por Tufano Silva
Ghiggia morreu em 16 de julho de 2015, exatos 65 anos depois da final da Copa de 1950, vencida pelo Uruguai na partida decisiva contra o Brasil, ocasião em que ele fez o gol da virada celeste.
Ghiggia estava com 88 anos e sofreu uma parada cardíaca. Ele vivia na cidade de Las Piedras, próxima à capital uruguaia, Montevidéu.
Ele levava uma vida simples, tendo como uma de suas fontes de renda os cachês cobrados para conceder entrevistas.
"Apenas três pessoas calaram o Maracanã: o Papa João Paulo II, Frank Sinatra e eu". Por mais pretensiosa que soe a frase, o uruguaio Alcides Edgardo Ghiggia não exagerou ao definir assim o impacto de seu feito, realizado no dia 16 de julho de 1950, no estádio mais famoso do mundo.
Foi ele que, aos 34 minutos do segundo tempo da decisão da Copa do Mundo de 1950, disputada entre Brasil e Uruguai, avançou pela ponta-direita do ataque da seleção celeste, passou pelos marcadores Bigode e Juvenal, e chutou com violência no canto esquerdo do goleiro Barbosa. Neste lance, Ghiggia desempatou o duelo e frustrou os aproximadamente 200 mil brasileiros que, nem em seus piores pesadelos, imaginariam que a Seleção Brasileira não conquistaria sua primeira Copa naquela oportunidade.
Carreira
Nascido no dia 22 de dezembro de 1926, Ghiggia iniciou sua carreira com 20 anos, jogando pelo modesto time do Atlante. Em 1947, transferiu-se para o Sud América, clube um pouco maior que sua equipe anterior, mas ainda assim sem muita expressão no cenário futebolístico uruguaio.
Passou a integrar no ano seguinte o poderoso time do Peñarol, time no qual o ponta teria uma passagem de muitas conquistas. Pelos Carboneros, faturou os Campeonatos Uruguaios de 1949, 1951 e 1953, sendo um dos principais jogadores nas campanhas.
A boa fase no Peñarol fez com que o jogador fosse convocado para a Copa do Mundo de 1950, disputada no Brasil. Na campanha da Celeste, Ghiggia marcou quatro gols realizou e inúmeras assistências, sendo considerado a estrela da Copa.
No final da temporada de 1953, o ex-ponta deixou o futebol uruguaio e se transferiu para a Itália, para atuar pelo time da Roma. Em oito anos pela equipe a capital italiana, o jogador conquistou apenas um título, a Taça das Cidades com Feiras, percussora da Copa da UEFA.
Foi comprado pelo Milan em 1961, sendo campeão italiano por lá, mesmo tendo participado de apenas quatro partidas da campanha. Na temporada seguinte, retornou ao Uruguai, para defender o Danúbio, clube no qual Ghiggia se aposentou em 1968, aos 42 anos de idade.
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