Dino Sani, um dos melhores volantes da história do futebol do mundo, tem um filho (executivo do Banco Itaú, mora em Nova York) e três netas (sua esposa, Dona Elza, sem dúvida o maior amor de sua vida, morreu nos anos 90).
Rico e dono de inúmeros imóveis, ele mora hoje em Alphaville, condomínio de luxo, em Barueri (SP), mas também tem outra residência nos Jardins.
Aposentado, voltou ao futebol em 2005 para coordenar o Ecus-Suzano-Sonda Supermercados, time profissional do futebol paulista, que foi criado pelos irmãos Delcir e Idi Sonda, mas que logo foi desativado.
Dino Sani nasceu em São Paulo no dia 23 de maio de 1932, foi campeão paulista de 1957 pelo São Paulo, campeão do mundo pelo Brasil em 1958, na Suécia, e campeão italiano, em 1962, e da Copa dos Campeões, em 1963, pelo Milan.
Dino foi revelado pelo Palmeiras e brilhou no São Paulo, Boca Juniors da Argentina, Milan e Corinthians. Passou também pelo XV de Jaú, do interior de São Paulo, e pelo Comercial da capital.
Pelo Palmeiras, foram apenas 15 jogos (6 vitórias, 6 empates, 3 derrotas) e cinco gols marcados.
Já no São Paulo, onde jogou de 1954 a 61, os números são diferentes e superlativos. Em 322 partidas (169 vitórias, 81 empates, 72 derrotas), Dino anotou 108 gols e conquistou o título do Paulistão de 1957.
Parou em 1968 no Timão, onde atuou de 1965 a 68, foram 116 jogos (66 vitórias, 21 empates, 29 derrotas) e 32 gols marcados.
Começou então sua carreira como técnico de futebol. Dirigiu o Corinthians, o Inter de Porto Alegre(RS), o Palmeiras, o Goiás, o Coritiba, o Flamengo, o FLu, a Ponte Preta de Campinas(SP), O Peñarol do Uruguai, o Grêmio Portoalegrense e a seleção do Qatar.
Como treinador de futebol conseguiu o tri-campeonato gaúcho (1971, 1972 e 1973) pelo Internacional de Porto Alegre-RS e o bi-campeonato uruguaio (1978 e 1979) pelo Peñarol.
O ex-volante, maravilhoso, quando voltou ao Brasil, deixando o Milan da Itália, viu nascer no Parque São Jorge o grande Roberto Rivellino. No início, Rivellino era reserva de Nair, mas logo prevaleceu o grande talento do "Menino do Parque" e Riva tornou-se titular até deixar o Corinthians, indo para o Fluminense, em 1975.
Dino Sani foi um dos 47 jogadores convocados, pelo técnico Vicente Feola, para o período de treinamento que visava conquistar a Copa da Inglaterra e, consequentemente, o tricampeonato mundial de futebol. Infelizmente deu tudo errado.
Os 47 jogadores convocados, devido a forte pressão dos dirigentes dos clubes, para o período de treinamento em Serra Negra-SP e Caxambu-MG como preparação para a Copa de 66, na Inglaterra, foram: Fábio – São Paulo, Gylmar – Santos, Manga – Botafogo, Ubirajara Mota – Bangu e Valdir – Palmeiras (goleiros); Carlos Alberto Torres – Santos, Djalma Santos – Palmeiras, Fidélis – Bangu, Murilo – Flamengo, Édson Cegonha – Corinthians, Paulo Henrique – Flamengo e Rildo – Botafogo (laterais); Altair – Fluminense, Bellini – São Paulo, Brito – Vasco, Ditão – Flamengo, Djalma Dias – Palmeiras, Fontana – Vasco, Leônidas – América/RJ, Orlando Peçanha – Santos e Roberto Dias – São Paulo (zagueiros); Denílson – Fluminense, Dino Sani – Corinthians, Dudu – Palmeiras, Edu – Santos, Fefeu – São Paulo, Gérson – Botafogo, Lima – Santos, Oldair – Vasco e Zito – Santos (apoiadores); Alcindo – Grêmio, Amarildo – Milan, Célio – Vasco, Flávio – Corinthians, Garrincha – Corinthians, Ivair – Portuguesa de Desportos, Jair da Costa – Inter de Milão, Jairzinho – Botafogo, Nado-Náutico, Parada – Botafogo, Paraná – São Paulo, Paulo Borges – Bangu, Pelé – Santos, Servílio – Palmeiras, Rinaldo – Palmeiras, Silva – Flamengo e Tostão – Cruzeiro (atacantes).
Dos 47 convocados por Vicente Feola, para esse infeliz período de treinamentos, acabaram viajando para a Inglaterra os seguintes 22 "sobreviventes": Gylmar e Manga (goleiros); Djalma Santos, Fidélis, Paulo Henrique e Rildo (laterais); Bellini, Altair, Brito e Orlando Peçanha (zagueiros); Denílson, Lima, Gérson e Zito (apoiadores); Garrincha, Edu, Alcindo, Pelé, Jairzinho, Silva, Tostão e Paraná (atacantes).
Ainda sobre Dino Sani o site Terceiro Tempo recebeu no dia 24 de junho de 2008 do internauta Pedro Luiz Boscato o seguinte e-mail:
Milton, Dino Sani não parou em 1966 não. No célebre jogo da quebra do Tabu, Corinthians 2 x Santos 0, gols de Paulo Borges e Flávio Minuano, no Pacaembu, 06 de março de 1968, uma quarta feira, à noite, ele ainda jogava, esteve na suplência do time corinthiano. Em 1966 ele ainda jogava e bem, era titular absoluto do time do Corinthians, tendo sido, inclusive, convocado, para a Seleção Brasileira que disputou a Copa de 1966, esteve dentre os convocados para a fase de treinamentos. Não seguiu para a Inglaterra, foi cortado, tendo havido, inclusive, recordo-me, muitas reclamações pelo seu corte. Foi, inclusive, no Robertão/67, dos principais valores do time corinthiano, jogava ainda muita bola. Naquele célebre jogo pelo Robertão, quadrangular final, primeiro turno, 2x2, gol de Zequinha para o Palmeiras na última hora empatando o jogo, gol que Wadi Helu disse que foi como um murro no queixo que nocauteou o Corinthians, Dino jogou um bolão, estava sendo marcado por Jair Bala, ordens de Aymoré Moreira, não deixar o Dino solto. Jair Bala, contundido, teria pedido substituição, assim foram os comentários, não teve pique para continuar firme na marcação, duas descidas de Dino Sani, dois gols do Corinthians, virada de jogo, 2x1, acabaram-se desentendendo, Aymoré e Jair Bala. Por sorte, no final do jogo, último minuto, praticamente, Zequinha, de fora da área, não tinha mais nada que fazer, chutou para o gol e marcou, outro gol marcante, na carreira de Marcial, excelente goleiro mas que, de chutes de longe, tomava gols que não podia, dentro da área, porém, fazia defesas sensacionais. Chegou a ter comentário que Marcial tinha problema de visão, quando você o entrevistou num dos programas Domingo Esportivo, eu mandei um trim pedindo para você perguntar, porém, por certo, você não recebeu o mesmo, acontece, às vezes. Um abraço Pedro Luiz Boscato - Vila Maria Zélia (a Vila mais linda do mundo - celeiro de grandes craques e lindas moças).
Com a camisa principal canarinho, Dino fez 24 jogos (15 vitórias, 5 empates e 4 derrotas) e anotou dois gols. Sua estréia pela seleção foi no dia 28 de março de 1957 numa derrota de 3 a 2 para o Uruguai.
Pelo São Paulo:
No São Paulo, onde jogou de 1954 a 61, os números são diferentes e superlativos. Em 322 partidas (169 vitórias, 81 empates, 72 derrotas), Dino anotou 108 gols e conquistou o título do Paulistão de 1957.
Pelo Corinthians:
Parou em 1968 no Timão, onde atuou de 1965 a 68, foram 116 jogos (66 vitórias, 21 empates, 29 derrotas) e 32 gols marcados.
Pelo Palmeiras:
Pelo Palmeiras, foram apenas 15 jogos (6 vitórias, 6 empates, 3 derrotas) e cinco gols marcados.
Como técnico:
Como treinador de futebol conseguiu o tri-campeonato gaúcho (1971, 1972 e 1973) pelo Internacional de Porto Alegre-RS e o bi-campeonato uruguaio (1978 e 1979) pelo Peñarol.
Fontes de consulta: Seleção Brasileira 90 anos (de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf) Almanaque do Palmeiras (de Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio Venditti) Almanaque do São Paulo (de Alexandre da Costa) Almanaque do Corinthians (de Celso Dario Unzelte)