O sofrimento de 2021 ainda nem acabou, e o torcedor santista já recebe um balde de água fria na cabeça para 2022. Na última quinta-feira (3), em entrevista ao jornal A Tribuna, da Santos, o presidente alvinegro, Andrés Rueda, declarou que não há chances de o clube contratar Yeferson Soteldo, ex-camisa 10 do Peixe e que está insatisfeito no Toronto FC.

Por mais duro que seja a realidade, o presidente santista acerta em sua postura. E seu argumento é difícil de rebater: não há dinheiro! Simples assim.

Rueda assumiu um clube quebrado, afundado em dívidas, com problemas em diferentes esferas. Não por acaso, a crise extracampo reflete dentro das quatro linhas e a equipe luta contra o rebaixamento no Brasileirão.

O cartola poderia vender ilusões para a torcida, ou simplesmente ir contra seu discurso de austeridade para a próxima temporada para agradar aos fãs. Seria a saída mais fácil depois de um 2021 complicado (que ainda não terminou e o risco de queda ainda é grande). Mas Rueda acerta. Se não há dinheiro, não há grandes investimentos. Então 2022 será mais um ano de negócios de “baixo custo”.

Por mais que brigue na parte de baixo da tabela, o Santos já mostrou em momentos na temporada que tem elenco para estar algumas posições acima da que se encontra. Há bons valores no plantel alvinegro, que mescla bem peças experientes com jovens emergentes contratados recentemente e os meninos da base. Dá para ter um 2022 mais próspero e sem sustos mantendo a espinha dorsal da equipe e contratando pontualmente sem loucuras nas finanças do clube.

Para a torcida não é fácil. Todos querem ver sua equipe mais forte, brigando por títulos e batendo nos rivais. Mas a situação do Santos é delicada e manter o pé no freio é, ao menos no longo prazo, a decisão correta.