Para mim, o time de Tite está pelo menos no top-7 do futebol atual. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Para mim, o time de Tite está pelo menos no top-7 do futebol atual. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Definitivamente, não há comparação entre a Eurocopa e a Copa América. Assistir à competição do Velho Continente à tarde e acompanhar à noite os jogos do torneio sul-americano nos dá a impressão de que a TV está mostrando esportes totalmente diferentes. 

E é claro que essa abissal diferença no nível técnico das competições faz com que os torcedores acabem superestimando as seleções médias do continente europeu e, na mesma proporção, subestimando as boas seleções da América do Sul, como Argentina e Brasil. 

E, por mais que seja verdade que o Brasil não consiga vencer um europeu em mata-mata de Copa do Mundo desde 2002 (perdeu em 2006 para a França, em 2010 para a Holanda, em 2014 para a Alemanha e em 2018 para a Bélgica), eu passo longe de ter certeza que a o escrete canarinho seria “humilhado" se disputasse a Eurocopa, como muitos pregam por aí. 

Peguemos como exemplo as três seleções mais fracas classificadas para as quartas de final da Euro. Vocês acham mesmo que o Brasil de Tite não teria condições de vencer a Dinamarca, a República Tcheca ou a Suíça, que eliminou a França nas oitavas de final na última segunda-feira? Vale lembrar que, quando o Brasil empatou com a mesma Suíça na estreia do Mundial de 2018,  por 1 a 1, boa parte da opinião pública tratou o resultado como um grande vexame. 

O torcedor brasileiro é muito mal acostumado pela belíssima história do escrete canarinho. Então, a impressão que se tem por aqui é que, se a seleção não for a melhor com sobras, não presta. Não existe 40. Ou é 8 ou é 80. E essa cobrança extrema acaba atrapalhando profundamente a análise sobre o time de Tite que, para mim, está pelo menos no top-7 do futebol mundial no momento. 

 

 

 

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