Didi, meio-campista

Ex-Portuguesa e Corinthians



Didi, ótimo meio-campista da Portuguesa de Desportos e do Corinthians durante os anos 60, mora em São Paulo, no Jardim Humaitá, onde curte a aposentadoria. Ele ainda bate sua bolinha aos sábados, no campo da Sabesp, ao lado de seu filho.
Sua passagem pelo Corinthians foi curta, apenas no ano de 1966. Esquentou o banco de reservas por muito tempo. Sua primeira e única chance em campo foi dada pelo técnico Oswaldo Brandão no dia 6 de fevereiro de 1966, quando substituiu Rivelino em um amistoso contra o São Bento de Sorocaba (SP), no Parque São Jorge. O juiz que apitou aquela vitória do Alvinegro por 3 a 2 foi Carmelito Voi.
O Timão entrou em campo com Heitor, Jair Marinho, Galhardo, Clóvis e Édson Cegonha; Maciel e Rivelino (depois Didi); Roberto Bataglia, Flávio (depois Ney), Tales e Gílson Porto.
O São Bento, do técnico Nílson, jogou com Chicão, Valdir, João Carlos, Gibe e Salvador; Gonçalves e Bazaninho (depois Marinho); Copeu, Almir (depois Ênio Chaves), Raimundinho e Afonsinho.
Flávio Minuano, com dois gols, e Maciel marcaram para o Corinthians. Almir e Raimundinho descontaram para o São Bento.
Essa foi a primeira e única partida de Didi com a camisa do Corinthians.
Algumas passagens que marcaram sua carreira são lembradas até hoje. Em uma delas, Didi defendeu a Seleção Paulista que vestiu a camisa azul da CBD num domingo à noite, no Pacaembu, quando a Seleção Brasileira jogou duas vezes no mesmo dia (em uma delas goleou a Hungria por 5 a 3).
Naquele 21 de novembro de 1965 a seleção "A" do Brasil, com Pelé, dirigida por Vicente Feola, empatou em 2 a 2 com a União Soviética, à tarde, no Maracanã. O Brasil "A" jogou com Manga(Botafogo-RJ), Djalma Santos(Palmeiras-SP), Bellini(São Paulo-SP) depois Mauro Ramos(Santos-SP), Orlando Peçanha(Santos-SP) e Rildo(Botafogo-RJ); Dudu(Palmeiras-SP) depois Roberto Dias(São Paulo-SP) e Gérson(Botafogo-RJ); Jairzinho(Botafogo-RJ), Flávio(Corinthians-SP) depois Ademar Pantera(Palmeiras-SP); Pelé(Santos-SP) e Paraná(São Paulo-SP). Os mais de 113 mil pagantes viram no estádio Mário Filho, o Maracanã, os gols de Gérson e Pelé para o Brasil, e os gols de Banichevski e Slava Metreveli para a União Soviética.
À noite, no estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em São Paulo, o Brasil "B" dirigido por Aymoré Moreira (da Portuguesa) e Luis Alonso Peres (o Lula do Santos), ambos já falecidos, goleou a seleção da Hungria por 5 a 3.
Na foto abaixo, você confere o time que começou aquela partida. Didi ficou no banco de reservas e entrou apenas na segunda etapa. Em pé: Carlos Alberto Torres(Santos-SP), Félix(Portuguesa de Desportos-SP), Lima(Santos-SP), Djalma Dias(Palmeiras-SP), Edilson(Portuguesa de Desportos-SP), e o capitão Procópio(Palmeiras-SP). Agachados: o roupeiro Romeu, Marcos (Corinthians-SP), Prado (São Paulo-SP), Servílio(Palmeiras-SP), Nair(Portuguesa de Desportos-SP) e Abel(Santos-SP) e o massagista Macedo, do time do Santos. Observem que o ataque tinha um jogador de cada time grande de São Paulo. Na reserva, ficaram: Marcial, Rivelino, Geraldino, Almir, Didi (da Lusa) e Renato Gaúcho (lateral do São Paulo), dentre outros.
Naquela noite 25 mil pagantes assistiram no estádio do Pacaembu, Servílio, com dois gols, Lima, Abel e Nair, com um gol cada, vencerem 5 vezes o goleiro húngaro Instván Geczi. Para a Hungria, anotaram Ferenc Bene, Ernö Solymosi e Florian Albert.

por Gustavo Grohmann e Milton Neves

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