Protagonista no título, Neymar marcou seis gols na campanha santista. Foto: Santos/Divulgação

Protagonista no título, Neymar marcou seis gols na campanha santista. Foto: Santos/Divulgação

O Santos festeja nesta terça-feira (22) os dez anos da histórica conquista da Taça Libertadores da América de 2011. A campanha, que culminou no terceiro título continental do Peixe, tinha como pilar fundamental uma dupla revelado na base santista: Neymar e Paulo Henrique Ganso.

Claro que o time santista tinha valores importantíssimos, o goleiro Rafael, por exemplo, fez uma Libertadores impecável. O zagueiro Durval, ainda que esquecido em algum momento, teve desempenho incrível na campanha santista, talvez até melhor que a de seu companheiro Edu Dracena. Nas laterais, Jonathan, Danilo, Léo e Alex Sandro foram peças importantes, assim como o volante Arouca. Mas era em Neymar e Ganso que estava o talento mais apurado.

A histórica conquista do Tri em 2011 foi a consolidação de Neymar e talvez tenha sido também o último brilho de Ganso.

Neymar, na época com 19 anos, tinha que se provar no cenário internacional. Depois de brilhar nas conquistas do Paulistão e da Copa do Brasil de 2010, o camisa 11 tinha o desafio de enfrentar defensores sul-americanos, jogo mais duro, arbitragens mais coniventes com as pancadas.

Com uma maturidade surreal, Neymar brilhou, marcou seis gols, deu outras seis assistências, balançou as redes em momentos decisivos, inclusive na grande final diante do Peñarol, no Pacaembu, e foi o grande símbolo da conquista. Grande nome daquele título, o camisa 11 foi eleito Rei da América e se colocou definitivamente como um grande talento do futebol mundial.

 Neymar marcou um dos gols santistas na final diante do Peñarol. Foto: Santos/Diulgação

Naquele momento, a expectativa ainda era parecida em cima de Paulo Henrique Ganso. Alguns episódios na saga pelo título sul-americano, porém, acabaram sendo os últimos instantes de brilho realmente intenso do camisa 10.

Vindo de grave lesão e cirurgia no joelho em 2010, Ganso não fez uma Libertadores brilhante em 2011. Mas foi importantíssimo especialmente em dois jogos decisivos: na vitória santista sobre o Cerro Porteño, por 2 a 1, no Paraguai, no quinto jogo da primeira fase, quando o time santista estava desfalcado sem Elano, Neymar e Zé Love, o camisa 10 alvinegro fez grande partida, brilhou e comandou a vitória da equipe; e na grande final, diante do Peñarol, Ganso voltou a brilhar, jogou bem e deu um passe de letra brilhante para Arouca em tabela que resultou no gol de Neymar.

Aquela campanha talvez tenha sido o último momento em que Ganso conseguiu jogar em bom nível por um longo período. Depois do título histórico, o meia viveu de lampejos, especialmente no São Paulo. Mas nem de longe lembrou o talentoso meio-campista que surgiu como craque na Vila Belmiro.

 Ganso foi um dos destaques na campanha santista rumo ao tri. Foto: Santos/Divulgação

Dez anos depois, com o clube em outro momento técnico e financeiro, o torcedor santista morre de saudades de Neymar e sonha com a volta de seu ex-camisa 11 o futuro. Já Ganso não desperta o mesmo sentimento na torcida alvinegra. O ex-camisa 10 teve negociações para retornar à Vila recentemente, mas a rejeição foi enorme, seja pelo futebol do jogador ao longo dos últimos anos ou pela forma como ele deixou o clube em 2012, rompendo com a instituição e forçando a venda para o São Paulo.

Últimas do seu time