertado 90 a 88, vencendo a série em seis jogos.
Pela quinta vez, Jordan recebeu o prêmio de MVP das Finais. Antes disso, no All-Star Game de 97, Jordan publicou o primeiro Tiplo-Duplo na história Jogo das Estrelas. Porém, não recebeu o prêmio de MVP, na ocasião.
No cinema
No mesmo ano, Michael conquistou o público infantiu ao interpretar seu próprio personagem no filme Space Jam, onde ele ajuda o Pernalonga a ganhar uma partida contra monstros alienígenas. No longa, grandes atletas da NBA também participam, como: Charles Barkley, Patrick Ewing e Larry Bird.
Hexa: o segundo tricampeonato
No campeonato de 1997/98, o Bulls conquistou 62 vitórias em 82 partidas, na temporada. Jordan, mais uma vez, liderou o Chicago com médias de 28,7 pontos por jogo, garantindo seu quinto prêmio de MVP da fase regular, além de entrar no All-NBA First Team.
Após sete jogos duríssimos na final da Conferência Leste, contra o Indiana Pacers de Reggie Miller, o Bulls reeditou a decisão da temporada anterior, contra o Utah Jazz. Em um dos lances mais incríveis de sua carreira, Jordan esperou dar o último segundo do duelo, para fazer a cesta que deu o sexto título ao Chicago Bulls, que resultou no seu sexto MVP das Finais.

Segunda despedida do basquete
Após saídas de Phil Jackson e Scottie Pippen do Chicago Bulls, Michael Jordan decidiu encerrar sua carreira, pela segunda vez, no dia 13 de janeiro de 1999.
O segundo retorno ao basquete
Em 19 de janeiro de 2000, Jordan não voltou para a NBA como jogador, mas como co-proprietário e presidente de operações para o basquetebol o Washington Wizards.
Mesmo afirmando que não voltaria mais a jogar, Jordan retornou às quadras no dia 25 de setembro de 2001, com o intuito de doar todo seu salário de jogador para as famílias das vítimas da tragédia do World Trade Center, no dia 11 de setembro.
Porém, uma lesão no joelho evitou que Michael mantivesse uma sequência de partidas pelo Wizards.
A terceira e última despedida
A última partida de Jordan na NBA foi no dia 16 de abril de 2003, na Filadélfia. Depois de marcar apenas 13 pontos no jogo, Michael foi para o banco, com 4 minutos e 13 segundos restantes no terceiro quarto, com sua equipe atrás do placar contra o Philadelphia 76ers. Porém, após pedidos dos mais de 21 mil torcedores no ginásio, Jordan retornou à quadra para jogar seus últimos minutos de carreira, convertendo mais dois lances livres, após falta proposital do jogador do 76ers em Jordan.
O reconhecimento
Ele terminou a carreira como o melhor jogador de todos os tempos. Mesmo os seus contemporâneos reconhecem sua posição incomparável: "Há Michael Jordan e há o resto de nós?, diz o astro Magic Johnson.
Em agosto de 2009, o Salão da Fama do Basquete em Springfield, Massachusetts, abriu uma exposição de Michael Jordan, com itens de sua faculdade e da carreira na NBA, principalmente da época do Dream Team, em 1992. A exposição também tem uma luva de batedura para significar a curta carreira de Jordan no beisebol. Além disso, Michael ainda ganhou uma estátua na porta do estádio do Chicago Bulls.
Ele foi introduzido no Hall of Fama, em setembro de 2009, com antigos colegas de equipe do Bulls, como: Scottie Pippen, Dennis Rodman, Charles Oakley, Ron Harper, Steve Kerr e Toni Kukoc.
Clique aqui e confira imagens do Memorial do Basquete de Springfield, nos EUA
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