O ex-piloto Mauricio Gugelmin, nascido em Joinville-SC no dia 20 de abril de 1963, competiu na F1 (1988 a 1992) e na Fórmula Indy (1993 a 2001).
Mauricio é casado com Stella, com quem teve três filhos (Gabriel, Giuliano e Bernardo). Giuliano, que teve complicações de saúde diagnosticadas desde o seu nascimento, morreu aos 6 anos, em 04 de maio de 2011.
Ele divide seu tempo e atividades entre Coral Gables, na Flórida, e no Paraná, cuidando do empreendimento familiar, a REMASA Reflorestadora S.A., empresa fundada por iniciativa do Grupo Gugelmin que surgiu a partir de 1973 como uma empresa incorporadora de áreas de reflorestamento constituídas a partir do incentivo fiscal. As áreas reflorestadas eram na sua maioria plantadas com o gênero Pinus.
Mauricio Gugelmin é apaixonado por navegação, possuindo um barco com autonomia para passar vários dias em alto mar.
Em 2009, Mauricio Gugelmin vendeu sua maravilhosa casa, em Curitiba, uma das mais lindas da capital paranaense para o empresário Joel Malucelli, presidente do Grupo J.Malucelli, com mais de 35 empresas, como o Paraná Banco, Band News FM (Curitiba), CBN (Curitiba), TV Band (Curitiba), da Construtora J.Malucelli. J.Malucelli Energia (Hidrelétricas e Termelétricas), além de fazendas de reflorestamento no Brasil e outras no Uruguai.
Começou a andar de kart aos oito anos, conquistando um título brasileiro, em 1980, para depois passar para a Fórmula Fiat em 1981, ano em que já foi campeão da categoria. Iniciou sua carreira internacional em 1982 na Europa em grande estilo, sagrand-se campeão da Fórmula Ford 1660 Britânica, com a incrível marca de 13 vitórias e 11 poles.
Ainda na Inglaterra, foi vice na Fórmula Ford 2000 em 1983 e obteve mais dois títulos nos dois anos seguintes: na Fórmula Ford Europeia em 2000 e na Fórmula 3 Britânica, em 1984 e 1985, respectivamente. Aliás, em 1985, foi o vencedor do tradiconal Grande Prêmio de Macau de Fórmula 3.
Fez duas temporadas na Fórmula 3000 Internacional, em 1986 e 1987, terminando em segundo e quarto lugares, respectivamente.
Estreou na Fórmula 1 em 1988 pela extinta equipe March, na ocasião equipada com motor Judd. Terminou a temporada em 13º lugar, com quatro pontos, obtidos com um quarto lugar no Grande Prêmio da Inglaterra (Silverstone) e um quinto lugar no Grande Prêmio da Hungria (Hungaroring).
Fez a temporada de 1989 pela mesma March-Judd e logo na primeira prova da temporada, o Grande Prêmio do Brasil, disputado em Jacarepaguá, subiu ao pódio com o terceiro lugar, disputando acirradamente a segunda colocação com Alain Prost (McLaren-Honda). A prova foi vencida pelo inglês Nigel Mansell, da Ferrari, exatamente na estreia do câmbio semi-automático, inovação criada por John Barnard, através do sistema de borboletas localizado atrás do volante, utilizado até hoje na Fórmula 1 e outras categorias do automobilismo.
Mas o começo de ano não se repetiu ao longo da temporada de 1989 e Gugelmin não voltou a pontuar mais naquele ano, em função da pouca durabilidade do motor Judd. Terminou o ano na 16ª colocação, com quatro pontos.
Também em 1989 sofreu um dos mais espetaculares acidentes já registrados na Fórmula 1, no Grande Prêmio da França, disputado no circuito Paul Ricard, quando tocou na traseira da Williams-Renault de Thierry Boutsen e na Ferrari de Nigel Mansell, capotando de maneira incrível, mas felizmente sem provocar ferimentos nele e nos outros pilotos.
A prova foi interrompida e Gugelmin voltou a largar e ainda consequiu fazer a volta mais rápida da prova, com o tempo de 1min12s090.
Em 1990 a March passou a se chamar Leython House, nome do principal patrocinador da equipe, ainda equipada com os fracos motores Judd e obteve apenas um ponto. com o sexto lugar obtido no Grande Prêmio da Bélgica, em Spa-Francorchamps.
Fez sua última temporada pela Leyton House (que voltou a se chamar March no final do ano) em 1991 e não conquistou nenhum ponto.
Transferiu-se para a Jordan em 1992, que havia sido a principal revelação da temporada anterior, com Michael Schumacher.
Mas a Jordan trocou os bons motores Ford HB4 pelos Yamaha V-12, que demonstraram-se pesados e pouco resistentes. Gugelmin fechou a temporada sem nenhum ponto e seu companheiro de equipe, o italiano Stefano Modena com apenas um.
No total, disputou 80 provas na Fórmula 1 e obteve dois pódios. Sua última corrida foi o Grande Prêmio da Austrália de 1992.
Após dois anos em equipes fracas, Gugelmin mudou-se para os Estados Unidos em 1993, passando a competir na Fórmula Indy (antiga Champ Car), onde permaneceu até 2001. Correu pelas equipes Dick Simon, Chip Ganassi e Pac West, tendo obtido uma vitória, no Grande Prêmio de Vancouver de 1997 (sua melhor temporada, quando terminou em quarto lugar). Aliás, a vitória em Vancouver foi sua única na Indy.
ABAIXO, VOLTA DE MAURÍCIO GUGELMIN PELA INDY, NO CIRCUITO NORTE-AMERICANO DE MID-OHIO, COM SUA PRÓPRIA NARRAÇÃO
ABAIXO, AS DUAS ÚLTIMAS VOLTAS DO GP DE VANCOUVER DA FÓRMULA MUNDIAL, ENTÃO TRANSMITIDA PELO SBT, COM NARRAÇÃO DE TÉO JOSÉ