Treinador palmeirense recusou proposta do Fenerbahce. Foto: Cesar Greco

Treinador palmeirense recusou proposta do Fenerbahce. Foto: Cesar Greco

Abel Ferreira chegou ao Brasil no final de outubro de 2020, melhorou o time do Palmeiras e, num tiro curto, fez história conquistando os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil. O sucesso relâmpago do português despertou o interesse de clubes do exterior, o último deles foi o Fenerbahce, da Turquia.

Com o nome especulado no clube turco, o treinador português comunicou à direção do Palmeiras o seu desejo de seguir no Allianz Parque.

Antes do Fenerbahce, Abel recebeu oferta do mundo árabe. No último mês de maio, Ferreira foi procurado pelo Al Hilal, da Arábia Saudita, e também recusou a investida para seguir no Verdão. Surgiram também pequenas sondagens do Olympique de Marselha e Fiorentina. E ainda que sejam clubes de centros mais importantes no mundo do futebol, estão longe de ser potências.

Iniciando sua trajetória como treinador, o português certamente vive no Palmeiras seu melhor momento – embora o início da temporada 2021 não seja dos melhores. Embora tenha feito bom trabalho no Braga e no PAOK, Abel se tornou um vencedor comandando o Verdão. Campeão de dois títulos importantíssimos, dono da América. Seria natural que as propostas surgissem.

O que chama a atenção é de onde vêm as ofertas. Até aqui, Abel despertou interesse de mercados periféricos. Isso certamente nos faz entender sua recusa. A proposta vinda da Turquia, assim como aquela que veio da Arábia Saudita, mostram que fazer um bom trabalho no Brasil não é grande coisa para as principais potências na Europa.

Aconteceu o mesmo com Jorge Jesus, que fez trabalho até melhor que o de Abel quando comandou o Flamengo, mas tudo que conseguiu foi voltar para Portugal, para comandar o Benfica mais uma vez em sua carreira.

Isso não significa que profissionais como Abel ou Jesus sejam ruins. Óbvio que são treinadores de bom nível especialmente diante do nível do futebol brasileiro. Mas, apesar de brilhar por aqui e conquistar os títulos mais importantes não fazem o suficiente para que sejam ao menos especulados num time médio da Inglaterra, da Espanha, da Alemanha ou da Itália.

É no mínimo para que o futebol brasileiro reflita, não?!

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