Depois de processar o Palmeiras em 2014 e vencer em primeira instância, o advogado Antônio Jurado Luque entrou com uma nova ação na qual cobra mais de R$ 4 milhões do alviverde. O argumento é de que teria firmado com o clube um acordo verbal, pelo qual teria direito a 20% do valor dos processos nos quais o defendeu.

Luque alega que prestou serviço ao Palmeiras desde a década de 90 até 2010– o UOL Esporte teve acesso a documentos e comprovou que, de fato, o advogado apareceu com defensor do clube em diversas ações durante o período, a maioria delas sobre dívidas fiscais. Em 2010, na presidência de Luiz Gonzaga Belluzzo, a relação se encerrou.

O advogado também afirma que, durante esse período, nunca teve um acordo escrito com o alviverde, mas mantinha um combinado verbal que lhe dava direito a 20% do valor das ações que vencesse; com o fim da parceria, teria direito a 20% sobre as ações que tiveram seus serviços interrompidos. Em 2010, esse montante era de cerca de R$ 3,7 milhões; agora, ultrapassaria R$ 4 milhões.

Em contato com a reportagem, pessoas que participaram das gestões de Mustafá Contursi, Afonso Della Monica e Luiz Gonzaga Belluzzo (os três presidentes entre 93 e 2010) confirmaram que Luque, de fato, prestou serviços ao Palmeiras. Ninguém, porém, confirmou o acordo verbal, e todos afirmaram que o advogado foi remunerado em diferentes ocasiões.

No ano passado, Luque processou o alviverde com base em um contrato escrito, cobrando honorários pelo período entre 2005 e 2009 – obteve vitória em primeira instância condenando o clube a pagar quase R$ 900 mil. O Palmeiras recorre da decisão.

A reportagem tentou contato com a firma de advocacia à qual pertence Antônio Jurado Luque, mas não conseguiu. O Palmeiras não irá comentar uma ação judicial em curso.

Foto: UOL